• Apple Poderá Limpar seu Nome com Novo Projeto de Smartphone

    Em uma conferência realizada hoje, sexta-feira, Steve Jobs, CEO da Apple admitiu o problema com o iPhone 4. Esse foi um reconhecimento doloroso para um homem considerado orgulhoso pela sua conduta perfeccionista, que demonstra mais uma de suas virtudes. Jobs até ofereceu cases gratuitas para todos os usuários do iPhone 4 que ainda não tivessem conseguido adquirir uma. Ele ainda foi além e disse que reembolsaria qualquer um que tivesse adquirido o iPhone com a nova case, antes da realização dessa conferência.


    Como todos sabem, grande parte pelo sucesso de vendas do iPhone 4, ficou muito claro a quantidade de usuários que alegaram problemas de recepção de seus aparelhos. Claro que a apresentação não foi somente a exposição da culpa. Jobs fez questão de defender o iPhone 4 (e sua empresa), alegando que o problema com a antena foi exagerado, e reforçando que os dispositivos móveis de outros fabricantes sofrem com o mesmo problema. Ele inclusive apresentou estatísticas para embasar sua afirmação. E ele demonstrou que "míseros" 0,55 por cento dos usuários que adquiriram o novo iPhone 4 da Apple, constataram o suporte da empresa para comunicar o problema de recepção do aparelho devido a má recepção de sinal em algumas situações.

    Porém, mesmo esse problema sendo minimizado ao máximo nesta conferência, é um considerável arranhão na face da empresa, que sempre prezou por produtos triunfantes na sua forma e funcionalidade. E o iPhone 4 acaba de lascar a imagem da empresa. O aparelho precisará de uma capa protetora para se ver livre deste problema de recepção, e poder funcionar de forma adequada.

    É claro que o design da antena do iPhone poderia ser debatido por dias, meses, e até anos a fio. Mas nada disso importa mais. Percepção aqui é a realidade, e o público vê o último lançam,ento de telefonia móvel da empresa apresentando problemas de recepção, e ninguém poderá colocar a culpa na AT&T companhia de telefonia exclusiva para o novo produto.

    Para se livrar dessa cicatriz, a empresa de Jobs, que sempre viveu de imagem, terá de sacrificar seu novo produto. Cedo ou tarde a Apple terá de lançar um novo modelo de iPhone, ou mesmo outro aparelho de telefonia móvel, com novo slogan e nome, se preciso for. Tudo para voltar ao modus operandi tradicional. O aparelho inteiro terá de ser re-projetado, e isso tomará tempo e dinheiro da companhia. Mas o quanto antes a Apple tomar essa atitude, melhor para ela (e seus investidores). Claro que a empresa não vai sofrer represálias de mercado pelo ocorrido, caso não tome essa nova atitude. Mas a face antes imaculada que ela tanto presava, irá ficar marcada para todo sempre com uma enorme cicatriz.

    É claro que muito poderá se aproveitar do atual dispositivo, incluindo sua fantástica tela touchscreen de alta resolução, considerada uma inovação entre os atuais aparelhos no mercado de smartphones. Mas a antena terá de ser totalmente redesenhada, e esse seria o mínimo a se fazer com esse produto. Claro que, em um processo de engenharia, toda a estrutura do aparelho terá de se adequar a possíveis novos (e futuros) designs de sua antena, e seria ilógico afirmar que só será preciso mexer na antena em um projeto de engenharia dessa magnitude, com todo esse refinamento.

    E como o consumidor vê mais cara que funcionalidade, o design externo terá de ser alterado em conjunto. Para consertar um "erro de mercado" é preciso lançar um sucessor melhor, e fisionomicamente diferente de seu antecessor. Nada pode lembrar uma falha anterior. Infelizmente. Mudar o nome do futuro dispositivo sucessor também é uma tática válida, e isso é uma estratégia de marketing.


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