Essa é surreal! Uma mulher norte-americana está processando o Google por ter sido atropelada, depois de seguir uma das rotas indicadas pelo serviço Google maps para o transito e locomoção de pedestres entre pontos de início e destinos escolhidos no sistema. E para não perder a chance, ela também está processando o motorista que a atropelou. Detalhe: ela estava caminhando à pé, por uma estrada de alta velocidade, sem calçada ou mesmo acostamento, quando ocorreu o "acidente" (ou seria melhor dizer, "incidente"?).
Detalhando o ocorrido, uma mulher, residente em Los Angeles, está processando um cidadão do condado de Salt lake, e o próprio Google, em um montante superior a US$ 100 mil. Ela alega que o Google Maps, serviço mundialmente conhecido da empresa, a levou para uma estrada perigosa para pedestres em uma rodovia de Park City, onde ela foi (conseqüentemente) atropelada por um carro.
Esta pessoa moveu a ação judicial na semana passada, em um tribunal no distrito norte-americano de Utah. Laren Rosenberg, através de advogados da Provo, Young, e Kester & Presto, afirma que no dia 19 de janeiro deste ano de 2009, ela buscou por instruções no Google Maps através de seu BlackBerry, para obter as direções para uma caminhada desde localidade 96 Daly Ave, até a localidade 1710 Ave Prospector, em Park City.
Segundo o processo, pelo Google Maps, Lauren Rosenberg caminhou com seu BlackBerry seguindo as direções indicadas pelo serviço, e transitou à pé pela Deer Valley Drive, como sugerido pelo sistema. Essa rodovia é uma área rural sem acostamento ou mesmo calçadas, onde os veículos trafegam em alta velocidade. A ação afirma que "O Google possui o dever de exercer os cuidados necessários ao fornecer direções seguras para seus clientes através de seu serviço Google Maps", e continua com "[Mas] o Google falhou em alertar de forma clara Rosenberg sobre os perigos conhecidos..."
O documento ainda clama que o residente Patrick Harwood estava dirigindo de forma "negligente" seu automóvel, e atropelou Rosenberg, "fazendo-a sofrer graves lesões físicas, emocionais e mentais... e fazendo-a incorrer em despesas médicas em valor superior a US$ 100.000".
Esse montante é um valor absurdo em despesas médicas. O que aconteceu? Tiveram de reconstruí-la? Ou os serviços médicos naquele país, assim como Brasil, estão tão caros? O mais interessante de tudo isso, é que o serviço Google Maps alerta para os perigos do cidadão escolher seguir qualquer uma das rotas sugeridas pelo sistema, coisa que esta mulher parece não ter visto.
Num país conhecido pelos perigos dos processos fúteis, o Google pode até mesmo perder esta causa. Mesmo ele não tendo culpa ou relação com o ocorrido, como alega Rosenberg, a atropelada. Pobre coitado também do cidadão que a atropelou. Uma mulher caminhando em uma estrada de alta velocidade onde não há vias para pedestres como calçadas, nem mesmo acostamentos (mas muitas placas sinalizando que ali é estrada), sabe-se lá se o que a mesma estava pensando ao adentrar em uma via espressa como essa, apenas com seus calçados como proteção ao asfalto frio.
Links de Interesse:
- Woman, hit by car, sues Google for faulty directions
- Woman sues Google after Park City accident
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