Falando em um fórum da IEEE-USA nesta quinta-feira dia 23 de setembro de 2010, Turek apresentou uma fotografia de um centro de supercomputação sendo construído em Shenzhen, na China, e disse "Isso é um caminhão - um grande caminhão, e esse [é um grande buraco, e á aí que vai ser construído um grande edifício. E esse é apenas o primeiro edifício que eles vão construir ali".
Turek e outros participantes do fórum, ainda completou dizendo que não é somente a China que está interessada na supercomputação. A Europa e o Japão também estão nessa corrida. "Você tem nações soberanas fazendo investimentos materiais de uma enorme magnitude, para basicamente, comer nosso almoço, comer nosso almoço coletivo" teria declarado.
"Você tem nações soberanas fazendo investimentos materiais de uma enorme magnitude, para basicamente, comer nosso almoço, comer nosso almoço coletivo"
-- David Turek, sobre os atuais investimentos da China em supercomputação.
-- David Turek, sobre os atuais investimentos da China em supercomputação.
A principal mensagem foi a de que outras nações estão começando a desafiar a liderança dos Estados Unidos na área de supercomputação. E isso tem relação direta com qualquer área de pesquisa e de produção que os EUA estejam liderando até o momento.
Ainda de acordo com Turek, "Dentro de um ano, haverá mais sistemas Top500 na China que em qualquer lugar da Europa, coletivamente". Essa afirmação veio em relação a lista dos 500 supercomputadores mais poderosos do mundo, que é atualizada periodicamente por acadêmicos dos Estados Unidos e Europa. Atualmente, a China já possui 24 dos mais 500 supercomputadores mais poderosos, de acordo com a lista Top500 atualizada. Os Estados Unidos ainda lideram, com 282 supercomputadores, seguido pelo Reino Unido com 38, França com 27, e Alemanha com 24.
Rick Stevens, diretor associado para computação, ambiente e ciências da vida do Argonne National Lab, afirmou no evento que os Estados Unidos precisam se manter na liderança em computadores de alta-performance. Que esta deve ser a sua meta número 1. E isso significa ter um sistema exascale já no ano de 2020.
Enquanto isso nosso país continua a depender da importação de produtos de tecnologia, jogando fora o trabalho e parceria que poderiam sobressair das pesquisas de nossas universidades públicas, e da iniciativa privada, para se construir um know-how completo na área de computação - assim como temos no petróleo.
Links de Interesse:
- IBM Warns of China Closing the Supercomputer Gap
- China's 'big hole' marks scale of supercomputing race