• Exigência de Sofware e Equipamentos Nacionais para Montar Segurança Cibernética

    O projeto de um ecossistema de segurança cibernética do Exército brasileiro (que está em fase estrutural), a quem cabe a defesa digital de acordo com a previsão da Estratégia de Segurança Nacional, vem privilegiar a formação de pessoal especializado e a utilização de ferramentas desenvolvidas no país. Os sinais desse projeto foram apresentados na última semana de outubro, durante o 3º seminário de Defesa Cibernética, promovido pelo Ministério da Defesa, em Brasília.

    De acordo com o plano apresentado, a estrutura que começou a funcionar há nove meses será fortemente expandida ao fim de quatro anos. Nesse contexto, já existe destaque para fornecedores nacionais de software e equipamentos. Conforme declarações do subchefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército, coronel Luiz Cláudio Gonçalves, "a versão beta de um antivírus nacional já está sendo utilizada, sendo que a versão 1.0 será distribuída em janeiro. Além disso, foi entregue um novo simulador de guerra cibernética.



    3º Seminário de Defesa Cibernética foi realizado em Brasília-DF, no período de 24 à 26 de outubro, no decorrer do qual foram discutidos os rumos e as estratégias de segurança em nosso país.


    Quem também se pronunciou sobre o assunto foi o ministro da Defesa, Celso Amorim, dizendo que "a sexta economia do mundo não pode se privar de métodos modernos". O ministro disse o seguinte: "se não ganharmos independência na produção de tecnologia, continuaremos vulneráveis". Vale lembrar que o programa de segurança cibernético é extenso. Inserido em oito grandes blocos ele vai da "caça de talentos" (que começa no estágio de cadetes), até o processo de simulação de uma guerra no espaço cibernético. Na sequência, há acordos para uso e desenvolvimento de computação de alto desempenho, a criação de uma escola nacional de defesa cibernética e a instalação de, até o momento, sete laboratórios de perícia forense computacional.

    Além do que foi supracitado, esse esforço envolve, ainda, o desenvolvimento de dois projetos tecnológicos que foram acrescentados à missão do CDCiber, neste ano de 2012. Um deles trata da implantação de uma rede nacional de segurança da informação e criptografia, que reunirá civis e militares em laboratórios ligados a universidades, sendo um deles voltado para a computação quântica.

    O outro projeto tecnológico trata-se do desenvolvimento de um sistema de Rádio Definido por Software (rádio cognitivo), cujo grande objetivo é assegurar a interoperabilidade entre as três forças (Exército, Marinha e FAB). É o único dos projetos com prazo de conclusão maior, que é de 10 anos. Em todos os demais, o horizonte é de quatro anos. Além disso, o próprio CDCiber, que hoje funciona de maneira provisória, deverá ganhar uma sede própria, situada em Brasília -DF.


    Saiba Mais:

    [1] 3º Seminário de Defesa Cibernética http://www.3cibermd.eb.mil.br/
    Comentários 5 Comentários
    1. Avatar de tristan
      tristan -
      Já estava na hora de começarem a pensar em algo em grande escala! Agora resta saber como vai ser o desenrolar da teoria para a prática!
    1. Avatar de lemke
      lemke -
      Citação Postado originalmente por tristan Ver Post
      Já estava na hora de começarem a pensar em algo em grande escala! Agora resta saber como vai ser o desenrolar da teoria para a prática!
      Sim, estava na hora. E com esse aumento na quantidade de cibercrimes, ações ofensivas e inteligentes são mais do que necessárias.

      Vamos acompanhar!
    1. Avatar de kamui
      kamui -
      Um país somente tem tecnologia de ponta, quando somente investe na educação.
      O quisito investir não se trata apenas de dinheiro e sim da qualidade. Massificando uma
      educação de qualidade para ambas as classes sociais. Contribuindo assim para o Brasil ter, não apenas tecnologia de ponta e "armas" ciberneticas, mas tambem de muitas pessoas capazes de produzir com qualidade.
    1. Avatar de lemke
      lemke -
      Citação Postado originalmente por kamui Ver Post
      Um país somente tem tecnologia de ponta, quando somente investe na educação.
      O quisito investir não se trata apenas de dinheiro e sim da qualidade. Massificando uma
      educação de qualidade para ambas as classes sociais. Contribuindo assim para o Brasil ter, não apenas tecnologia de ponta e "armas" ciberneticas, mas tambem de muitas pessoas capazes de produzir com qualidade.
      A questão da educação, levando em conta a segurança na Internet, começa fazendo com que as pessoas saibam que a grande rede não é terra sem lei, embora muitos venham tentando transformá-la em um cenário assim.

      Educar é importante não apenas para produzir com qualidade, mas para utilizar a Web de forma consciente. Enfim, o foco é mitigar os riscos que o cibercrime traz.

      Sds,
    1. Avatar de misterbogus
      misterbogus -
      o erro? é pensar que a política de cargos se refere somente a hierarquia,
      vi isso nesse estigima : ""caça de talentos" (que começa no estágio de cadetes)"
      ja vi muito sargento, e cabo em sessões de tecnologia saber mais que seus ofciais, e serem forçados a fazer merda por causa de seus superiores, conseguência? quem tem coragem de arriscar a estabilidade escravatória da carreira militar, sai e ganha no mundo civil mais que um general!!!!

      Por isso lhes digo uma verdade meus kamaradas, isso não vai afrente se não houver uma agencia nacional para estimular a coperatividade entre o cetor privado e o estatal, pois se depender das forças armadas isso não vai andar. Agora se as agencias de Inteligência Nacional estiverem de frente, ai já são outra coisa, pois estaremos falando de prioritariamente de um lugar onde o conhecimento Técnico pode valer mais que patente!
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