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The JEdi lair's

Relato sobre o Latinoware 2009: Antes, durante e após o evento...

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Olá galera!

Esse ano, tive o prazer de ser palestrante convidado do Latinoware, Conferência Latino-Americana de Software Livre. Aproveito para agradecer ao César Brod. Tanto pelo evento, quanto pelo convite!

O evento é cheio de peculiaridades. A primeira delas, é ser dentro das dependências de uma usina hidroelétrica, a Usina de Itaipú, em Foz do Iguaçu. Além disso, tem gente de diversas nacionalidades por todo o lado: nossos hermanos argentinos, paraguaios e de outros países da América Latina, mas esses dois predominam. Até mais que o Brasil. Sério mesmo... Tava o Kristian e eu no estande da robótica livre. Ficamos os dois o tempo todo olhando um para o outro com aquela cara de "Tá entendendo alguma coisa?". O portunhol não ajudava muito.

Então, vamos começar bem do início, do Dia Zero: a chegada a Foz do Iguaçu...

Dia Zero

A chegada foi muito massa! Havia uma cortina de nuvens no céu e o avião tinha que atravessa-lá. Rapaz, se não fosse as trepidações do avião e dor de ouvido, teria sido espetacular.

Foz é uma cidade muito bonita, verde para todo o lado. Quem gosta de natureza se apaixona por Foz. Além do verde, tem as belezas das cataratas, que a até o momento não tive a oportunidade de ver; e o Parque Tecnológico de Itaipú. A barragem é esplendosa, uma verdadeira obra de arte da Engenharia.

Mas vamos ao que interessa, o Hotel. O meu foi o Salvatti. Em palavras simples, eu lhes digo: tem grana para investir num hotel bacana? Pois estão vá! O Salvatti engana muito na sua fachada. Tudo bem que os apartamentos não são horríveis, mas acredito que poderiam ser melhores.

Porém, o principal problema não é esse. Vou deixar vocês advinharem... Quem chutou "não tem wifi"? Isso mesmo... O hotel Salvatti não tem rede wifi para os hospedes. Tem uma pequena lan-house mas o preço mata: R$ 5,00. E levando o notebook o preço é o mesmo.

Uma coisa que achei bastante interessante foi a loja de artesanato. A mais barata que já vi em todos os lugares que andei. E não vão achando que pelo preço baixo só tem porcaria. Não, muito pelo contrário. Tem muitos ítens bem trabalhados e bastantes exóticos, tudo que um presente para os mais próximos precisa ter. Vou até compra um para dar para mim mesmo :-)

Mas uma coisa que não posso reclamar de maneira alguma é do restaurante! Requintado ao extremo, com muitas opções, para tudo que é estômago. Pode ir lá que é garantia de encher a pança de guloseimas. Mas como nem tudo é perfeito, o jantar é apenas buffet e custa R$ 20,00. Mas pertinho tem uma lanchonete, Tio Gil Lanches, onde o preço é bem acessível. X-(Bacon|Calabresa|Frango) a R$ 3,00 e o refresco é R$ 0,50. Bom e Barato :-)

Abaixo vão algumas fotos para que vocês possam tirar suas próprias conclusões.

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Foto[0]: Vista da Janela do Apartamento


Muitas pessoas levam a qualidade do banheiro muito a sério. Aí está uma foto do que realmente importa para mim :-)

Foto[3]: deu para sobreviver
Esqueci de tirar umas fotos da sala do café... Fica como elemento surpresa.

Quanto a diversão, tem umas opções bem bacanas na rua da Catedral. Uma delas é o Subway, onde você monta seu próprio sandwich. Outra, que aprecio muito, é a Água Doce, uma franquia de cachaçarias. É muito caro, visto que uma dose de Ypioca custa o mesmo valor que pago por um litro no Rio Grande do Norte. Mas, vale a pena! Os petiscos também são muito gostosos. Experimentem o Escondidinho de Carne de Sol e o Filé com Macaxeira. Satisfação garantida!

Agora, vamos ao evento...

Dia Um

O Dia Um começou tranquilo. Saí para tomar o magnífico café da manhã e enchi a pança... Comida até não caber mais!

Depois, os outros palestrantes e eu nos dirigimos ao ônibus do evento e fomos levados até lá. A agência contratada está de parabéns. O ônibus era bastante confortável e acomodou todo mundo... E ainda sobrou espaço :-)

A primeira palestra do dia foi "Segurança de Redes Wireles - O Projeto Beholder", do Nelson Murilo. Do ponto de vista de alguém que já conhece o assunto norteador, segurança de redes wireless, a abordagem foi básica. Porém, foi uma boa iniciação para o resto do pessoal, menos antenado sobre o mote da palestra. Mas até mesmo para os cabras sabidos, a apresentação do projeto beholder foi bastante interessante.

Basicamente, o Projeto Beholder é um Sistema de Detecção de Intrusão de redes Wireless. Ele se limita a verificar ameaças do ponto de vista do access point, não estando preocupado com problemas como duplicação de MACs e replay de pacotes. Um ponto importante a ser citado é que o Beholder é uma das únicas (ou até mesmo a única) ferramenta de detecção que alerta sobre a presença do software Karma na área de alcance do Beholder.

O Karma é um software bem simples. Ele explora vulnerabilidades de algumas implementações de gerenciadores de redes wireless proprietários (leia-se do Windows e Mac OS). Os gerenciadores desse sistemas armazenam uma lista de redes preferidas. Até aí tudo bem. Porém, além de guardar essa lista, esses gerenciadores tentam conectar a essas redes sempre que essas estão disponíveis. Ai vem a pergunta: "Mas esse não é o comportamento esperado?" A resposta para a pergunta anterior é fácil: sim e não. É bastante interesante chegar em casa e no meio de toda aquela enchurrada de redes o S.O. conectar diretamente no seu access point: fulano. Porém, quando em outro local, a rede fulano pode não ser a sua rede, que provavelmente será a sua preferida. Aí é que entra o Karma. Ele forja ser qualquer rede wireless. Se sua rede preferida for fulano e o seu gerenciador de rede wireless perguntar através de um beacon broadcast "quem é a rede fulano?", o Karma vai responder todo animado: "Sou eu!". E esse processo pode ser feito para N redes diferentes.

O método criado pelo Nelson é bem engenhoso: mandar beacons de associação com ESSID randômicos e aguardar a resposta. Se alguém se manifestar e responder a esse beacon, é uma forte evidência que o Karma está presente em sua rede. Se não, ok, não tem ninguém tentando sacanear com os clientes.

Bom, já fiz bastante propaganda do Beholder. Quem quiser mais informações vá no endereço Beholder WIDS Tool. Lá tem a documentação, o código-fonte em C e várias outras coisas sobre o projeto.

A segunda palestra que assisti foi a "Quem quer colaborar com o Software Livre Educacional levante a mão!", proferida pelo meu amigo Frederico Guimarães, o Aracnus (sigam-o no Identi.ca Frederico Goncalves Guimaraes (aracnus) - Identi.ca). A palestra consistiu na explicação de meios de se colaborar com o Software Livre Educacional.

Além daquelas coisa que todo mundo já ouviu falar sobre colaboração em projetos de software livre, o Frederico enfatizou a importância do Software Livre no processo de ensino e aprendizado e, sobretudo, na importância do educador em todo o processo de desenvolvimento de software, desde a concepção até o uso desses em sala de aula.

Como dito pelo próprio: "Tem muita gente por aí fazendo software sem nenhuma qualidade, seja essa pedagógica ou de código, pondo o nome 'software educativo|educacional' e vendendo por aí". E concordo com ele quando diz que tais softwares podem fazer o contrário, levar o aluno ao "desaprendizado".

Mais informações sobre o Software Livre Educacional acessem Software Livre Educacional. Essa é uma comunidade de educadores, desenvolvedores, colaboradores e usuários do Software Livre Educacional. Contém muitos textos, relatos de experiência com os software, dentre outras coisa. Abaixo um foto do Frederico conduzindo a palestra.

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Foto[4]: Frederico Guimarães, Linux Educacional

Logo em seguida, não havendo nenhuma palestra que me interessasse no momento, me diriji ao estande da Robótica Livre, comandado pelo Danilo César. No Latinoware eles tem muito mais recursos que o pessoal do CESoL-CE, então não foi de se espantar a ótima infraestrutura provida ao pessoal da robótica.

A surpresa maior foi encontrar o Kristian, colega meu de Fortaleza, Ceará. O cara manja muito de eletrônica e já havia auxiliado o Danilo César em outras ocasiões. Esse ano ele está coordenando a competição de robótica Sênior. Mais abaixo eu explico melhor o que significa isso.

Apesar de no momento em que estive lá ainda não ter chegado a sucata para reciclagem, foi um bom momento para troca de ideias de projetos e concepção de novas ideias. A única coisa que tava difícil era a comunicação. Grande parte do pessoal era estrangeiro e só falavam espanhol. Que língua difícil!

Esse ano, a olimpíada de robótica livre está dividida em duas categorias: iniciante e sênior. Na categoria iniciante, os participantes devem montar um robô manipulador de blocos de madeira que seja capaz de mover uma quantidade de blocos de um lugar para outro, ambos escolhidos pela organização; na categoria sênior, o robô deverá ser capaz de seguir um caminho delimitado por uma faixa monocromática, podendo o robô desviar do caminho no máximo três vezes.

No final do terceiro dia saberemos os vencedores. Abaixo vai uma foto do pessoal da robótica.

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Foto[5]: Danilo César comentando sobre as regras da olimpíada de robótica livre. O Kristian não saiu na foto pois estava do meu lado.

Em um tempo livre, o Kristian e eu demos uma escapada para a sala dos palestrantes. Pense num negócio chique! Refrigerantes, salgadinhos, água, leite, café, chá, acesso a Internet e um bom local para descansar. Podem crêr: palestrante do Latinoware passa bem. Deem uma olhadinha nas fotos abaixo...

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Foto[6]: Sala dos Palestrantes: Alexandre Oliva conversando com um colega. Ao fundo, a boca livre dos palestrantes :-)

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Foto[7]: Sala dos Palestrantes: pessoal conversando e acessando a net nas cadeirinhas confortáveis.

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Foto[8]: Sala dos Palestrantes: computadores disponíveis para os palestrantes navegarem a vontade

Depois disso foi hora de almoçar e me dirijir para a próxima palestra: "Inkscape para Programadores", ministrada pelo Felipe Corrêa, Aka Juca; e pelo Aurélio Heckert, Aka Aurium. Já havia assistido essa palestra no Fisl mas fiz questão de ve-lá mais uma vez. Aí vaí uma foto do Aurium e do Juca.

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Foto[9]: Aurium e Juca na palestra "Inkscape para Programadores".

O pessoal começou comentando sobre o formato de gráficos vetoriais SVG. Esse é um formato livre, XML, que permite a interação/manipulação com/por diversos outros tipos de tecnologia, dentre elas o JavaScript e o CSS. Eles mostraram uma aplicação feita em JavaScript e SVG para navegadores Web.

Continuando, eles mostraram também como é simples criar extensões para o Inkscape e, através de exemplo, mostraram como é vasta as opções de linguagens para o desenvolvimento dessas extensões. Como citado pelo Aurium, uma extensão que criava um calendário SVG foi escrito em Bash. Sumarizando o que eles passaram, o Inkscape trabalha de um modo bastante simples e direto: envia o arquivo ou objeto SVG para a entrada padrão da extensão e a extensão escreve o resultado do processameno na saída padrão.

Todo esse poder não trás só vantagens: um SVG é um XML. Já pensou escrever um parser XML em Bash? Acho um tanto quanto completamente inviável :-) Então, não vamos apertar um parafuso com um martelo.

Mais informações? procurem os caras!

Após, fui para uma palestra com um título interessante: "Linux GreeHouse: Incubadora de projetos em Software Livre". O palestrante era o Timothy Ney. Um cara bastante cordial. Se esforçou muito para que todos, com e sem headset, entendessem suas palavras. Infelizmente, no meio do caminho eu me confundi e demorei para chegar ao auditório. Em outras palavras, perdi o principal da palestra. Porém, pelas discussões que estavam rolando, deu para perceber que o assunto era realmente interessante.

As dicussões eram sobre startups do Software Livre, tendo como um dos participantes o diretor da Linux New Media, empresa responsável pelas revistas Easy Linux e Linux Magazine. Outra pessoa também estava participando, mas não me recordo quem era. MAs a empresa que comandada por ele trabalha com customização de software.

Uma das coisa que o Timothy comentou foi sobre o medo dos pequenos e grandes players do mercado de software em relação ao Software Livre. Ele fez uma comparação mais que adequada com o que aconteceu quando ele estava propondo aos produtores de cinema a criação de mídias livres, num modelo bem parecido com o Software Livre. Falou até uma frase bastante interessante que eu reproduzo aqui: "They belive in a case filled with 1 bilion prints, but they don't figure out how to survive offering free media". Não podemos negar que as grandes empresas de software acreditam no mesmo :-) Abaixo, o César Brod e o Timothy.

Foto[10]: César Brod e Timothy Ney.
Da palestra do Timothy, dei uma carreira à sala dos palestrantes para pegar uma água e correr para a palestra do Ótavio Salvador, sobre o OpenEmbedded. Já tinha assisstido umas palestras do Ótavio em outros eventos. Quem já viu, sabe da qualidade técnica dessas. E essa palestra não ficou para trás.

Primeiro, o Otávio começou com os conceitos básicos sobre desenvolvimento de sistemas embarcados. Algo mais que válido ao momento visto que, de toda a platéia, somente um rapaz da Celepar e eu trabalhavamos com softwares embarcados.

Pondo em miúdos, o OpenEmbedded é uma coleção de scripts escritos em Bash e Python que cuidam de todo o processo de criação de um firmware para sistemas embarcados baseados em Linux. Como ele falou, o OpenEmbedded permite a criação de sistemas de arquivos do mais diversos tipos: bz2, rootfs, JFFS e por aí vai.

O Otávio falou algo bastante importante de se lembrar: "Os sistemas embarcados são o futuro". Concordo plenamente com ele. Os sistemas embarcados estão em todo o lugar: celulares, geladeiras, microondas, câmeras de fiscalização eletrônica, e mais um monte de coisas. O Otávio é esse cara aí da foto.

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Foto[11]: Otávio filosofando sobre o futuro da computação

Sei que prometo muito, mas assim que tiver um tempo para aprender sobre o OpenEmbedded eu escrevo um pequeno texto de como utilizá-lo. Ainda estou devendo o texto sobre programação concorrente e virtualização. Mas acho que esse possuí uma prioridade maior.

Depois disso foi hora de encontrar com o Frederico Guimarães para mostrá-lo minha implementação do jogo Cubra Doze para o software GCompris. A demonstração ocorreu no estande do Software Livre Educacional, na área de exposição.

O Frederico armou uma para mim :-) Tinha um moí de pedagogas, das mais diversas áreas, aí ele olha para elas e diz: "Pessoal, vem ver aqui a atividade que o Pedro tá criando para o GCompris". Huahuahua. Eu tímido para caramba, tentando disfarçar e explicar o jogo direitinho para o pessoal. Felizmente eles gostaram e elogiaram muito! Apesar do meu nervosismo, foi legal.

Por falar nisso, a área de exposição não está muito legal. Não é em um local central, portanto, o fluxo de pessoas é muito limitado. Mas como toda regra tem excessão, a área de exposição fica próximo ao restaurante. Então, todo mundo passa por lá pelo menos uma vez. Poucas empresas e grupos de usuários, mas pessoas bastante cordiais. Deixo registrado como fui recebido muito bem pela galera do grupo de usuários KDE de Minas Gerais, o KDE-MG.

Pero da área de exposição havia uma mostra de fotos da Milena Costa e o Pedro Vieira. As duas abaixo foram as que mais me chamaram a atenção.

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Foto[12]: Foto tirada em New Orleans por Milena Costa e Pedro Vieira
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Foto[13]: Foto de manifestante da paz em frente a casa branca, em Washington D. C., Estados Unidos. Ess vigília já está em atividade desde 1981.

A primeira, uma foto de uma porta em New Orleans com a frase "The Revolution will not be Televized" (A revolução não será televisionada). Chamou atenção principalmete por ser o título de uma domentário muito massa sobre a deposição do presidente Hugo Chaves; a segunda é de um posto de protesto em Washington, atuante desde 1981. É muita determinação!

Dia Dois

Começou bem. A primeira palestra que assisti foi a "Preto, branco e as Sombras de Cinza: Filtrando e Validando Strings". O palestrante era o Galvão Abbot, entusiasta da linguagem PHP. Teve até direito a uma intervenção do César Brod, comentando da sua paixão pela linguagem PHP, para delírio geral da platéia. Aparentemente, a palestra não teve muito impacto. Não pela qualidade, que foi altissíma, mas pelo público. A grande maioria parecia bastante familiarizados com o tema da palestra. Foi muito interessante, principalmente para aqueles desenvolvedores que acham que todos os problemas do mundo são resolvidos com HTML Entities e Magic Quotes. Pobrezinhos :-) O Galvão mostrou por diversos exemplos que essas duas funções resolvem problemas insignificantes em relação ao conjunto total de vulnerabilidades de má validação/filtragem de strings.

Já um pouco nervoso, me locomovi para a sala 2 do bloco 3. Dentro de uma hora, seria minha palestra.

Essa também foi muito proveitosa. Estou pensando em realizar a migração dos desktops de uma das empresas que estou prestando consultoria, e o Mj. José Bernardo e o So. Humberto Atônio mostraram todos os desafios a serem enfrentados. Ambos são da Aeronáutica do Brasil e participaram do processo de migração desse importante orgão do nosso país. Falaram sobre distribuições, serviços de rede, aplicativos desktop, sistemas legados, dentre muitos outros problemas de quem fica responsável por um processo de migração.

Logo em seguida foi minha palestra, "HLBR - Sistema de Prevenção de Intrusão Invisível". De início, fiquei calmo, uma quantidade satisfatória de pessoas, mais ou menos três quartos do auditório. Mas, com cinco minutos, a sala lotou. E aí veio aquele velho frio na barriga. Mas deu para conduzir a palestra legal e ainda receber ótimos comentários. Acho que o feedback da galera é a coisa que mais entusiasma um palestrante.

Minha palestra foi uma apresentação do Projeto HLBR e das ferramentas que nós desenvolvemos: HLBR, HLBR Log e o Ilúvatar. Além disso, fiz uma chamada de colaboradores, listando os pre-requisitos e as áreas que necessitamos de colaboração. Os slides de minha palestra estão disponíveis no meu site, Bem vindos!.

Depois disso, uma inversão de prioridades aconteceu e não tive como assistir nenhuma outra palestra. Mas tive tempo de socializar mais um pouco com o pessoal do evento. Muita conversa sobre a sintaxe do C++, biblioteca Qt, desenvolvimento de atividades educativas no GCompris usando a linguagem Python, troca de exepriências em comunidades e uma porrada de outras coisas.

Na noite do segundo dia de evento houve um show gratuíto do Nazi. Infelizmente, não pude ir :-( Tinha mini-curso às 10 da manhã. E sou um sujeito que não é muito de beber pouco. Então, nada de festa para mim.

Dia Três

Como disse no fim do relato do dia dois, ministrei um curso de curta duração: Desenvolvendo o sistema de prevenção de intrusão HLBR. O mini-curso, voltado a aspirantes a colaboradores, tinha como objetivo familiarizar os participantes com os detalhes internos do HLBR, como as regras, os códigos e as convenções utilizadas.

De inicio, refiz a apresentação da palestra pois muitas pessoas não assistiram e outras não conheciam nada do projeto. Logo em seguida, mostrei mais a fundo a estrutura das regras e algumas ferramentas de auxílio. Depois, foi a vez de apresentar a organização da árvore de diretórios do projeto, comentando sobre o porque dessa organização. Por último, demonstrei como criar decodificadores e testes. Infelizmente, não tive tempo para mais nada. Graças a (insira aqui sua divindade favorita), o pessoal gostou e o feedback foi bastante gratificante! :-)

Depois do mini-curso, foi hora de começar a sessão de despedidas. Muitos já haviam partido, outros tiveram algumas urgências, como o Eriberto, e diversos outros ficaram prejudicados pela falta de vôos para suas regiões, ou seja, estavam apresentando as palestras e correndo para o aeroporto.

Eu ainda fiquei por Foz durante alguns dias... Até a Terça-Feira, para ser mais exato. O relato desses dias está no pós-evento.

Pós-evento

Após o Latinoware, fiquei ainda três dias em Foz. Não é sempre que temos a oportunidade de viajar bem e a custo zero. Então, mesmo ainda quebrado da viajem ao Fisl, fiz das tripas coração para conhecer mais a cidade.

Foz tem muitas atrações: a Usina de Itaipu, as Cataratas do Iguaçu e o fácil acesso a Argentina e o Paraguay. Além disso, tem um barzinhos bastante interessantes. Portanto, tinha que dar uma turistada.

Logo no Domingo, fui dar uma olhada na Usina. Eles tem diversos pacotes turísticos: panorâmico, ao refúgio biológico, especial, dentre outros. Eu escolhi o especial: visita as principais estruturas da usina, internas e externas. Na verdade, escolhi esse pois tinha um pouco de detalhes técnicos... Nerd é foda! Não vou comentar muito sobre a usina. Deixo para vocês conhecerem quando tiverem a oportunidade de ir por lá. Por falar nisso, o passeio custou R$ 36 e valeu a pena. Abaixo algumas fotos do interior e exterior da usina.

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Foto[14]: Espetáculo dos vertedouros da Usina de Itaipú.

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Foto[15]: Barragem e comportas da Usina de Itaipú.
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Foto[16]: Pistões de abertura das comportas (por @Ana_Behebak)
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Foto[17]: Vertedouro da Usina de Itaipú, visto de cima.
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Foto[18]: Dutos de vazão d'água.
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Foto[19]: Centro de Controle da Usina de Itaipú. Na fotografia estão o sistema de controle digital e o controle analógico, para situações de falhas.
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Foto[20]: Sala com equipamentos suficientes para se fazer muita coisa :-) Ah uma aplicação paralela rodando aí nesse maquinário... (leia-se: Ah lá em casa)

Na Segunda-Feira, foi dia de ir a Argentina.

O custo da viajem foi R$ 6,40. Muito massa isso! Pega um busão, 20 minutos tá na Argentina... Rápido, fácil e indolor. Quer dizer, quase. Ao passar pela fronteira é necessário passar por um pequeno incoveniente: você será registrado e suas intenções serão anotadas. Lembrem-se de quando forem a Argentina levar documento de identidade com foto. De preferência recente e em bom estado de conservação.

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Foto[21]: Aduana Brasil/Argentina... Local do incoveniente.

O local é bem agradável, Puerto Iguazu. Uma cidadezinha pequena, no fim das Missões. Muitas lojas de artesanado e ítens típicos do interior da Argentina. Além, tem uns bares interessantes. E as pessoas são bastante atenciosas com os turistas.

Algmas fotos abaixo.

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Foto[22]: Cassino Cafe Central. Não entrei, mas o lugar é bem chamativo. BTW, jogatina é permitido na Argentina.

Infelizmente minha estadia na Argentina durou apenas duas horas... Sem grana para ficar mais tempo e voltar de táxi. Saí em média R$ 60. Não é para estudante lascado.

Ao chegar da Argentina, saí para jantar no Subway. E, como não poderia deixar de ser, também fui dar uma volta na cachaçaria Água Doce. Chegando lá, a cachaçaria aparentava fechada. Mas era apenas umas crianças brincando com a corrente. Graças! Ao entrar dei de cara logo com o César Brod, organizador do Latinoware. Ou seja, diálogos de primeira qualidade! Infelizmente, só deu tempo de tomar três doses: uma de Mata-verde, outra de Boazinha e a última da Casa Bucco.

No outro dia, o dia da volta, fui dar uma olhada no Paraguay. O povo falou muito mal, por isso já fui morrendo de medo. Apesar do negócio ser realmente feio, não chega ao nível dos comentários do pessoal. Mas como acreditei por default, não levei a câmera. Portanto, não haverá fotos da zona de guerra :-)

Como fui apenas para comprar uma câmera para minha tia, me diriji diretamente ao Shopping Del Leste. Um lugar aparentemente confiável. Pelo o que ouvi dos outros, realmente é. U$ 150 que convertidos de uma forma totalmente maluca, mas que eu não tava disposto a discutir em espanhol, deu R$ 305 e alguns centavos. Compra boa vista que o preço dela por aqui está em R$ 600 ou R$ 700.

Revoltante foi ver o celular que eu comprei por R$ 999 em 12 vezes sem juros custando U$ 250, ou, R$ 470. Rapaz, de lascar mesmo! Arrrr

Depois da aventura no Paraguay, hora de voltar pra casa...

Aí uma foto do que eu sonhava enquanto dormia no avião...

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Foto[24]:
Praia de Baixa Grande, Areia Branca, Rio Grande do Norte, Brasil. O verdadeiro paraíso.
Até mais galera!

Atualizado 31-10-2009 em 15:00 por PEdroArthurJEdi

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Comentários

  1. Avatar de MarcusMaciel
    Pedro,

    Post realmente fantastico Muito obrigado por compartilhar com a gente tudo que voce viu

    []'s
  2. Avatar de MarcialParaguay
    Si realmente estuvo genial la LATINOWARE y vemos que el SOFTWARE LIBRE nos une a todos sin importar de que pais seamos...

    Exelente post...
  3. Avatar de juniorphy
    Estive na Latino também pela primeira vez, show de bola ... aprendi muito ... pra caramba ...

    Gostei da piada do hotel não ter wifi ... rs, no que eu fiquei era meio quebrado$$ ... mas tinha 4 Acess Point e 2 MB liberado .... rs

    Valeu PEdroArthurJEdi
  4. Avatar de PEdroArthurJEdi
    Para todos:

    Obrigado pelos elogios! Fico muito grato. E obrigado pela visita...

    @Marcus

    Queria ter sempre tempo para escrever... Esse post foi resultado da não wifi do hotel. Ou seja, não tendo como fazer minhas obrigações, fui escrever para o Under! :-)

    @Marcial

    Não entendo nada de espanhol, como disse no texto, mas deu para inferir o sentido da frase. E com certeza, isso é realmente o que acontece.

    @Juniophy

    Cara, Foz tem muito hotel bom e barato e pouco divulgado. Próxima vez que eu for, já sei onde ficar... O nome é El Shadday. Vale cada centavo. E tem wifi, hehehehe...
  5. Avatar de sergio
    Pedro, da próxima leve o famoso kit wifi... ou seja, papel alumínio para enrolar em um pedação de papelão e fazer uma antena de uns 15 dbi e um usb wifi com um cabo/adaptador usb de +- 1 metro. Consegue alcançar sinal de APs a vários metros (KM, dependendo da visada) e ai para navegar é bico... hehehehehe
  6. Avatar de PEdroArthurJEdi
    Citação Postado originalmente por sergio
    Pedro, da próxima leve o famoso kit wifi... ou seja, papel alumínio para enrolar em um pedação de papelão e fazer uma antena de uns 15 dbi e um usb wifi com um cabo/adaptador usb de +- 1 metro. Consegue alcançar sinal de APs a vários metros (KM, dependendo da visada) e ai para navegar é bico... hehehehehe
    Huahuahua... Gostei da dica...

    No Paraguay, uma batata Pringles é R$ 5. Da proxima vez eu vou no Paraguai logo no primeiro dia... Aí compro um adaptador com entrada externa e uma batata... Tá feito a antena.

    Eu não consegui sinal porque estava no quinto andar. Tinha algumas redes abertas. No restaurante, que fica no primeiro andar, dava para pegar um sinal razoável.
  7. Avatar de Não Registrado
    Pedro,

    Muito obrigado pelo relato, esperamos contar contigo na Latinoware 2010.
    Ps. Tentaremos não mais utilizar o serviço do Hotel Salvati, mas este ano como em todos os eventos sempre tem algo que atrapalha e o nosso foi hospedagem, pois não conseguimos bloquear mais apartamentos em outros hotéis em função de um grande evento religioso que aconteceu em Foz para um público estimado em + de 6.000 participantes.

    Abraços,

    Marcos Siríaco Martins
    Coordenador da Latinoware
  8. Avatar de PEdroArthurJEdi
    w00t!

    Marcos, eu que agradeço... E, salvo alguma eventualidade, estarei no Latinoware 2010.

    ps: o pessoal do Salvatti foi muito atencioso e prestativo. Quanto a isso não há como reclamar. Mas como falei, é muito caro para o seviço oferecido. E sem wifi, lasca de vez...

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