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"Open" também no uso de espectro de redes sem fio

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O espectro de freqüência é algo muito mal utilizado, não apenas pela falta de gerenciamento por parte de quem administra, mas também pelas limitações de tecnologia. O grande problema é que as tecnologias de rede sem fio de hoje não permitem o máximo aproveitamento.

Podemos citar os canais de TV UHF, que permitem grande alcance, mas não podem ser utilizados - por exemplo por provedores de Internet sem fio - em cidades do interior porque existem licenças nesses canais para emissoras de TV nas grandes cidades (mesmo que os sinais não cheguem a essas cidades pequenas).

O problema tecnológico é que esses os sistemas hoje trabalham em canais fixos: ao instalar um novo sistema de rede sem fio (quer seja um provedor de Internet wireless ou uma conexão entre empresas) o administrador escolhe o melhor canal (com menos interferência) e pronto. No entanto a interferência não é constante e varia com o tempo, dependendo do uso dos outros sistemas na região. Isso quer dizer que a freqüência mais livre na parte da manhã pode não ser a melhor na parte da tarde. Existem alguns rádios com recursos de detecção de interferência e que - teoricamente - mudariam o canal de maneira apropriada, no entanto os próprios fabricantes desses equipamentos normalmente não recomendam o uso desse recurso pelos problemas de instabilidade que eles causam (obviamente os fabricantes normalmente informam essa recomendação apenas depois da aquisição).

No entanto o uso de modulação OFDM-A pode servir como base de uma nova tecnologia que permita o melhor uso do espectro. A tecnologia ainda não existe na sua forma completa, mas alguns testes já realizados pela Microsoft e Google demonstram que - apesar de alguns problemas que ainda faltam ser resolvidos - essa ideia é viável.

Dessa forma a evolução dessa tecnologia (como por exemplo no padrão IEEE 802.22) permitiria com que sumisse o conceito de canal: os equipamentos iriam trabalhar com toda a faixa de freqüência disponível escolhendo o melhor canal a cada transmissão, o que iria melhorar em muito o compartilhamento dessas freqüências.

O interessante é que esse conceito não se aplica apenas às freqüências não licenciadas (por exemplo 2,4Ghz ou 5,8Ghz). As operadoras de celular, por exemplo, não precisariam mais alocar um canal, ela teria apenas um limite de consumo, em uma faixa larga de freqüências aonde o sistema se adaptariam a cada momento.

O Google então está investindo no conceito de acesso aberto as espectros de freqüência, mesmo para aquelas freqüências licenciadas: cada operadora teria preferência, mas não exclusividade no uso do espectro e qualquer canal ou freqüência não utilizada poderia ser ocupada livremente para qualquer outro uso.

Assim provedores de acesso Internet via redes sem fio, conexão entre empresas ou mesmo redes comunitárias teriam uma enorme quantidade de banda disponível.

O conceito só funciona se a tecnologia permitir com que as operadoras primárias (que possuem o direito de uso das freqüências) ficarem convencidas que os sistemas secundários realmente não irão causar interferências. Para isso a tecnologia ainda precisa evoluir, mas os testes realizados até agora são promissores.

Para saber mais

[1] http://en.wikipedia.org/wiki/IEEE_802.22
[2] http://telephonyonline.com/connected...=Google+Reader

Atualizado 06-12-2009 em 11:47 por LinuxN

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