Re: Rede ponto a ponto, 700 MTS. Qual equipamento usar?
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AIOMARTELECOM
Rubem, DESCORDO 100% de voce !
Poluição é ABSOLUTAMENTE diferente do que você acha, pois para falar que se usar uma largura de banda maior gera poluição voce nem sabe oque significa isso..
Amigo não tem diferença Nenhuma entre 5mhz 10mhz 20mhz 25mhz 30mhz e 40mhz no sentido de poluição, a diferença entre elas é LARGURA DE BANDA que é transmitida dentro do canal, quanto MAIOR MELHOR pois estamos falando de PTP (ponto a ponto) e não AP !!!
se voce faz PTP em 20mhz e AP em 20mhz ai sim pode "Pode" gerar alguma interferencia em si mesmo, agora o correto é PTP em 40MHZ e AP em 20mhz !
Outra coisa, poluição é uma coisa EXTREMAMENTE diferente de largura de banda, poluição voce so vai entender oque é se estudar SNR (SINAL NOISE RATIO) ou Relação SINAL X RUIDO !
AG não é dual POL porem gera menos interferencia que um equipamento DUAL POL, voce nao sabia ainda ?
Qualquer equipamento de dupla polaridade gera MAIOR "interferencia" que um de 1 Polaridade, isso sem duvidas nenhuma !
Leia mais sobre SNR !
olha acho q vc ta um pouco fora da casinha, releia o que vc escreveu. da uma pesquisada sobre o que ta falando, airgrid dupla polarizaçao e novidade.usando 40 mhz voce aumenta o espectro, usando 20 mhz e dupla polarizaçao poupa mais o spectro. sabe qual a isolaçao entre uma polarizaçao e outra?? olha o @rubem entende bastante, acho q vc tem estudar um pouco srsr
Re: Rede ponto a ponto, 700 MTS. Qual equipamento usar?
hawuhuahwawauhwuahwauuwah
Coitado de quem tiver perto se entregar um equipamento com 80MHz pro rapaz...
E dEscordo é um: poema característico da antiga literatura provençal, com estrofes elaboradas em diferentes línguas.
Re: Rede ponto a ponto, 700 MTS. Qual equipamento usar?
6 Anexo(s)
Re: Rede ponto a ponto, 700 MTS. Qual equipamento usar?
Se você fizer o uso de, digamos, 5815 a 5825MHz, usando datarate tipo MCS0 ou MCS7, você inutiliza esse canal de qualquer forma, com 1 ou 2 polarizações.
Com datarate maior, e 2 polarizações, você terá maior densidade de dados na mesma largura de canal, o numero de portadoras é o mesmo mas o numero de pontos na quadratura aumenta, mesmo que se use envie só 1 byte todos as portadoras serão usadas. São ns 312KHz cada, 20.000KHz / 64 portadoras dá 312,5KHz, são 48 portadoras de dados, 4 portadoras piloto, e 12 de guarda na beirada, veja a posição delas:
Anexo 61686
Mudando o esquema de modulação nada muda em relação às portadoras, elas continuam presentes igual.
O que muda com menor tráfego é o tempo entre um pacote e outro. Se não houver tráfego só há uma verificação de status (Troca de uns pacotes de sincronia e cia) a cada X segundos. Esse tráfego é minúsculo, usa datarate tipo 1 a 2Mbps (Definido na config. de preambulo) mas também ocupa toda a largura do canal, tudo é codificado (Senão você poderia se passar por um AP pra roubar dados), só a trocar do hash das chaves de segurança já ocupa alguns bytes. Por isso mal se consegue 60% do datarate na forma de throughput (Trafega realmente até 65Mbps num MCS7 a 20MHz, mas é tanto dado acessório que só uns 35Mbps disso é dado do usuário!).
Se o canal está sendo usado pra trafegar, digamos, a cada 3 segudos uma rajada de 20 ou 30Kbps, ou só ping do windows pra ver se tem acesso a internet, ou do WhatsApp ou Android pra ver a mesma coisa, isso já mata o uso do canal. Se você colocar um PTP operando nessa mesma faixa, o PTP a cada 3 segundos vai cair de velocidade, vai ter tanto dado chegando no conversor analogico-digital que os dados legítimos do PTP serão distorcidos pelos dados indesejados desse cliente que só envia rajadas eventuais.
O problema de concorrência é que a analise de dados, pra descartar pacotes que não lhe pertencem, é que isso é feito DEPOIS do conversor ADC no chipset.
Os canais vizinhos são a PRIMEIRA coisa a ser removida, a primeira coisa no caminho é um filtro passa-faixa que, no exemplo do canal dado acima, filtra os dados abaixo de 5814MHz, e acima de uns 5826MHz (É como todo filtro, a atenuação é menor perto da frequencia central, só tem atenuação tipo 30dBm lá pelos 5810 pra baixo (Ou 5830MHz pra cima), por isso tem as portadoras de guarda (Null sub-carriers) na beirada, há emissão de bigode (Spectrum mask, demorei anos pra descobrir o nome gringo pra o que os radio-amadores brasileiros chamam) pros 2 lados e ainda por cima há a ineficiência dos filtros passa-faixa). Aqui ele é o BAW filer (Bulk acustic wave):
Anexo 61687
O controle de ganho e o conversor analogico-digital (ADC) levam em conta uma base comum a todos os radios wifi de mesmo modo, nesse setor só é barrado sinal baixo demais ou que não usa OFDM.
Mas... sinal de transmissão contínua em um momento ou outro tem nível que bate certinho com o nível de uma portadora, ele acerta em fase uma e acentua ela, e acerta outra em contra-fase e atenua essa outra, e já sabe, se perder só 1 bit do pacote, o pacote todo fica ilegível e precisa ser reenviado. Então transmissão continua tem potencial pra detonar por completo a banda, por isso ela é proibida (E jammers pra 850/900/1800/1900/2100MHz, pra presídios e cia, funcionam bem assim, é só fazer transmissão continua que os aparelhos não conseguem entender nada, porque o ADC fica cheio de dados malucos).
Então mesmo que tenha OUTRO SSID, outro esquema de modulação (Um AP usando MCS4 (16QAM) e outro outra MCS7 (64QAM)), é no ADC que um incomoda o outro, no ADC ambos os sinais tem o mesmo nível (Tá vendo na imagem o controle de ganho ANTES do ADC? É pra nivelar sinal), seja o sinal do AP que chegou como -55dBm ou o do que vizinho indesejado que chegou mais baixo com -70dBm, o controle de ganho nivelou os 2! Por isso o datasheet informa a sensibilidade de cada datarate, pra saber abaixo de que nivel o controle de ganho vai IGNORAR sinais indesejados (E se a sensibilidade do radio em MCS7 é -66dBm, esse sinal do vizinho em -65dBm será amplificado de modo a ser legível pro ADC, vai ocupar o ADC, coisa que um sinal indesejado em -67dBm não faria). Essa informação não está no datasheet pra ser ignorada, está lá porque é útil e necessária pra quem quer definir níveis de sinal adequados pra uma boa rede.
Levar em conta só o SNR não adianta nada.
Em área limpa um equipto tipo um SXT da vida mostra o ruído no limiar da sensibilidade dele, ou seja, lá pelos -106dBm.
um SNR de 25dB significa ter sinal então a -91dBm.
Então ter -91dBm, com 25dB de SNR, usando MCS5, tá bom?
Não, tá péssimo! Vai perder 99% dos pacotes!
Mas e se mudar isso pra uma cidade hiperpopulada, onde o mesmo equipto mede o ruído lá pelos -86dBm, se o sinal for algo tipo -66dBm, e isso dá só 20dB de SNR, qual será a qualidade da conexão no mesmo MCS5? Será ótima. Provavelmente CCQ nos 95-97%, perdas mínimas.
E aí, só o SNR diz alguma coisa?
O datasheet dos equipamentos e chipsets não fala nada sobre SNR mínimo, ou margem mínima (Relação entre sinal e sensibilidade do equipto é chamado extra-oficialmente de "margem", ou signal margin se quiser pesquisar pelo tema), fala só da sensibilidade, que é o que importa pra qualidade da conexão.
Respeitando uma margem tipo uns 15dB em distancia curta (Até 2 ou 3Km), e subir essa margem conforme a distancia (Ou o numero de reflexos, porque o problema é o efeito multipath nessa hora (Vide o efeito nas portadoras: http://www.ni.com/cms/images/devzone...c8dcae1318.gif ) até uns 30dB de margem lá pelos 30Km, mas TAMBÉM (Notar: "Também", nada de "Apenas") uns SNR mínimo conforme o datarate escolhido (Uma referência a grosso modo: http://image.slidesharecdn.com/v1brk...?cb=1324564314 (Notar a margem extra dada de 9dBm).
O calculo de SNR teórico levaria em conta o numero de bits por Hz, mas também o numero de elementos na antena. Num sistema de só 1 antena você usa só a chamada capacidade ergodiga (Não sei se existe em pt-br, aconselho procurar por ergodic capacity, basicamente bits por segundo em cada Hertz em uso), ela leva em considerar um bit-error-rate mínimo, tipo 1 bit perdido a cada 1000, isso ocorre lá pelos 2dB de SNR.
Mas isso é o calculo teórico, na prática você volta pro problema do filtro passa-faixa (Que atenua quase 1dBm perto da beirada, as portadoras de guarda estão lá por isso mas as vezes atenua uma das primeiras ou últimas portadoras 0,5 a 1dBm, já passa de 1 bit perdido a cada 1000, pra 1 perdido a cada 400), e depois o controlador de ganho vai dar uma elevada nesse sinal, e o ADC vai tentar identificar o que ele é, mas... como ele é tão baixo ele certamente será confundido com reflexos em alguns momentos, na prática vai ter 1 bit perdido a cada 10 ou 20, ou seja, em CADA pacote (Até de sincronia!) vai ter perda, que significa ilegibilidade, é a situação que até a conexão cai (E pra manter a conexão só precisa uns bytes a cada poucos segundos, mas se até eles estiverem ilegíveis não adianta ter uso baixo do canal). Os radios deviam mostrar no setup o BER, bit-error-rate, sempre haveria um numero, e o usuário talvez se assustaria pelos numeros grandes, mas pelo menos logo entenderiam porque o datarate é bem inferior ao throughput e varia tanto.
(Tá, é exagero dizer que 1 bit perdido implica perder o pacote, na prática depende do que se perde, se é dado acessório ou não, mas lembrem a lei de Murphy: Se houver a possibilidade perder um bit importante, é esse bit que será perdido. Na prática há queda no throughput e não conexão nula, porque nem tudo se perde, há a predição de throughput através de umas derivadas que mesmo com datarate fixo desaceleram a troca de dados pra minimizar erros, é o WPP, wireless performance prediction, é o responsável por todos os "Auto" nos setups e geralmente funciona ("Geralmente" difere de "Sempre"), ou no máximo demora um pouco (Por exemplo na troca de AP onde um smartphone conectaria, demora uns segundos pra desconectar de um AP de sinal baixo e conectar noutro de sinal alto, culpa de um WPP ineficiente pros padrões de 2015, esse é padrão do IEEE então tem conteúdo grátis dele googlando pelos termos (Ou não... já que o IEEE, como quase todo o mundinho acadêmico americano cobra fortunas pelo conteúdo produzido, mesmo que seja com dinheiro público o acesso é pago))
Livro muito bom que detalha essa parte do processo é esse:
Anexo 61688
ISBN 0471709646 caso queira procurar no mundo warez.
Outro, que trata mais da parte de como o software seleciona pacotes ilegível é:
Anexo 61689
ISBN 1580537960 , esse tem até no Google Books parcial, pra quem não gosta do mundo warez.
E tem o clássico da O'Reilly, um dos primeiros bem completos sobre wifi, é da era do 802.11a mas o basico do wifi ainda não mudou, ainda serve:
Anexo 61690
ISBN 0596001835
Mas nenhum deles fala de ocupação de canal, pra eles é obvio que se um canal está em uso, seja por PTP ou PTMP, ele é inútil pros outros na vizinhança.
Então com canal de 20MHz ocupando a 64 portadoras, que seja 10x por segundo ou só a cada 2 segundos, esse canal de 20MHz não pode ser usado na vizinhança (Só onde ele estiver com sinal baixo o suficiente, abaixo da sensibilidade, e uns 25 a 30dBm abaixo do sinal desejado).
Se usar uma faixa de 40MHz, passa pra 128 portadoras, pra passar a mesma banda vai usar de qualquer forma todas igual. Se vai trafegar um pacote por segundo, ou 10 por segundo tanto faz, o canal já está inútil pra vizinhança.
A UBNT está ajudando muito colocando ferramenta tipo o AirView, ele mostra bem a taxa de ocupação do canal, que é o que ele chama de numero de hits na imagem do meio:
Anexo 61691
Gosto dessa porque mostra na esquerda uma conexão com alto tráfego, são algo na casa dos 100 hits, mas com sinal baixo tipo -75dBm pra baixo. Apesar de baixo isso atrapalha pra caramba porque é ininterrupto! No meio tem sinal tipo -55dBm, mas são só coisa boba tipo uns 20 hits por segundo. Atrapalha igual.
Nesse caso não tem uma receita mágica, "ignore o nível e veja quantos hits tem", ou "ignore o numero de hits e use o canal com sinal mais baixo" (E isso é o que muita gente faz usando o channel usage no Mikrotik), se o canal tem uso então VAI incomodar, e optar por um canal de 80MHz ao inves de um de 20MHz usa um espectro bem mais largo, inutiliza 60MHz na vizinhança, mesmo que tenha um datarate baixo ou pouco trafego.
E datarate baixo é mais legível (Permite sinal mais baixo) porque dá tempo pro controle de ganho ajustar o nível a cada instante, assim como tem menos dados pro ADC trabalhar. Mas eles não ocupam "menos" o canal, o radio lida melhor com interferências usando datarates mais baixo simplesmente porque tem mais tempo pra analizar e descartar pacotes depois do ADC, e pra ajustar o controle de ganho. Radios mais modernos fazem isso mais rápido mesmo usando modos antiquados tipo A, B ou G (Mas não quer dizer que devemos usar esses modos) mas quando o canal está em uso, mesmo que seja com meia duzia de hits por segundo no AirView, já inutiliza o canal, esses hits vão pro ADC com nível similar ao sinal desejado e distorcem uns pacotes esporadicamente, quanto mais hits mais atrapalha mas mesmo um mínimo já cria uns bits perdidos... e como sempre se perder 1 bit já tem que reenviar o pacote todo, o trafego cai de 60Mbps ora 20Mbps num PTP só de ligar um AP por perto no mesmo canal e trocar alguns Kbps por ele.
Não é só a taxa de ocupação do canal, ou o nível dos sinais vizinhos, tem uma equação complexa pra definir que pacotes vão atrapalhar o ADC e o controle de ganho lá dentro do chipset, mas o resumo é que canal em uso é canal inutilizado, usar canal mais largo então inutiliza uma faixa mais larga do espectro.
(E quando o sinal está baixo demais pro ADC identificar que é um dado binário ofdm, ele vira ruído, então não tenho receio de chamar sinal indesejado de "ruído", mesmo que seja uma sinalização ofdm, se não é meu então é indesejado e está incomodando, atrapalha tanto quanto ruído eletromagnético genérico (Menos que uma transmissão contínua na mesma potência, mas atrapalha)
Concordo com a crítica que o nome "ruído" não é correto, mas quando você tem uma duzia de AP's no mesmo canal na região, os pacotes refletidos e ilegíveis viram um fundo que os radios não entendem, fica tudo ilegível pro ADC separar então é classificado como ruído. Qualquer cidade grande tem coisa tip -85dBm de ruído em 5GHz, ainda que você configure um mini PTP a 5MHz de largura (802.11n permite), com MCS0, de modo a ter sensibilidade lá pelos -96dBm, ainda assim isso tudo será ilegível pro rádio e ele ainda vai chamar de ruído, apesar de tudo isso ser sinais de outros AP's, sinais OFDM no mesmo padrão do IEEE.
(Seria como colocar 20 equiptos de som tocando funk, ia virar uma montoeira de ruído, uma ou outra batida ou grito ia se sobressair uma vez ou outra mas de maneira geral tudo seria ilegível, mas... são 20 musicas, qual o momento que musica vira ruído? (Tá, péssimo exemplo... o que não é feito por musicos, nem por instrumentos musicais, não é musica, funk não se encaixa nesse rótulo, mas seja lá qual for a musica, com um monte delas tocando a partir de algum momento tudo vira ruído, nem sempre o audio direto, pode ter eco, e wifi sofre pra caramba com efeito multipath, o pacote tem sinal suficiente mas tem tanto reflexo que é tratado como ruído, tanto pelo software nos rádios como pelo usuário/provedor))