-
Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Amigos, gostaria de trocar algumas informações com a comunidade sobre o uso de antenas para rádios com protocolo 802.11N.
Nas pesquisas do Google, muita coisa é copiada de um site e replicada em outro. Pouca matéria nova é encontrada.
Um dia desses conversando com o Sérgio, tocamos no assunto das polaridades das antenas destes rádios.
O que temos visto ultimamente são lançamentos de rádios MIMO com dupla polarização.
Mas pelo que sei o protocolo N deve basear-se na diversidade espacial e para isso ser eficiente as antenas precisam estar na mesma polarização. Com a diversidade espacial a conexão fica mais robusta, tem alcance maior e consequentemente o resultado teórico deveria ser melhor.
Mas o que temos visto é uma tendência dos fabricantes pela dupla polarização para PMP
A dupla polarização quando utilizada com o Nstreme por exemplo vai permitir um aumento da banda passante, mas o objetivo deste aumento é outro, como no caso de transporte de link em ponto a ponto
Já para uso PMP o Nstreme não tem sido utilizado.
Daí que queria ver como vocês tem entendido esta utilização de antenas de dupla polarização nas CPEs para uso cliente. Realmente aumenta o throughput , mas é este o projeto básico do protocolo N?
Principalmente quando temos na base um rádio com antena de dupla polarização mas no cliente a CPE for de uma só polarização, como a airgrid ou um bulletM? Se for um NanoLocoM ou um NanoM até se entende pois estes também tem dupla polarização.
SEguindo nesta linha de raciocínio que as antenas deveriam ter a mesma polarixação, vemos que no mercado isso não é uma prática comum. O comum é dupla polarização
Mas encontrei este fabricante que tem vários modelos, incluindo uma com 3 antenas pol vertical na mesma construção.
MIMO Antennas
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
o cara da krazer tambem tem umprojeto destes ele jura de pe junto que passa 284 mega tcp .
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Furungando no site da L-com encontrei uma antena que acho ser indicada para o verdadeiro N.
Observem que ela não é uma antena de dupla polarização, mas tem duas entradas.
Esta é uma antena que eu gostaria de ver aplicada a um RocketM2
2.4 GHz 5 dBi Spatial Diversity Dipole Antenna 12inch N-Female Connector - HG2405SD-135-NF
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Fala chefia....
So pra complementar o topico, temos que diferenciar o N do MIMO.
N tem haver com a largura do canal, geralmente usa dois, o famoso Turbo 40 MHZ do MK.
MIMO . Tem haver com 2 ou + antenas. (multiplas entradas e multiplas saidas)
O objetivo é o mesmo, aumentar o troghtput.
Diversidade Espacial pelo que li teria que ser no mínimo 3 x 3.
Aqui tenho usado paineis MIMO 2 x 2 e conecto tanto clientes 1 x 1 como 2 x 2 .
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Tchê, coloquei um rocketM2. Está com muito bom desempenho. Os clientes antigos com radionhos RTL 8186, Nano2. Alguns deles já troquei para NanoLocoM2 ou então Elsys que tinha aqui.
Nestes últimos o throughput indicado na tabela de estações conectadas do rocketM mostram que estão bem alto. Ou seja daria para dar um up do plano deles.
Até os clientes com radios B/G melhorou muito o sinal.
Mas a dúvida que tenho e conversando com o Sérgio chegamos a mesma conclusão é que inicialmente o N foi projetado para traballhar com diversidade espacial, com duas, três ou até mais antenas. Mas todas na mesma polarização.
Concordo que o N pode ser compatível também com 1 só antena e trabalhando com maior largura de banda. O projeto do N leva em consideração alguns algorritmos que permitem o aumento do tráfego mesmo com uma só antena.
Daí que o N pode ser SISO ou MIMO.
- Agora vamos a uma situação hipotética:
Base com um ap com setorial de dupla polarização. Clientes com rádios com antena de uma só polarização.
Que vantagem traria uma situação assim? Não haveria uma perda da polarização que não está presente nos rádios cliente?
- Outra situação hipotética: Base com ap com setorial com duas antenas mas com mesma polarização como aquela da L-Com que postei.
Clientes com rádios com uma só antena .
Pelo que andei lendo, o fato de as duas antenas na base serem da mesma polarização, ísto tiraria proveito da diversidade espacial , a conexão teria mais estabilidade, maior alcance e ainda teria o aumento do througput.
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Bom dia..
Bom já que estamos falando de N gostaria de pedir algumas opiniões e sugestões.
Como o amigo falou, muita coisa que está na net se copia, já li vários artigos sobre o famoso N, que alguns fabricantes juram que faz milagre com radios "baratos". Nada contra ou que me perdoem alguns, mas se queres fazer milagre nao pede pro santo, vai a deus mesmo. Aqui estamos trabalhando com 5Ghz N para PMP mas não faz muuuita diferença ou pelo menos eu esperava mais. Lógico que o tráfego aumenta mas como o Naldo falou, não é qualquer rádio que faz o famoso milagre!!! rsrs
Não sei o que os colegas estão usando, mas pelo que tenho lido, ubuquiti ainda continua sendo ubiquiti. Nunca trabalhamos com B,G.. sempre com N, mas nesse "segmento" ainda tivemos os melhores resultados usando UBNT. O que vocês indicam a respeito de rádios?
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Aí é que está a questão Mauro.
O que temos visto é rádios N com antenas de dupla polarização. Mas originalmente o protocolo não foi desenhado para isso. A idéia é , quando usar mais de uma antena e daí entrar pelo universo do MIMO, utilizar duas ou mais antenas mas na mesma polarização para que haja o benefício da diversidade espacial.
Com duas antenas mas polarizações diferentes isso não acontece.
Por isso levantei esta questão. Será que estamos mesmo obtendo todo o benefício do protocolo N?
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
"Acompanhando"....
Brincadeira é claro
1929 seguinte eu ja usei uma varias desta 2.4 GHz 5 dBi Spatial Diversity Dipole Antenna 12inch N-Female Connector - HG2405SD-135-NF
em um projeto de um hotel, até desmontei uma esta antena é show de bola ela é mimo mesmo e não é dupla polarização não, é unica 2 horizontal ou 2 vertical
tive otimos resultados com ela no cartão N
para brincar ativei o nstreme e rolou legal até.
Agora uma coisa que sempre procuro mais nunca encontro nada é sobre as ondas estacionarias de Rf na frequencia de 2.4ghz
alguém sabe me dizer, pois nos radiós px e py são muito importante
pra quem não sabe o que é onta estacionaria (ROE) é o retorno de potencia para o radio .
eu sempre notei que nos datasheets das antenas vem a relação de ROE podem procurar sempre tem algo assim VSWR 1.5:1 ou 1:1
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Pois e.. Eu conhecia do protocolo N era justamente a dupla polarização, mandava numa e recebia na outra, usando " dois pulsos" vamos chamar assim em cada polarização que seria o caso do 2T2R correto? Com tanta coisa que vem surgindo, precisamos cada vez mais de banda. ou fibra ou entao tem que ter radios bons.. Aliás não podemos colocar em um cliente que quer agregar uma voz em cima de dados, uma parabola de 30db ou um rádio digital para ter mais qualidade.. hahaha
Estamos implantando voz, quem sabe antivirus e tal.. o N seria o "elixir dos deuses" mas pelo que vi ate agora não ta tudo aquilo, acho que são os radios que nao trabalham em N mas sim em um A mascarado de N. Desculpe se estou falando besteira, mas e o que ate agora tenho visto ai..
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Ahh falando sobre ROE, tem um colega no under no qual me perdoe mas ao lembro o nome.. Que discutiu isso e, na frequencia 2.4 ou 5.8, como são frequencias muito altas, não precisa se preocupar com o ROE, pois são infimas que nao teria problemas com ela..
Mas pelo que vi se quer entrar a fundo nisso (como eu estava meio paranoico sobre esse assunto) prepara para desenbolsar uma grana, pois pelo que vi, um medidor de ROE para essa frequencia nao e barato nao.. Agora onde precisa ter um certo investimento é em cabos bons.. Aqui trocamos e a diferença é astronomica. Vale a pena. Mas não vamos perder o foco, heheh
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Citação:
Postado originalmente por
jodrix
Fala chefia....
So pra complementar o topico, temos que diferenciar o N do MIMO.
N tem haver com a largura do canal, geralmente usa dois, o famoso Turbo 40 MHZ do MK.
MIMO . Tem haver com 2 ou + antenas. (multiplas entradas e multiplas saidas)
O objetivo é o mesmo, aumentar o troghtput.
Diversidade Espacial pelo que li teria que ser no mínimo 3 x 3.
Aqui tenho usado paineis MIMO 2 x 2 e conecto tanto clientes 1 x 1 como 2 x 2 .
Complementando o comentario sobre 2x2 e 1x1, aqui no provedor em que eu trabalho tambem temos 2x2 no POP e clientes usando AIRGRID que não são 2x2 e conectam normalmente, entregando até 6MB ( maximo que vendemos de internet para clientes por enquanto ) suavemente.
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Amigo 1929, já comentei em outro post seu sobre N com duas omnis que fico muito bom a não ser o problema que omni e omni!
Pequei como base ap como Tplink, Encore e etc. Que vem com duas ou três omnis de 5dbi, creio que o foco destes aps seja entregar net para os notebooks com antena onboard. Passando pelas as paredes da casa! Nosso caso ainda vamos tem um troghtput melhor...
To igual sego no tiroteio tentando fazer meu "3g". Aqui tem 150 casas para ser entregue da caixa e vou colocar uma base dessa com duas omnis para tentar vender a net sem instalação! A uma distancia de 50mts das casas
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Citação:
Postado originalmente por
1929
- Agora vamos a uma situação hipotética:
Base com um ap com setorial de dupla polarização. Clientes com rádios com antena de uma só polarização.
Que vantagem traria uma situação assim? Não haveria uma perda da polarização que não está presente nos rádios cliente?
Entao 1929, conforme minhas conclusões e as de um parceiro nosso, existe 1 vantagem:
Usando AirGrid nos clientes (1x1) vc estará ocupando somente 1 chain (horizontal ou vertical dependendo da polarização da instalaçao da AirGrid)
Se vc usar dessa forma dobrará a capacidade do seu POP pois poderá instalar o dobro de clientes nesse POP, desde que metade esteja na horizontal e metade na vertical!
Abraço!
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Citação:
Postado originalmente por
PauloMassa
Entao 1929, conforme minhas conclusões e as de um parceiro nosso, existe 1 vantagem:
Usando AirGrid nos clientes (1x1) vc estará ocupando somente 1 chain (horizontal ou vertical dependendo da polarização da instalaçao da AirGrid)
Se vc usar dessa forma dobrará a capacidade do seu POP pois poderá instalar o dobro de clientes nesse POP, desde que metade esteja na horizontal e metade na vertical!
Abraço!
Estou com uma dúvida parecida, queria colocar algo em 2.4 pensei em uma omni da ubiquiti com rocket m2 com airmax desativado, pois 95% dos clientes tem antena grade 2.4 aquario usb integrado, entao pensei que com a dupla polarizaçao poderia colocar metade na vertical e metade na horizontal. será que ficaria bom?
-
re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Vai funcionar sim Leonardo.
Só que o objetivo do protocolo N não era esse, de usar uns em horizontal e outros em vertical.
Isso é uma coisa que surgiu depois que os fabricantes começaram a lançar produtos em dupla polarização.
O Protocolo N tem como alvo principal utilizar-se da diversidade espacial, onde ondas refletidas são melhor aproveitadas e também prover uma maior agilidade de resposta dos rádios já que enquanto uma antena está recebendo a outra está transmitindo mas as duas na mesma polarização. E para tanto existem alguns modelos de antenas já preparadas para isso, como a Hyperlink que postei o link. n
Queria inclusive comprar uma destas para testar mas na loja online deles não tem opção para venda para outros países. E o distribuidor nacional não tem e nem tem interesse em ter isso.
O N tem ainda outros recursos que foram implementados que permitem inclusive que um rádio opere em N sem precisar de duas antenas e neste caso não é MIMO mas SISO.
A dupla polarização é usada primariamente para ponto a ponto utilizando por ex o protocolo nstreme ou o NV2 da mikrotik. Posso estar enganado neste entendimento, por isso estou no aguardo de cabeças mais experientes nisso para ajudar a entender esta tendência.
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Aldo, é isso mesmo. Voce conseguiu expressar aquilo que eu tinha lido em outras ocasiões, mas que parece estar se perdendo no tempo para a dupla polarização.
Mesmo que o resultado de um RocketM com basestation seja considerado bom, ele ainda não está dentro do protocolo N padrão.
Especialmente neste último ano houve uma corrida aos rádios de dupla polarização, desvirtuando o N.
parece que tem muita confusão entre diversidade espacial e Nstremme ou mesmo o NV2 da mikrotik.
São coisas diferentes.
E nós fomos atropelados pelos distribuidores que deram enfase na dupla polarização e nem se importaram em trazer soluções com a legítima diversidade espacial.
Mas vou entrar em contato com a Bertek que representa a L-Com para ver se há possibilidade de conseguir aquelas antenas que postei
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Boa noite à todos, interessante este assunto do protocolo N, não tinha pensado por este lado, será que não seria interessante solicitar à algum fabricante (tenho ótimo relacionamento com o Sergio da Betel) embora não sejam fabricantes apenas distribuidor da Wirelink, mas já fizeram uns filtros de ressonancia por cavidades para nossa empresa por encomenda, creio que se solicitar à ele uma antena de Slot que seja 2 antenas em um mesmo corpo, teriamos 2 antenas de polarização horizontal em uma unica antena com a vantagem de ser de Slot e com ajustes de R.O.E e sintonia fina de canais, apenas para fazermos testes, será esta a ideia ou estou totalmente por fora do assunto? O problema vai ser a distancia de um conector para o outro, + ou - uns 60 cm, à não ser que os conectores fiquem os dois no centro da antena, seria como duas antenas coladas fundo com fundo sendo uma delas de ponta cabeça, se for esta a ideia me ajudem aí que solicito à ele e posto o resultado.
Abs
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Alan, fiz contato com a Betel, não sei se exatamente foi o Sérgio que me respondeu, mas levantei a questão de utilizar duas de slot, uma em cada saída do rocketM2. Mas a resposta foi que não tinham experiencia com este tipo de situação.
Mas a idéia é essa mesma, duas de mesma polaridade num corpo só.
Pelo menos dois fabricantes já fazem isso, como postei mais no início, a L-Com e a Mars Antennas. Só que a da Mars é de pol vertical e ainda por cima são 3 antenas omini.
Acho que se investe pouco em pesquisa. Parece ser mais fácil copiar o que está mais popular.
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
blz Aldo mt bom o artigo ..ja tinha lido...
Vamo lá a coisa ta comecando a esquentar....
Abaixo, um bom material pra quem quer entender Spatial Multiplexing...
Redes Wireless: Entendendo o 802.11n
Quanto a antenas de polarização iguais ... pq nao usar 2 antenas com 1 polarização cada?? acho que seria um bom teste e facil de fazer.
Agora fica minha duvida digamos que tenho 2 antenas no pop ligado em um radio mimo.
e no cliente como fica?? teria que usar 2 tb??
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Citação:
Postado originalmente por
jodrix
blz Aldo mt bom o artigo ..ja tinha lido...
Vamo lá a coisa ta comecando a esquentar....
Abaixo, um bom material pra quem quer entender Spatial Multiplexing...
Redes Wireless: Entendendo o 802.11n
Quanto a antenas de polarização iguais ... pq nao usar 2 antenas com 1 polarização cada?? acho que seria um bom teste e facil de fazer.
Agora fica minha duvida digamos que tenho 2 antenas no pop ligado em um radio mimo.
e no cliente como fica?? teria que usar 2 tb??
Olá companheiro,
Escapamos da última tempestade que passou por nossa região. Aqui escureceu mas nada de chuva.
Jodrix, o teste com duas antenas, uma de cada polarização é o que estou fazendo. Com antena da Ubiquiti e rocketM
Se tenho duas antenas no pop, como uma basestation e 1x1 no cliente, o cliente vai conseguir no máximo 65mbps com 20mhz de largura de banda..
Já os clientes B/G conseguem atingir o máximo de 54/54 que é o esperado.
Mas o rádio base vai conseguir 130/130 para clientes que são 2x2 como é o caso dos clientes com nanolocoM. Já os clientes com Airgrid que é 1x1 fica 65/65 na tabela do RocketM e 65/65 na tabela da airgrid
mas tenho observado uma latência neste pop. Na tabela de station do rocketM todos estão com sinal até -68 ack até 37 , noise em 91 e ccq acima de 90%
O que eu imagino é que a pol vertical da basestation por não ser aproveitada pela maioria dos clientes que estão com pol horizontal, esta pol vertical possa estar causando mais prejuízo que benefiícios.
Jodrix, tu chegou a ver os modelos da L-Com que postei mais no início?
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Complementando o que o Aldo falou, o padrão IEEE 802.11n possui algumas features em relação aos demais padrões, umas obrigatórias outras não, tais como:
20/40 Mhz (obrigatória)
Redução do Guard Interval (obrigatória)
MiMo (opcional)
Beamforming (opcional)
Packet Aggregation (obrigatório)
STBC (opcional)
MRC (obrigatório)
SDM (opcional)
No começo, o padrão N foi projetado para ambientes indoor, suprindo uma deficiência dos padrões atuais, que era a interferência intersimbólica.
Mas o que é a interferência intersimbólica?
Acontece em sistemas que utilizam apenas 1 receptor, como é o a/b/g, devido ao efeito de multi percurso, o receptor recebe cópias dos mesmos sinais em tempo diferentes, e assim, o receptor se "perde" e não consegue extrair o sinal corretamente, exigindo retransmissão.
Quando o padrão N chegou, trouxe a inovação do MiMo (múltiplas entradas, múltiplas saídas), sendo esta é uma das grandes sacadas do padrão.
Quando utilizamos MiMo, temos vários transmissores e vários receptores, e isso quer dizer que, a problemática interferência intersimbólica será drasticamente atenuada. Por ter vários receptores, o STBC (Space Time Block Code) recebe em suas diversas antenas, cópias do mesmo sinal, e dentro do chip, o algoritmo de Alamouti consegue fazer uma seleção do melhor sinal, recuperando o mesmo sem maiores problemas. O que não seria nada sem a diversidade espacial, separadas estrategicamente por N * comprimento de onda.
Além do STBC, quando temos MiMo, temos também SDM (Space Division Multplexing), que cada transmissor consegue enviar mais dados em paralelo no mesmo espaço de tempo, o que nos confere a duplicação da taxa de transmissão.
Aí, o pessoal começo a trazer o padrão N para outdoor, fazendo antenas de dupla polarização. Neste caso apenas SDM funciona a contento, pois, por terem polarização cruzada, temos um perda na ordem de 30 db, e o STBC já não consegue ser tão atuante.
Devemos prestar a atenção nas nomenclaturas, pois temos sistemas 1x1 (SiSo), os MiMo (2x2, 2x3, 3x3, 3x3 e 4x4), além de outras poucas utilizadas, como MiSo e SiMo.
Essa nomenclatura quer dizer NxM, onde N é número de transmissores e M é número de receptores.
Vale ressaltar que, alguns datasheets mais completos vem 2x2:2, onde o :2 é número de spatial streams, que é fator que determina o SDM. O número de spatial streams normalmente é igual ao número de transmissores.
Um adendo, o WiMAX utiliza o STBC e SDM em separado, chamados de Matrix A e Matrix B.
Uma dica para se tirar bom proveito do padrão N, é manter todos os devices em Greenfield, ou seja, todos utilizando N, sem retrocompatibilidade com outros padrões.
Espero ter esclarecido um pouco a visão de vocês com relação ao padrão N. Desculpem por, ás vezes, ser um pouco teórico... Mas a prática não é nada sem a teoria. :)
Um grande abraço e excelente Natal a todos,
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Antoniolli, seu esclarecimento foi muito bom.
Se eu entendi bem, o ideal então para que STBC renda o máximo possível , se deduz que o ideal seriam antenas de mesma polarização.
A L-Com tem este modelo, mas o distribuidor oficial (Bertek) me disse que não tem disponibilidade. Que se eu desejasse um número considerável eles importariam.
A conclusão que tiro é que o mercado para o protocolo N está sendo deturpado com outros conceitos como a dupla polarização. E os distribuidores vão na onda e isso cria um círculo vicioso e consolida o mercado de dupla polarização e sepulta a opção de MIMO com mesma polarização.
Eu já fiz um teste com duas antenas de mesma polarização com cartão R2N. Ficou muito bom. Mas não sei exatamente sobre a questão de separação entre estas antenas. Talvêz por isso o ângulo de abertura que era de 90º para cada antena acabou cobrindo praticamente 180º com as duas apontadas para o mesmo setor.
Como você disse: O que não seria nada sem a diversidade espacial, separadas estrategicamente por N * comprimento de onda.
Este detalhe é que preciso calcular melhor.
Também quanto ao greenfield eu ouvi falar que seria um algorritmo , mas pelo que voce citou é simplesmente tudo em N? E em draft 3.0?
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Então Carlos,
Como o STBC foi criado especialmente para ambientes indoor, é NECESSÁRIO que haja muito multi-percurso, o que trazendo para o ambiente outdoor, seria útil em um ambiente densamente urbano, parecido como funciona o sistema celular...
Como na maioria dos casos de redes outdoor, se tem uma boa visada, com até a 3° zona de fresnel limpa, o multi-percurso quase não ocorre(salvo em algumas situações). Isto faz com que o STBC não seja muito útil nesse casos...
Acredito que os fabricantes que começaram com as antenas de dupla polarização, pensaram em vários fatores, como facilidade de fabricação, coeficiente de arrasto, isolação entre portas, XPD, e principalmente custo...
O greenfield é o modo que o padrão N usa para eliminar alguns campos do preâmbulo, diminuindo o overhead. Esse campos retirados são campos de retrocompatibilidade com os padrôes antigos, legacy devices, como o 802.11a/b/g.
O algoritmo de Alamouti, é outros 500, tem toda uma arquitetura diferente (BLAST), etc, etc...
O padrão N não tá mais em draft, já virou standard desde 2009. Se tu quiser, tenho o standard aqui comigo.
Grande abraço,
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Isso aqui ta ficando bom demais, aos poucos vamos desmistificando o padrão que creio seja o mais correto de se usar, o GREEN FIELD, ainda mais depois da "aula" do mestre
Eng° Renan S. Antoniolli, deu pra esclarecer varios pontos.
Só pra acrescentar, os pacotes no padrao N "puro" (GREEN FIELD), tem prioridade sobre os padrões anteriores ABG, ou seja, anda na prefencial.
Tb reforça o que tenho dito, nada de AIRMAX ou NV2, o N faz quase o mesmo trabalho, é tb compatível com todos os equipamentos desse padrão.
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Citação:
Postado originalmente por
JorgeAldo
Moral da história : 802.11N deve usar antenas de mesma polarização.
Eu sempre pensei assim e por isso abri o tópico.
Mas.....
Pelo que o Antoniolli postou não necessariamente , Aldo. Irá depender do local. Por ex. numa área urbana com muitos prédios onde a onda vai refletindo até de uma forma desordenada, vai chegar em fases diferentes no AP onde o STBC entra em ação.
Mas daí me vem outra dúvida. Se reflete, muitas vêzes a onda não muda a polarização? E daí não seria o caso de nestes locais o uso da dupla polarização aliada ao SDM não seria mais eficiente?
Pela explicação, num ambiente outdoor com visada normal o melhor desempenho então seria dupla polarização mesmo utilizando rádios clientes com uma só polarização.
Entendi melhor o GreenField agora. Quando o cenário tem B/G , estes tem um preambulo com informações que o N não precisa e por isso elimina para deixar oo overhead menor .
Quando todos os clientes estiverem em N, não haverá este overhead e o desempenho será melhor.
Foi mais ou menos isso que entendi.
Agora , o que o Jodrix falou, eu já tinha ouvido também, que onde houver um AP com o recurso greenfield , a preferencia será sempre dele.
A idéia que este nome me passa é de um paraiso, um campo verdejante onde tudo funciona legal.... heheheh
É isso mesmo , Antoniolli?
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Citação:
Postado originalmente por
JorgeAldo
Isso é o mesmo que apostar duas vezes na mega-sena. Não faz sentido apostar no acaso duas vezes quando uma vez basta.
Se aposto duas vêzes, se tiver 3 acertadores, eu terei 2/3..hehehe
Mas falando sério, a explicação inicial do Renan foi muito clara , mas fiquei confuso na última citação. Me pareceu haver uma contradição quanto ao uso de mesma polarização..
Vamos ver o que o Eng. Antoniolli nos diz.
PS- Antoniolli, você é natural da minha terra ou só trabalhava na TSM?
-
Re: Algumas Considerações Sobre o Protocolo N e Antenas de Dupla Polarização
Primeiramente um feliz natal atrasado para todos, e um excelente 2012...
Então, vamos por parte,
Eu sou natural de SC, a TSM foi apenas mais uma empresa no currículo...Mas a região onde nasci em SC, tem muita influência gaúcha, com CTG, etc...
Sobre o greenfield, é quando só existe equipamentos N na rede. se existir algum a/b/g na rede, ele não trabalha em greenfield, e sim com retrocompatibilidade.
Neste caso, de termos uma rede mista, do que adianta os frames dos equipamentos N terem menos campos, se no instante seguinte, teremos que enviar um frame a/b/g com overhead...
Tu não mantém o acelerador sempre acelerado, vc terá que tirar o pé de vez em quando...
Mas em greenfield, ai sim, tu mantém uma aceleração constante... hehehe
Sobre a propagação de ondas, quando a onda é refletida várias e várias vezes, ela pode mudar sim a sua polarização, mas na maioria dos casos, ela rotaciona até 45°, o que gera uma perda de mais ou menos 3 db.
E tanto sendo polarização simples, quando cruzada, essa perda não chega a ser tão significativa.
Subindo um pouco de camadas, e conforme eu havia dito, sendo dual pol, o STBC não ajuda muito, pois para o sinal ser recebido nas duas antenas, os raios refletidos teriam que rotacionar mais que 45° (o que é muito difícil).
Uma maneira de contornar isso, e que já usado em sistemas celulares (por ser ambiente totalmente multipath) é utilizar antenas com pol. cruzada em 45°. Algumas antenas wimax já são assim...
Esse assunto é de ficar meio confuso mesmo, mas na medida do possível tentarei esclarecer da melhor maneira possível...
Grande abraço,