Re: Projeto cooperativa de provedores
Muito interessante Jadir.
Este projeto é ótimo e de antemão já te digo que sou parceiro.
Todo mundo que começou um dia vivenciou as dificuldades, a preocupação e, sobretudo, as dúvidas com relação à SCM/Anatel.
Hoje mesmo eu já tendo uma boa experiência no ramo e após muita leitura e conversa com outros donos de provedores ainda existem muitas dúvidas da minha parte. A lei é passível de interpretação e muito contraditória em alguns pontos.
Alguns pontos inclusive deixa brecha para que o examinador da Anatel decida o que é e o que não é válido/”multável”.
Acho que fazer parte de uma cooperativa seria muito válido, tanto para o iniciante, que rapidamente estaria informado e de certa forma protegido, quanto para a empresa já postada no mercado, que poderia ver aí uma oportunidade de enxugar consideravelmente custos.
Manter-nos isolados nos deixará sempre a mercê de grandes operadoras, pois elas detêm poder suficiente de praticar preços "abusivamente" baixos e chegar a onde quiserem. Um exemplo clássico aí se dá com a OI oferecendo ADSL de 1/2MB por R$ 40,00.
Inclusive elas nos usam como "beta-testers", caso alguns não tenham percebido. Reparem onde há demanda considerável de Provedores Wireless, geralmente em regiões mais longínquas, as operadores assim que percebem tratam de investir em infra para chegar nestas regiões, e de forma agressiva.
O Kleber entrou com uma questão interessante também, queremos usar tanta coisa boa e ficamos dependentes de homologação. Uma cooperativa bem sucedida pode agregar este serviço, aliás, só uma cooperativa poderia permitir os pequenos tal fato, visto que homologação é cara.
PS: Moderador, seria interessante limpar mensagens (flames) que não contribuem com o tópico, incluindo este "PS" aqui ^^
Re: Projeto cooperativa de provedores
Para quem tem interesse em tocar a idéia a diante, procure por estudo de cotas, fazer similar a um clube onde todos são socios e clientes ao mesmo tempo. A melhor maneira seria de centralizar a idéia com filiais autorizadas com contratos claros de provimento. Boa sorte a todos.
Re: Projeto cooperativa de provedores
Amigo,
Acho muito boa sua iniciativa, estou dentro.
A respeito da sua dúvida sobre contratação de funcionário, a questão é a seguinte, em se tratando de uma filial o CNPJ permanece o mesmo, só muda o número após a barra.
Isso significa que a sociedade toda responderá pelos funcionários contratados.
Mas, pra tudo tem uma solução, só não pra morte é claro!. pode pensar em quando uma filiar precisar de funcionários, deverá fazé-lo através de contrato de prestação de serviços, ou seja o suposto funcionário, abre uma empresa individual (MEI) e a filial faz um contrato de prestação de serviços com a empresa dele. pode ser uma saída. masa o importante é agilizar o projeto.
Citação:
Postado originalmente por
Jadir
Olá a todos. Para quem não me conhece, sou Jadir Santos, empresário e dono da BNT internet de Santa Maria, RS. Estou nesse mercado há aproximadamente 4 anos, e desde que iniciei sinto na pele as dificuldades de se trabalhar nesse negócio.
Quando levantei a primeira torre e comprei os primeiros equipamentos já encontrei dificuldade para enquadrar na legislação: entender sobre SCM, SVA, o que pode e o que não pode ser feito, link dedicado, empresas que vendem equipamentos com selo falso, sem nota fiscal/meia nota, adaptar potências e ganhos para não estourar a EIRP... Enfim, muitos detalhes e pouca informação.
Acredito que o ponto mais relevante seja a questão do SCM. Chega o dilema: solicitar uma licença própria ou franquear-se a uma outorgada? Desde Adão e Eva a dúvida é a mesma. E quando eu decidi por profissionalizar o trabalho que vinha fazendo, procurei o caminho mais "curto" e mais barato, as parcerias. Eu particularmente nunca tive problemas com a Anatel, mas conheço casos de amigos que não tiveram nenhum respaldo de suas franquias quando os fiscais bateram na porta do provedor. Foi um Deus-nos-acuda, e no final das contas quem pagou a conta foi o provedor.
Não estou dizendo que o modelo das parcerias não funcione, pelo contrário, é um modelo válido. Mas eu acredito que possa existir outras alternativas também válidas para trabalhar dentro da lei. Uma dessas alternativas eu expus aqui no Under-Linux, e se trata da criação de uma entidade única com representação local e nacional ao mesmo tempo.
Já citei que sou a favor do cooperativismo. A partir do momento em que cria-se uma única empresa com uma única licença de SCM, não temos mais a figura da franquia, da parceria. Todos passam a ser sócios da empresa, filiais da outorgada em suas cidades. Seguindo o modelo das operadoras, como a Oi por exemplo, por mais que ela atue em várias cidades ao mesmo tempo nunca deixa de ser simplesmente Oi.
Dessa forma, abolimos as possíveis interpretações por parte da Anatel, abolimos a necessidade de duas empresas atuando na mesma atividade (uma vez que SCM e SVA passam a ser prestados pela mesma empresa), abolimos a necessidade de duas vias de marketing. Com isso teremos uma das maiores representações do segmento no Brasil.
A ideia principal é discutir a viabilidade da proposta, além do SCM, como também a possibilidade de assumirmos homologações de equipamentos úteis para nossa atividade, compras coletivas, importações. Enfim, a proposta é não limitar e sim abrir horizontes que até o momento estão fechados para a grande maioria de nós, provedores.
Gostaria da participação DE TODOS em um debate sadio e positivo.
Re: Projeto cooperativa de provedores
funset neste caso o associado nao pode ser MEI ,para ser inscrever no MEI nao pode ser socio em uma empresa ...
www.portaldoempreendedor.gov.br
Re: Projeto cooperativa de provedores
Em primeiro lugar deve ser criado um estatuto. A deliberação, administração, coordenação e execução das atividades serão exercidas pelo Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal, Diretoria Executiva, por Comissões especiais, de caráter permanentes e temporárias, e por um quadro de funcionários. Dessa forma um unico conselho faria a parte de frente enquanto filiais fariam a mesma coisa. No caso os "Parceiros" teriam cotas ou titulos da empresa e o mesmo ficaria de responsavel por determinados serviços tais como a ultima milha. No caso da Oi existe uma empresa tercerizada especializada para atender a ultima milha e um conselho regional deliberativo.