Re: Empresário detido por distribuição clandestina de internet no ES
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Postado originalmente por
faelldantas
Dúvida!!! E não é a anatel que vem primeiro lacrar seus equipamentos e te notificar nao?
A pessoa é presa logo de cara?
Tanto Polícia Civil como Polícia Federal tem competência para isso, basta quererem. Em São Paulo até fiscais da Prefeitura fazem esse trapalho. Tenho amigo que é fiscal lá e inclusive já vi fotos de operações deles em rádio pirata.
Re: Empresário detido por distribuição clandestina de internet no ES
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Postado originalmente por
jorgilson
Provedor de internet não precisa de autorização da Anatel para funcionar
27 de outubro de 2014, 13h48
O provedor de internet não precisa de autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para funcionar. Assim decidiu a 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região ao absolver um empresário do Piauí da acusação de desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicação, por distribuir serviço de provedor de internet sem autorização da Anatel. A decisão confirma sentença da 1ª Vara Federal em Teresina (PI).
O réu foi denunciado após fiscais da Anatel constatarem o funcionamento irregular do chamado Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) na empresa dele. Na ocasião, o empresário impediu que os equipamentos transmissores fossem lacrados pelos fiscais. Por isso, foi ele acusado pelo Ministério Público Federal de desobediência a ordem legal de funcionário público e de operar de forma clandestina. O delito está previsto no artigo 183 da Lei 9.472/1997, que trata da organização dos serviços de telecomunicações.
Em primeira instância, o réu foi inocentado pelo juiz, que entendeu não ter ocorrido crime, mas "mera infração administrativa". Isso porque a empresa não atuava como exploradora de serviço de telecomunicação. Tratava-se, apenas, de uma provedora de serviços de internet que redistribuía o sinal recebido de outra empresa — esta autorizada pela Anatel —, mediante contrato legal e regular.
O MPF recorreu ao TRF-1. Alegou que “o Serviço de Comunicação Multimídia explorado pelo recorrido (...) constitui um desenvolvimento clandestino de atividade de telecomunicação, tipificado criminalmente, caso não outorgado pelo órgão competente”.
O argumento, no entanto, foi rechaçado pelo relator da ação no tribunal, desembargador federal Mário César Ribeiro. No voto, o magistrado explicou que há uma diferença fundamental entre os dois tipos de serviços relacionados à internet: o Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) e o Serviço de Valor Adicionado (SVA) — que é o provedor de acesso à internet.
O SCM está descrito na Resolução 272/2001 da Anatel como um “serviço fixo de telecomunicações de interesse coletivo, prestado em âmbito nacional e internacional, no regime privado, que possibilita a oferta de capacidade de transmissão, emissão e recepção de informações multimídia, utilizando quaisquer meios, a assinantes dentro de uma área de prestação de serviço”. Ou seja, trata-se de especialidade das companhias telefônicas, de energia elétrica ou de televisão a cabo que têm autorização da Anatel para transmitir o sinal ao usuário final ou disponibilizá-lo a outras empresas.
Já o Serviço de Valor Adicionado, previsto no artigo 61 da Lei 9.472/1997, não constitui serviço de telecomunicações, mas a simples distribuição da internet pelo provedor, que também é usuário da empresa que lhe transmite o sinal. “Ou seja, nada obsta que o interessado, para fins de prestação de serviço de provimento de acesso à internet (SVA), utilize a rede de transmissão de sinal de outras empresas já estabelecidas, exercendo, neste caso, uma atividade que apenas acrescenta ao serviço de telecomunicação que lhe dá suporte”, reforçou o relator.
“Quando o serviço é feito por meio de radiofrequência, não há a simples utilização de uma estrutura de telecomunicação preexistente, pois o provedor instala uma estação-base e a partir dela transmite o sinal de rádio para seus clientes, criando um novo meio de comunicação”, concluiu Mário César Ribeiro.
Como a simples promoção de serviço adicional de telecomunicação não configura crime, o magistrado decidiu pela inocência do réu. O voto foi acompanhado pelos outros dois magistrados que integram a 3ª Turma do tribunal. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-1.
Processo 0001618-96.2007.4.01.4000
Pelo que entendi, então o réu no caso em tela não cobrava pelos serviços e distribuía internet a filiais de mesma empresa. Pois se cobrava e distribuia a clietes o crime fica caracterizado.
Se fosse assim, ninguém teria sido lacrado após tal caso ter gerado jurisprudência.
Fácil, né?.... Nem tanto.
Re: Empresário detido por distribuição clandestina de internet no ES
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Postado originalmente por
RODRIGOQUATI
saiu uma mentira bem cabeluda aí na reportagem eu acho, "dava mais de 50 mil reais de prejuízo por mês), se isso for verdade, esse cara tem que se lascar mesmo, com 50 mil por mês dá pra tirar licença e assumir um link dedicado, mas se for mentira o cara ta tentando se erguer para trabalhar honestamente, vai que é um pai de família, eu acho que a denúncia não é o melhor caminho para esses casos. opnião própria viu gente.
O delegado deve ter se baseado no lucro bruto da "empresa" obtido em algum documento apreendido e não me surpreende nada se for isso pois "trabalhando" dessa forma eles poderiam baixar bastante o custo operacional.
Re: Empresário detido por distribuição clandestina de internet no ES
A mulher chegou a engasgar, kkkkkkk, mais é isso aí, como sempre falo, pra começar até que vai de gatonet, mais o problema que os caras acham que nunca vão cair, continuam sem tirar licença, ai é ferro mesmo, e não tiro a razão dos caras que denunciou.
Abraço a todos.
Re: Empresário detido por distribuição clandestina de internet no ES
@gfqsw, digo isso pois eu presenciei um fato desse.
A tia ana veio direto na empresa onde a pessoa trabalhava, solicitou o comparecimento dele na casa dele (onde era provedor), pegou os rádios (na época os ovislinks 5460ap), como eram produtos homologados, só fizeram passar uma fita nos equipamentos, entregaram um papel a ele para que ele pudesse ir na justiça responder (uma coisa assim), e foram embora.
Assim que eles saíram, ele só pegou o rádio de backup e ligou novamente, e deu entrada na papelada.
E ele não foi preso, nem nada, nem respondeu a processo, não aconteceu nada com ele, hoje ele tem provedor normal, com licença e tudo registrado nos conformes.