Postado originalmente por
rubem
O problema dessas tecnologias novas é a MALDITA retrocompatibilidade e compatibilidade com outras marcas.
Sabe como é, o capiáu quer enfiar um UBNT num lado e MK no outro, se ambos usam N então na cabeça dele é claro que tem que ser compatíveis.
Isso a meu ver é culpa da ignorância do consumidor, que insiste em trabalhar na área mas não sabe diferenciar "antena" de "protocolo".
Tendo que lidar com os leigos que se dizem técnicos, o fabricante não pode inovar muito, teria que criar protocolos próprios, escravizar o cliente na sua marca (Grandes marcas já fazem isso, BASEIAM o protocolo proprietário em padrão aberto da IEEE, o desempenho muda 5% mas tira 100% da compatibilidade. Se é pra fazer isso então invistam direito em padrão proprietário, 100% diferente dos padrões da IEEE) mas ter a possibilidade de usar tudo em padrão do IEEE, essa parte é que mata!
Enfim, com tanto leigo trabalhando com telecom, complicado inovar, não esperem nada fantástico nos próximos anos, só o de sempre, esquema de modulação 10% mais eficiente, filtros passa-faixa mais eficientes ou isolamentos melhores entre polarizações pra passar pra 3 polarizações, ou o uso de canais separado pra TX e RX (Isso sim seria um enorme avanço pra PTMP!), mas nada pra concorrer com fibra e etc, no ambiente americano da UBNT, ou na Letonia da MK, onde tem 1 cidadezinho de 2000 habitantes a cada 5Km (Os Eua tem 10x mais cidades que o brasil, quase literalmente, 3x mais população em 10x mais cidades, cidades menores e mais espalhadas, com US$ pra pagar antenas caras em venda de conexão via radio), eles ainda vão lançar muito equipto pra esse tipo de consumo.
E convenhamos que usar radio em cidades grandes, onde há densidade populacional suficiente pra pagar fibra, dá o mesmo retorno financeiro que investir em PTMP via rádio em cidades pequenas, o problema de falta de canais disponíveis não é dos rádios mas sim do uso que damos pra eles no brasil, usar rádio onde tem uma casa do lado da outra que pagariam um investimento em fibra em poucos anos. Um PTMP "gastando" 80 ou 160MHz numa cidadezinha de 5000 habitantes não é um problema, incomoda muuuuuito menos que um PTP gastando 10MHz numa metrópole, esse tipo de equipto não é pra qualquer lugar.
(E o radome faz muita diferença nessa hora! Em mini-PTP pra empresas, interligando galpão e escritório, ou fazenda e escritório, casa do dono e empresa, ou algo assim, 2 mini-PTP's próximos com radome podem usar a mesma faixa sem problemas, dá pra reutilizar canal fácil fácil, enquanto PTMP emite e recebe de todo lado então quem fode o espectro pra mim é PTMP, e não PTP com antena de angulo pequeno! Com antenas setoriais UBNT de 60° a coisa tende a piorar, ao invés de 3 canais de 20MHz em 3 antenas de 120° logo teremos uma enxurrada de torres com 6 antenas de 60° usando 30 a 50MHz cada (Pra vender mais banda), emitindo sinal numa largura tão grande (60° em 3Km acerta uma largura de 3Km, mas como tem lóbulo secundário emitindo bota aí uns 8Km de largura na área com o canal inutilizado) fica muito difícil reutilizar canal e a culpa NÃO é dos PTP!)