dbi, dbm, db, mW, como saber?
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Postado originalmente por Bronius
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Postado originalmente por Francinei
Bom, só para apimentar esse topico entao eu pergunto:
Se todo dipolo é 75 e as antenas direcionais de grade teem um dipolo na ponta, como é q fica?
Ainda nao destrui nenhuma direcional de grade para ver se tem um balum onde faz esse famoso "casamento" de impedancia.
Alguem pode explicar?
Estou fazendo essa pergunta pq se for levar tudo na base das formulas e calculos de impedancia, aí a coisa vai complicar :roll:
Bem vinda sua observação , dipolo aberto meia onda impedancia 75 , dipolo fechado meia onda 300 , vertical 1/4 de onda 52 ohms. O casamento pode ser balloon trombone , delta , capacitivo que são os mais conhecidos :good:
exatamente!
Minha observaçao foi apenas para os amigos nao se apegarem muito as formulas e calculos pq vai dar DOIDEIRA.
Bom deu para perceber q vc é da area, entao vc sabe q nao é tao simples assim.
Alem de tudo temos a qualidade da materia prima q sao confeccionados os cabos e antenas, etc....toda aquela parafernalha.
dbi, dbm, db, mW, como saber?
Na realidade, não faz muita diferença se aprendemos as noções básicas em impedâncias diferentes.
A observação do Bronius (pára com esse hábito, cara!!) é ótima, pois explica as diferenças entre as impedâncias por meio da construção das antenas. Por ali já se vê que nem todo dipolo é 75ohms.
O dipolo na entrada da antena de grade na realidade é um captador do sinal para ali direcionado pelo formato parabólico da grade atrás dele. Ademais, seus elementos ficam em planos paralelos ao eixo de polarização e não em oposição sobre um mesmo eixo, como no dipolo tradicional.
O que vai dar a impedância no conector de antena é sua construção física. Deste modo, são construídos geralmente para acoplamento ao cabo de 50ohm (o que chamam de pigtail), usando conector N fêmea na extremidade.
Quero apenas somar um ponto: nos dipolos, o uso de elementos com um comprimento igual a 95% de 1/2 comprimento de onda tem a ver com a ressonância do elemento de antena na frequência recebida, pois oferece reatâncias mínimas. Daí as antenas de TV possuírem elementos de tamanhos diferentes para cobrir a faixa total de recepção.
Outra observação interessante é sobre as impedâncias descasadas. Não é obrigatório o uso, por exemplo, de um balun(*) para casar um cabo chato (300ohm balanceados) com um coaxial (75ohm desbalanceados). Só que vai haver perda na ordem de 10 log 300/75, (10 log Z1/Z2) ou seja 10 log 4. Como log 4 é aproximadamente 0,6 a perda será de 6dB. Sabendo que a cada 3dB perde-se meia potência, a potência final é 1/4 da original.
Se usar ao contrário (75/300), dá no mesmo, pois o log de 0,25 é igual ao log de 4.
O uso de um casador de impedância reduz a perda aos fatores de transformação e resistência interna dos materiais usados no casador.
(*) balun refere-se a um casamento entre balanceado (balanced) e desbalanceado (unbalanced), daí o termo correto ser balun. A propósito: balloon é um balão e balum não existe.
Balanceado é o cabo chato (Z=300ohms), ou par de fios (Z=600ohms), onde ambos os fios conduzem sinal.
Desbalanceado é um cabo coaxial, onde um dos condutores, o central, conduz o sinal e a capa externa serve como blindagem e fica aterrada na extremidade.
Quanto a usar mW ou dBm e dB, claro que as comparações em dB e as medições em dBm são mais fáceis de entender. No final de tudo, é uma questão de saber quanta perda o sinal recebido na antena sofrerá até chegar no ponto de entrada dos equipamentos de Rx. Ou quanto se perde da saída do equipamento de Tx até a antena. Além, é lógico, das perdas no espaço entre antenas.
Se você vai montar um sistema, não custa nada fazer um pequeno esboço das instalações em ambos terminais, colocando aí a distância entre antenas e anotando os valores medidos em todos os pontos possíveis.
Outra obs interessante é sobre a qualidade dos cabos. Realmente, em alguns casos, a impedância varia ao longo dos coaxiais, devido a problemas de construção - o principal deles sendo a variação no diâmetro do condutor interno ou na espessura do material isolante, que causa variação no diâmetro da blindagem. Às vezes, cortar um pedaço do coaxial e refazer o conector na nova extremidade reduz em muito as perdas causadas por um cabo mal construído.
Por último, Francinei, casamento de impedâncias não é famoso: é necessário... e não precisa de testemunhas!! :toim:
dbi, dbm, db, mW, como saber?
é, o nivel da conversa aqui passou de elevado para altíssimo, ja me perdi ha muito tempo...
Mas parabéns a todos pelas explicações, nota-se que ainda existe muitas pessoas sérias nesse mundo para aprender essa parafernália de coisa...
Abraços galera...
Re: dbi, dbm, db, mW, como saber?
Citação:
Postado originalmente por DMaretta
Na realidade, não faz muita diferença se aprendemos as noções básicas em impedâncias diferentes.
A observação do Bronius (pára com esse hábito, cara!!) é ótima, pois explica as diferenças entre as impedâncias por meio da construção das antenas. Por ali já se vê que nem todo dipolo é 75ohms.
O dipolo na entrada da antena de grade na realidade é um captador do sinal para ali direcionado pelo formato parabólico da grade atrás dele. Ademais, seus elementos ficam em planos paralelos ao eixo de polarização e não em oposição sobre um mesmo eixo, como no dipolo tradicional.
O que vai dar a impedância no conector de antena é sua construção física. Deste modo, são construídos geralmente para acoplamento ao cabo de 50ohm (o que chamam de pigtail), usando conector N fêmea na extremidade.
Quero apenas somar um ponto: nos dipolos, o uso de elementos com um comprimento igual a 95% de 1/2 comprimento de onda tem a ver com a ressonância do elemento de antena na frequência recebida, pois oferece reatâncias mínimas. Daí as antenas de TV possuírem elementos de tamanhos diferentes para cobrir a faixa total de recepção.
Outra observação interessante é sobre as impedâncias descasadas. Não é obrigatório o uso, por exemplo, de um balun(*) para casar um cabo chato (300ohm balanceados) com um coaxial (75ohm desbalanceados). Só que vai haver perda na ordem de 10 log 300/75, (10 log Z1/Z2) ou seja 10 log 4. Como log 4 é aproximadamente 0,6 a perda será de 6dB. Sabendo que a cada 3dB perde-se meia potência, a potência final é 1/4 da original.
Se usar ao contrário (75/300), dá no mesmo, pois o log de 0,25 é igual ao log de 4.
O uso de um casador de impedância reduz a perda aos fatores de transformação e resistência interna dos materiais usados no casador.
(*) balun refere-se a um casamento entre balanceado (balanced) e desbalanceado (unbalanced), daí o termo correto ser balun. A propósito: balloon é um balão e balum não existe.
Balanceado é o cabo chato (Z=300ohms), ou par de fios (Z=600ohms), onde ambos os fios conduzem sinal.
Desbalanceado é um cabo coaxial, onde um dos condutores, o central, conduz o sinal e a capa externa serve como blindagem e fica aterrada na extremidade.
Quanto a usar mW ou dBm e dB, claro que as comparações em dB e as medições em dBm são mais fáceis de entender. No final de tudo, é uma questão de saber quanta perda o sinal recebido na antena sofrerá até chegar no ponto de entrada dos equipamentos de Rx. Ou quanto se perde da saída do equipamento de Tx até a antena. Além, é lógico, das perdas no espaço entre antenas.
Se você vai montar um sistema, não custa nada fazer um pequeno esboço das instalações em ambos terminais, colocando aí a distância entre antenas e anotando os valores medidos em todos os pontos possíveis.
Outra obs interessante é sobre a qualidade dos cabos. Realmente, em alguns casos, a impedância varia ao longo dos coaxiais, devido a problemas de construção - o principal deles sendo a variação no diâmetro do condutor interno ou na espessura do material isolante, que causa variação no diâmetro da blindagem. Às vezes, cortar um pedaço do coaxial e refazer o conector na nova extremidade reduz em muito as perdas causadas por um cabo mal construído.
Por último, Francinei, casamento de impedâncias não é famoso: é necessário... e não precisa de testemunhas!! :toim:
Maior respeito pelo amigo :clap:
dbi, dbm, db, mW, como saber?
DMareta, Agradecido pela aula!