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  1. #41

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    Estamos chegando num consenso.
    O que eu havia entendido sobre o nivelamento, era exatamente sobre este processamento sobrecarregado. O Rogério usou uma expressão muito feliz, "chaveamento".

    Então, se entendi bem agora, o negócio é deixar todo mundo em B ou G e nunca B+G?

  2. #42
    engenheiro eletricista
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    Citação Postado originalmente por 1929 Ver Post
    Estamos chegando num consenso.
    O que eu havia entendido sobre o nivelamento, era exatamente sobre este processamento sobrecarregado. O Rogério usou uma expressão muito feliz, "chaveamento".

    Então, se entendi bem agora, o negócio é deixar todo mundo em B ou G e nunca B+G?
    Então,
    Em 2008 participei de uma discussão sobre isso nesse tópico: https://under-linux.org/f101348-banda-b-ou-g-2

    Só que nesse caso os meus testes foram em enlaces ponto-a-ponto, que não tinham o problema que estamos discutindo por que cada AP só teria 1 cliente (P-t-p) digamos assim. O somente G pra ponto-a-ponto foi 3x melhor.

    No caso de cobertura ponto-área, o pessoal testou, e faz sentido, que no modo somente G você perderá em cobertura por que OFDM (Modo G) trabalha com menos potência.

    Então qual o modo melhor, não sei dizer. Só você testando. O quanto a convivência de usuários em B e G num mesmo AP pode interferir na taxa por causa da troca de modulação eu também não sei dizer e confesso que fiquei curioso. Embora eu ache que isso também vá variar de lugar pra lugar (interferências, etc), de forma que eu acho que não existe uma "fórmula mágica", como o "lençol digital".

    A pergunta que eu faço é: Qual a capacidade média em Mbps que um AP tem de escoar tráfego em um ambiente rasoavelmente poluído em 2.4 GHz? Quantos clientes? Acho que esse é o X da questão que se tem que respeitar e saber que é o ambiente de interferência é imprevisível e há um limite de banda. Atacar em polarização horizontal ajuda bastante. Partir pra somente 5.0 GHz também, só que aí tem os custos...

    Sds,
    Última edição por motacosta; 02-10-2009 às 16:19.

  3. #43

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    Citação Postado originalmente por motacosta Ver Post
    Ae Roger... estamos falando a mesma língua agora. O grande problema de se entender o que acontece com redes wireless é que temos muitas "variáveis variando" e todas elas interferem no rendimento.

    Concordo plenamente com o que você falou sobre o chaveamento das modulações (Acontece no modo B+G).

    Você tocou num ponto chave que é quando temos sistemas operando em B+G. O modo G opera com OFDM que uma modulação muito boa, porém exige sinais fortes e livres de interferências (ela é uma modulação mais "cheia de frescura", digamos assim). E ae no meio de vários clientes operando em G (com sinal forte e limpo), se você tiver um "patinho feio" com sinal fraco, o rádio sempre que for falar com ele vai trocar a modulação para o modo B que usa a modulação CCK ( que não tem tanta frescura quanto o OFDM). E ae contrariando até mesmo o que eu disse antes sobre o "egoísmo wi-fi", o "patinho feio" que tá com sinal fraco pode atrapalhar os outros clientes operando em G por causa dessa troca de modulação que o AP tem que fazer. Mas isso só ocore quando estamos no modo B+G, e esse atraso devido a troca de modulação só atrapalha a partir de um certo número de usuários/tráfego que eu não sei precisar qual seria.

    E isso tudo não tem relação nenhuma com manter os clientes num mesmo nível de sinal com +/- 3dB de erro. "Lençol Digital"? Folclore...

    Sds a todos,
    Lembrando que até mesmo dentro de apenas o padrao 802.11b existem 3 tipos de modulações:
    DQPSK/CCK (11 e 5.5 Mbps)
    DQPSK (2 Mbps)
    DBPSK (1 Mbps)

    Sendo assim, pro AP nao perder desempenho com a troca de modulação, o ideal é que o sinal seja bom o suficiente para ele trabalhar com txrate em 11 e 5.5 Mbps... sugiro até que se defina esses txrates no cartão, impedindo que ele trabalhe em 2 e 1 Mbps...

  4. #44
    engenheiro eletricista
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    Froyer, e demais, vejo que o problema é grande mesmo na transição de um para outro (B para G ou o contrário). Dentro de um mesmo padrão (B ou G) o recuo na modulação é mais tranquilo, por que envolve só a taxa (é bem simples mudar). Quando muda-se de B para G ou o contrário muda muita coisa (técnica de espalhamento espectral), aí que que tá o X da questão:

    Vejam o estudo nesse site: http://searchmobilecomputing.techtar...116650,00.html

    Foi feito um estudo comparativo em modo misto B + G com as seguintes configurações, e vejam o resultado:

    -- 22.1 Mbps: 10 G and 0 B stations
    -- 12.0 Mbps: 10 G and 1 B stations
    -- 9.4 Mbps: 10 G and 5 B stations
    -- 8.2 Mbps: 10 G and 10 B stations
    -- 5.9 Mbps: 0 G and 10 B stations

    Então vejam que apenas uma estação no modo B no meio de 10 outras no modo G sujou geral. Caiu em 10 Mbps a taxa (Caiu quase pela mentade a taxa).

    No fim do artigo a autora sugere um monte de coisa como:

    - Usar somente modo G (embora perca-se na cobertura). Nesse caso tem que investir em mais pontos de acesso (diminuiu a cobertura), mas melhora a qualidade do serviço prestado.

    -Não comprar mais equipamentos modo B.

    - No caso de haver clientes com placas em modo B, criar pontos de acessos exclusivos pro modo B em canais distintos dos APs em G (acho que nem é válido).

    Ou seja, modo B é furada. Embora eu ache que talvez seja complicado migrar repentinamente toda a rede para somente G. O pessoal tem de testar e ir migrando suas redes para somente G aos poucos (isso eu já havia dito em 2008 e quase fui linchado no forum devido ao mito que se espalhou de se usar somente B em outdoor).

    Sds,


    Citação Postado originalmente por froyer Ver Post
    Lembrando que até mesmo dentro de apenas o padrao 802.11b existem 3 tipos de modulações:
    DQPSK/CCK (11 e 5.5 Mbps)
    DQPSK (2 Mbps)
    DBPSK (1 Mbps)

    Sendo assim, pro AP nao perder desempenho com a troca de modulação, o ideal é que o sinal seja bom o suficiente para ele trabalhar com txrate em 11 e 5.5 Mbps... sugiro até que se defina esses txrates no cartão, impedindo que ele trabalhe em 2 e 1 Mbps...
    Última edição por motacosta; 02-10-2009 às 17:26.

  5. #45

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    Vou dar minha pitada agora nessa discussão do lençol eletromagnético:

    Então vamos, preciso deixar todos os meus rádios na mesma faixa de sinal, certo? Por exemplo, todos entre -65 e -68 dBm. Quando vi isso pela primeira vez, achei interessante, mas logo pensei: "Como será que a Oi, Claro, TIM e outras operadoras de celular fazem isso?". Afinal, também é RF digital, correto?

    Se eu atender meu celular no meio da rua, a ligação estará boa. Quando eu entro no prédio onde fica o escritório da RG3, a ligação continua boa. Será que ao ficar entre quatro paredes o sinal caiu apenas 3 dBm? Se eu entrar no carro, que é meio que uma "gaiola" por causa da carroceria (o que provavelmente deve derrubar mais o sinal), o celular também funciona! E se eu sair dirigindo esse carro, me distanciando da torre, continuo ouvindo bem a pessoa do outro lado. Chega até o ponto de o celular trocar de torre (roaming) e eu nem percebo isso!

    Vamos supor que Gilvan dê sua aula pros engenheiros da Claro (operadora que eu uso). Eles vão me sugerir usar um "interferômetro" no meu celular pra eu ficar rodando um parafuso toda vez que atender o telefone em um ambiente diferente? Acho que não.

    Mesmo que quisessem, o pessoal das companhias de celular não poderiam controlar a potência de sinal que cada celular recebe ou transmite pra suas bases. Impossível! E aí, continuam acreditando em lençol digital?

    Vou fazer agora uma pergunta que também fiz ao Sr. Gilvan, mas ele não me respondeu. Ele exemplificou o lençol digital uma vez com uma historinha onde um técnico de TV atenuou a recepção de alguns aparelhos de TV em um prédio, pra que o sinal da antena do edifício chegasse com a mesma potência em todos os aparelhos. Somente assim, todos puderam ter um sinal bom. As TVs nesse caso são somente receptores. Aí perguntei o seguinte: "Então, suponha que eu esteja escutando uma rádio FM no meu radinho de pilha, a apenas uns 1000 m da emissora. Se alguém ligar seu radinho de pilha a uns 10 Km de distância da emissora, obviamente com o sinal bem diferente do que estou recebendo, isso poderia prejudicar minha recepção e fazer meu radinho de pilha chiar?"

    Quer dizer então, que as emissoras AM e FM também precisam fazer um lençol digital e se preocupar com o ganho de todas as antenas de todos os radinhos de pilha da cidade? Como isso seria possível?

    Pronto, plantei a semente da dúvida. Mas quero também plantar a semente do esclarecimento.

    Obviamente devemos nos preocupar com as questões de RF dos nossos sistemas de rádio. Porém, preocupem-se também com isso: 802.11a/b/g não foram feitos pra ambientes externos, foram feitos pra ambientes internos. O que nós fazemos (inclusive eu) é forçar rádios indoor pra trabalhar em outdoor (mesmo usando NanoStations ou outros rádios com design outdoor, eles usam protocolos indoor). CSMA/CA não foi feito pra disputar o meio com tantos outros rádios. Pra esses ambientes, existem outros protocolos ou técnicas como polling (usado pelo Nstreme da MikroTik e Terabeam) e TDMA (agora nos AirMax da Ubiquiti, celulares GSM e se não me engano nas Canopy da Motorola).

    Se preocupem também com RTS/CTS, CTS-to-self, bandas de upload dos clientes, isolamento entre eles, ocupação do canal, etc.

  6. #46

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    Citação Postado originalmente por jpjust Ver Post
    Vou dar minha pitada agora nessa discussão do lençol eletromagnético:

    Então vamos, preciso deixar todos os meus rádios na mesma faixa de sinal, certo? Por exemplo, todos entre -65 e -68 dBm. Quando vi isso pela primeira vez, achei interessante, mas logo pensei: "Como será que a Oi, Claro, TIM e outras operadoras de celular fazem isso?". Afinal, também é RF digital, correto?

    Se eu atender meu celular no meio da rua, a ligação estará boa. Quando eu entro no prédio onde fica o escritório da RG3, a ligação continua boa. Será que ao ficar entre quatro paredes o sinal caiu apenas 3 dBm? Se eu entrar no carro, que é meio que uma "gaiola" por causa da carroceria (o que provavelmente deve derrubar mais o sinal), o celular também funciona! E se eu sair dirigindo esse carro, me distanciando da torre, continuo ouvindo bem a pessoa do outro lado. Chega até o ponto de o celular trocar de torre (roaming) e eu nem percebo isso!

    Vamos supor que Gilvan dê sua aula pros engenheiros da Claro (operadora que eu uso). Eles vão me sugerir usar um "interferômetro" no meu celular pra eu ficar rodando um parafuso toda vez que atender o telefone em um ambiente diferente? Acho que não.

    Mesmo que quisessem, o pessoal das companhias de celular não poderiam controlar a potência de sinal que cada celular recebe ou transmite pra suas bases. Impossível! E aí, continuam acreditando em lençol digital?

    Vou fazer agora uma pergunta que também fiz ao Sr. Gilvan, mas ele não me respondeu. Ele exemplificou o lençol digital uma vez com uma historinha onde um técnico de TV atenuou a recepção de alguns aparelhos de TV em um prédio, pra que o sinal da antena do edifício chegasse com a mesma potência em todos os aparelhos. Somente assim, todos puderam ter um sinal bom. As TVs nesse caso são somente receptores. Aí perguntei o seguinte: "Então, suponha que eu esteja escutando uma rádio FM no meu radinho de pilha, a apenas uns 1000 m da emissora. Se alguém ligar seu radinho de pilha a uns 10 Km de distância da emissora, obviamente com o sinal bem diferente do que estou recebendo, isso poderia prejudicar minha recepção e fazer meu radinho de pilha chiar?"

    Quer dizer então, que as emissoras AM e FM também precisam fazer um lençol digital e se preocupar com o ganho de todas as antenas de todos os radinhos de pilha da cidade? Como isso seria possível?

    Pronto, plantei a semente da dúvida. Mas quero também plantar a semente do esclarecimento.

    Obviamente devemos nos preocupar com as questões de RF dos nossos sistemas de rádio. Porém, preocupem-se também com isso: 802.11a/b/g não foram feitos pra ambientes externos, foram feitos pra ambientes internos. O que nós fazemos (inclusive eu) é forçar rádios indoor pra trabalhar em outdoor (mesmo usando NanoStations ou outros rádios com design outdoor, eles usam protocolos indoor). CSMA/CA não foi feito pra disputar o meio com tantos outros rádios. Pra esses ambientes, existem outros protocolos ou técnicas como polling (usado pelo Nstreme da MikroTik e Terabeam) e TDMA (agora nos AirMax da Ubiquiti, celulares GSM e se não me engano nas Canopy da Motorola).

    Se preocupem também com RTS/CTS, CTS-to-self, bandas de upload dos clientes, isolamento entre eles, ocupação do canal, etc.
    Caramba, esta ilustração fêz tremer as bases. Muito esclarecedora. E faz realmente pensarmos mais a fundo.

    Mas Jpjust, dá pra aprofundar mais esta diferença de desempenho com tdma? Os Ubiquiti já estão batendo na nossa porta com esta tecnologia. O desempenho é tão grande assim?

    Quanto a RTS/CTS eu tenho me preocupado e é uma das coisas que tem me ajudado. Não deixo nenhum ap cliente sem fazer esta configuração. Se evita muito choque de pacotes.

    O polling eu não sei bem como é, mas o firmware da Oswave tem este recurso para os Nano.

  7. #47
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    João,

    Novamente, muito bom seu post. Parabéns. Eu já havia pensado nisso sobre as operadoras de Celular. Os usuários andando por ae nas ruas com atenuadores e perguntando aos outros "Ei, amigo, qual é o seu sinal, preciso me ajustar com o seu sinal para que a gente forme um lençol digital". Francamente, essa foi a maior piada que eu já ouvi sobre RF nos últimos tempos.

    Muito boas suas colocações sobre o 802.11. Acho que esse tópico, juntamente com o seu a respeito de STUBs esclarece bastante coisa em relação a "mitos" que não podem se propagar pelo Forum, por que ele serve de base para consulta técnica a muita gente que vive disso.

    Saudações

    Citação Postado originalmente por jpjust Ver Post
    Vou dar minha pitada agora nessa discussão do lençol eletromagnético:

    Então vamos, preciso deixar todos os meus rádios na mesma faixa de sinal, certo? Por exemplo, todos entre -65 e -68 dBm. Quando vi isso pela primeira vez, achei interessante, mas logo pensei: "Como será que a Oi, Claro, TIM e outras operadoras de celular fazem isso?". Afinal, também é RF digital, correto?

    Se eu atender meu celular no meio da rua, a ligação estará boa. Quando eu entro no prédio onde fica o escritório da RG3, a ligação continua boa. Será que ao ficar entre quatro paredes o sinal caiu apenas 3 dBm? Se eu entrar no carro, que é meio que uma "gaiola" por causa da carroceria (o que provavelmente deve derrubar mais o sinal), o celular também funciona! E se eu sair dirigindo esse carro, me distanciando da torre, continuo ouvindo bem a pessoa do outro lado. Chega até o ponto de o celular trocar de torre (roaming) e eu nem percebo isso!

    Vamos supor que Gilvan dê sua aula pros engenheiros da Claro (operadora que eu uso). Eles vão me sugerir usar um "interferômetro" no meu celular pra eu ficar rodando um parafuso toda vez que atender o telefone em um ambiente diferente? Acho que não.

    Mesmo que quisessem, o pessoal das companhias de celular não poderiam controlar a potência de sinal que cada celular recebe ou transmite pra suas bases. Impossível! E aí, continuam acreditando em lençol digital?

    Vou fazer agora uma pergunta que também fiz ao Sr. Gilvan, mas ele não me respondeu. Ele exemplificou o lençol digital uma vez com uma historinha onde um técnico de TV atenuou a recepção de alguns aparelhos de TV em um prédio, pra que o sinal da antena do edifício chegasse com a mesma potência em todos os aparelhos. Somente assim, todos puderam ter um sinal bom. As TVs nesse caso são somente receptores. Aí perguntei o seguinte: "Então, suponha que eu esteja escutando uma rádio FM no meu radinho de pilha, a apenas uns 1000 m da emissora. Se alguém ligar seu radinho de pilha a uns 10 Km de distância da emissora, obviamente com o sinal bem diferente do que estou recebendo, isso poderia prejudicar minha recepção e fazer meu radinho de pilha chiar?"

    Quer dizer então, que as emissoras AM e FM também precisam fazer um lençol digital e se preocupar com o ganho de todas as antenas de todos os radinhos de pilha da cidade? Como isso seria possível?

    Pronto, plantei a semente da dúvida. Mas quero também plantar a semente do esclarecimento.

    Obviamente devemos nos preocupar com as questões de RF dos nossos sistemas de rádio. Porém, preocupem-se também com isso: 802.11a/b/g não foram feitos pra ambientes externos, foram feitos pra ambientes internos. O que nós fazemos (inclusive eu) é forçar rádios indoor pra trabalhar em outdoor (mesmo usando NanoStations ou outros rádios com design outdoor, eles usam protocolos indoor). CSMA/CA não foi feito pra disputar o meio com tantos outros rádios. Pra esses ambientes, existem outros protocolos ou técnicas como polling (usado pelo Nstreme da MikroTik e Terabeam) e TDMA (agora nos AirMax da Ubiquiti, celulares GSM e se não me engano nas Canopy da Motorola).

    Se preocupem também com RTS/CTS, CTS-to-self, bandas de upload dos clientes, isolamento entre eles, ocupação do canal, etc.

  8. #48

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    Citação Postado originalmente por 1929 Ver Post
    Caramba, esta ilustração fêz tremer as bases. Muito esclarecedora. E faz realmente pensarmos mais a fundo.

    Mas Jpjust, dá pra aprofundar mais esta diferença de desempenho com tdma? Os Ubiquiti já estão batendo na nossa porta com esta tecnologia. O desempenho é tão grande assim?

    Quanto a RTS/CTS eu tenho me preocupado e é uma das coisas que tem me ajudado. Não deixo nenhum ap cliente sem fazer esta configuração. Se evita muito choque de pacotes.

    O polling eu não sei bem como é, mas o firmware da Oswave tem este recurso para os Nano.
    Polling funciona da seguinte forma: a base tem o controle sobre qual estação vai transmitir. Suponha uma base com uns 10 rádios conectados a ela. A base passa o token ao primeiro rádio. Esse primeiro rádio tem então permissão pra transmitir, todos os outros ficam calados. Assim que ele transmite, devolve o token pra base. A base então passa o token pra outro rádio e por aí vai. Apenas o rádio que possui o token pode transmitir. Isso elimina as colisões na rede.

    Já com TDMA, cada rádio possui um slot de tempo pra transmitir. Por exemplo, cada um dos 10 rádios tem 1 ms (valor apenas para exemplo) pra transmitir. Findo seu tempo, ele não transmite mais, aguarda mais 9 ms (o total dos outros 9 rádios) pra poder transmitir de novo. Isso também elimina colisões, já que nenhum rádio vai transmitir ao mesmo tempo que outro.

    Só que no caso específico de TDMA, o rádio sabe que ele tem seu tempo correto pra transmitir. No seu tempo, ele simplesmente transmite, independentemente se tem alguma outra coisa (rádio, interferência, malandro, etc.) transmitindo. No caso de polling, alguns sistemas (como o MikroTik no Nstreme) permite abdicarmos do CSMA e os rádio também vão transmitir independentemente se alguém já está transmitindo, basta ele ter o token.

    O problema do CSMA/CA (método de acesso ao meio usado em Wi-Fi), é que o rádio, antes de transmitir, ele verifica se alguém já está transmitindo, pra evitar colisão. Ele só transmite quando não há nenhuma atividade no mesmo canal em que ele está operando.

    A intenção é boa, mas imagine que você tem uma setorial de 90º que joga o sinal pra um lado da cidade e um concorrente (ou até mesmo você) tem outra setorial idêntica que joga o sinal pra outro lado, ambas no mesmo canal. Como cada uma atende um lado específico, sabemos que uma não vai interferir na outra. Vejam a ilustração abaixo pra entender melhor.

    Mas se o sinal delas ou o ganho das antenas for forte o suficiente, de forma que uma consiga escutar um mínimo de sinal da outra, elas vão ficar aguardando. Em outras palavras: se a setorial da Base 2 conseguir receber o sinal da Base 1, mesmo que com míseros -85 dBm, ela vai esperar Base 1 parar de transmitir antes de enviar o sinal dela, pra evitar de colidir com a Base 1. É como se fosse uma única antena com os clientes de Base 1 e Base 2 conectados juntos (CSMA/CA compartilha MESMO o canal). Pela ilustração, dá pra ver que se as duas bases transmitirem ao mesmo tempo, não vai atrapalhar a recepção de seus clientes, portanto, elas esperam à toa! Nesse caso, TDMA seria bem melhor.

    Esse é o problema do nó exposto.
    Miniaturas de Anexos Miniaturas de Anexos Clique na imagem para uma versão maior

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  9. #49

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    Entendido, JPjust, mas neste caso, tendo o SSID diferente não ajuda, já que na rede específica só quem tem o mesmo ssid estará transitando?
    É o que o RTS se propõe a fazer, não?
    Eu tenho usado o Fragment threshold em 2346 e o RTS em 1024. Em alguns deixei com 512 para dar um desempenho melhor. Teoricamente com 512 deveria ficar mais lento, mas não, ficou melhor.

    Quero ver se entendo melhor isso.
    Os Nano que eu tinha Oswave, acabei retornando ao firm original, por isso não deu para fazer alguns testes.

  10. #50

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    Citação Postado originalmente por 1929 Ver Post
    Entendido, JPjust, mas neste caso, tendo o SSID diferente não ajuda, já que na rede específica só quem tem o mesmo ssid estará transitando?
    É o que o RTS se propõe a fazer, não?
    Eu tenho usado o Fragment threshold em 2346 e o RTS em 1024. Em alguns deixei com 512 para dar um desempenho melhor. Teoricamente com 512 deveria ficar mais lento, mas não, ficou melhor.

    Quero ver se entendo melhor isso.
    Os Nano que eu tinha Oswave, acabei retornando ao firm original, por isso não deu para fazer alguns testes.
    Não importa o ssid pra fazer o outro rádio esperar, basta estar no mesmo canal.

    No caso do RTS, menor não significa mais lento. Significa aí, que sempre que o rádio for enviar um quadro maior ou igual a 512 bytes, ele vai enviar um RTS antes pedindo permissão. O RTS melhora no nosso caso, porque quando o rádio pede permissão pra transmitir, a base avisa os outros clientes, assim eles não transmitem ao mesmo tempo, evitando colisão e assim, o rádio transmissor não precisa transmitir de novo. Na base não precisamos configurar o RTS, pois quando ela transmite, todos escutam e sabem disso, por isso aguardam.

    Aqui uso RTS Threshold de 500 em todos os rádios clientes.

  11. #51

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    Citação Postado originalmente por jpjust Ver Post

    Aqui uso RTS Threshold de 500 em todos os rádios clientes.
    Tenho alguns poucos com 512, mas vou experimentar ir trocando os de 1024 para 512, só para ver no que vai dar.
    E justamente, na base deixa livre.

  12. #52

    Padrão

    Tenta dar um Ping para se certificar de não estar tendo perdas de pacotes, pode pingar com uma carga de 2 Megas por exemplo: ping 192.168.xxx.xxx -t -l 2048

    se perder pacotes tem que melhorar o link. o normal é na casa dos -60 mesmo mas se puder melhorar ainda mais, melhor ainda !!

    Olha só quanto menor melhor, tipo -80 é pessimo -60 é razoavel, tenta trocar os cabeamentos colocando um cabo de diametro maior, que vai melhorar muito, importante também é verificar se não esta havendo infiltração de água de chuva, isto também faz ficar muito alto -80 para cima... e muita perda de pacotes.
    ok, espero ter ajudado !!!

  13. #53
    engenheiro eletricista
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    Lembrando que o comando ping 192.168.xxx.xxx -t -l 2048 gera um pacote de 2048 bytes e não 2 mega. Lembre-se também que em matemática o sinal de menos ( -) na frente de um número faz com que -80 seja MENOR que -60.


    Citação Postado originalmente por JeffersonWIFI Ver Post
    Tenta dar um Ping para se certificar de não estar tendo perdas de pacotes, pode pingar com uma carga de 2 Megas por exemplo: ping 192.168.xxx.xxx -t -l 2048

    se perder pacotes tem que melhorar o link. o normal é na casa dos -60 mesmo mas se puder melhorar ainda mais, melhor ainda !!

    Olha só quanto menor melhor, tipo -80 é pessimo -60 é razoavel, tenta trocar os cabeamentos colocando um cabo de diametro maior, que vai melhorar muito, importante também é verificar se não esta havendo infiltração de água de chuva, isto também faz ficar muito alto -80 para cima... e muita perda de pacotes.
    ok, espero ter ajudado !!!
    Última edição por motacosta; 25-10-2009 às 14:44.

  14. #54

    Padrão Atenção!

    Um coisa interresante é foca também no ACK heim!

  15. #55

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    Apesar de haver uma tabela de ACK em função da distância, já notei que sempre um valor maior que o indicado na tabela, garante melhor qualidade.
    E parei de deixar o ACK em auto no cliente.
    Se o valor for menor, vai começar a perder pacotes, o que gera latencia, pois terá que ser reenviado.
    Já se o valor for um pouco maior, vai garantir o recebimento do pacote e evitar o reenvio.

  16. #56

    Padrão hAm?

    Cara aqui sempre dou meu jeito pra manter na casa dos 30 no maximo!

    ACK alto Ex.: 408

    LENTIDÃO, PERCA DE PACOTE, e por ai vai!

  17. #57

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    Citação Postado originalmente por p4ulo182 Ver Post
    Cara aqui sempre dou meu jeito pra manter na casa dos 30 no maximo!

    ACK alto Ex.: 408

    LENTIDÃO, PERCA DE PACOTE, e por ai vai!
    Tem razão, quando eu disse valor mais alto, não era tanto assim. Por ex. se na calculadora de ACK dá um valor de 30, coloco um pouco mais, 35, ou 40. Assim garante que qualquer flutuação do wireless não vá prejudicar.
    Daí o valor de fazer várias células para manter todos usuários próximos e consequentemente valores baixos de ACK.

  18. #58

    Padrão

    Citação Postado originalmente por JorgeAldo Ver Post
    Tava discutindo exatamente a mesma coisa no topico fisica azul:

    https://under-linux.org/f170/fisica-...4/index20.html

    Parece ser ponto pacífico tres coisas :

    1 - Não existe "lençol eletromagnético"
    2 - CSMA/CA é uma bost@
    3 - Protocolos de polling ou passagem de token são superiores para um WISPr
    4 - Não existe "edredon metafísico" :P

    Ah, meus dois centavos: Quando forem dar um ping, não usem valores maiores que o MTU (No caso do wireless eh algo em torno de 2300 bytes o pacote, com o desconto dos headers IP e etc, usem 2000). :P
    Aldo, como é este negócio de polling?
    O que na prática dá de resultados?
    Eu tenho aqui dois rádios 5.8 com firmware oswave e vi que tem esta opção.
    O polling é proprietário, ou seja os rádios clientes também precisam ter?

  19. #59

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    Citação Postado originalmente por JorgeAldo Ver Post
    Tava discutindo exatamente a mesma coisa no topico fisica azul:

    https://under-linux.org/f170/fisica-...4/index20.html

    Parece ser ponto pacífico tres coisas :

    1 - Não existe "lençol eletromagnético"
    2 - CSMA/CA é uma bost@
    3 - Protocolos de polling ou passagem de token são superiores para um WISPr
    4 - Não existe "edredon metafísico" :P

    Ah, meus dois centavos: Quando forem dar um ping, não usem valores maiores que o MTU (No caso do wireless eh algo em torno de 2300 bytes o pacote, com o desconto dos headers IP e etc, usem 2000). :P
    Huaehuaheua. BOA! Concordo com tudo que você disse