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  1. #1

    Angry O Governo e sua Piada de PNBL

    Plano Nacional de Banda Larga (PNBL)

    Uma das maiores piadas do século, enquanto o Governo faz reuniões extraordinárias pra elaborar um plano de levar o serviço de banda Larga a todos os Municípios, as operadoras como a Oi e a BrasilTelecom leva o serviço a pequenas localidades através de Monopólio. A Oi atualmente não atende as pequenas empresas com outros produtos a não ser o Velox, eliminando os seus concorrentes de forma eficiente e covarde, assim consegue a cada dia sufocar ou matar pequenos provedores no interior, sem imaginar que os donos dos mesmos possuem família e empregam diretamente varias pessoas na sua empresa, gerando renda pra localidade, coisa que as teles não faz. Ai me aparece um santinho de um ministro das comunicações, (Helio Costa) querendo levar vantagem em cima da onda e fazer isso de alavanca para sua campanha ao governo de minas. O pior de tudo e ver os pequenos provedores fecharem suas portas sem nada poder fazer, a não ser mendigar Link com as poderosas, fica aqui uma pergunta, o que fazer para barrar essa desvantagem ?

  2. #2

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    Você tem toda razão quando afirma que somos esmagados. A pouco menos de 5 dias recebi a visita de minha gerente de contas da OI, que alias a mais de 2 anos que isso não acontecia, porque como sempre a tele não tem disponibilidade de link para venda na região. Ai ela me oferece link de 1.700,00 por MB, sendo que eu outra ocasião mesmo sem viabilidade cheguei a assinar um contrato com este valor na casa dos 645,00. Justificativa dada por ela: "Ah! Você sabe! Não há muito o que se fazer, só temos nós e mesmo assim trazendo isso até voce com imensa dificuldade, porque realmente não é facil dispor de pacotes desse tipo para clientes, por inumeros motivos". É o mesmo que dizer, ou voce compra ou vái a merda seu otario!!

    Isso é que eu chamo de progresso!! Mas progresso governamentista, não foram eles que quizeram colocar essas empresas no nosso mercado? Esta ai!! Posso dizer que arrumaram um carrasco que nos pusessem no tronco.


    Um abraço a todos

  3. #3

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    Você pelo menos tem Gerente da Oi (Milagre eles disponibilizarem um pra vc), eu já tentei por varias vezes falar com um e nada...sempre dizem que irão enviar um consultor e nunca o mesmo apareceu...

  4. #4
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    Parem de reclamar em fóruns ou botecos... vão fazer parte de alguma entidade de classe para serem ouvidos e respeitados. Participem de consultas públicas quando estas ocorrerem, se organizem, não adianta ficar aqui chorando magoas, pois nunca irá resolver.

  5. #5

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    Citação Postado originalmente por sergio Ver Post
    Parem de reclamar em fóruns ou botecos... vão fazer parte de alguma entidade de classe para serem ouvidos e respeitados. Participem de consultas públicas quando estas ocorrerem, se organizem, não adianta ficar aqui chorando magoas, pois nunca irá resolver.
    A ANID é uma delas. O Percival tem cortado o Brasil de ponta a ponta para negociar links. Hoje a Anid já está com 2 giga de link . É pouco? é mas os projetos estão andando a toque de caixa.
    Quanto a Abramulti, tentei me associar, mas não consegui pois os estatutos exigem SCM.
    E por falar em Abramulti, Sérgio, em abril passado eles entraram com mandato de segurança contra a Anatel por ela ter liberado SCM para empresas de STFC, o que parece não permitido na LGT. Está lá no site deles a noticia da época.
    Mas nunca mais voltaram ao assunto. Você teve alguma notícia a respeito?

  6. #6
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    Citação Postado originalmente por WCardinalli Ver Post
    Plano Nacional de Banda Larga (PNBL)

    Uma das maiores piadas do século, enquanto o Governo faz reuniões extraordinárias pra elaborar um plano de levar o serviço de banda Larga a todos os Municípios, as operadoras como a Oi e a BrasilTelecom leva o serviço a pequenas localidades através de Monopólio. A Oi atualmente não atende as pequenas empresas com outros produtos a não ser o Velox, eliminando os seus concorrentes de forma eficiente e covarde, assim consegue a cada dia sufocar ou matar pequenos provedores no interior, sem imaginar que os donos dos mesmos possuem família e empregam diretamente varias pessoas na sua empresa, gerando renda pra localidade, coisa que as teles não faz. Ai me aparece um santinho de um ministro das comunicações, (Helio Costa) querendo levar vantagem em cima da onda e fazer isso de alavanca para sua campanha ao governo de minas. O pior de tudo e ver os pequenos provedores fecharem suas portas sem nada poder fazer, a não ser mendigar Link com as poderosas, fica aqui uma pergunta, o que fazer para barrar essa desvantagem ?
    Só que o plano do governo é investir em uma estrutura própria de fibras, e vão levar links até perto dos provedores, onde os mesmos poderão se mexer e ir buscar por preço subsidiado. Eu mesmo já tenho mais de 260 kms de rede construída, então não estou esperando ver a boiada passar, vou montar em um dos bois e pretendo continuar no mercado.

    Olha a notícia:

    terça-feira, 9 de março de 2010, 12h19


    Assim que for oficializado o Plano Nacional de Banda Larga pelo presidente Lula, o governo realizará um edital para a compra de hardware, software e serviços para viabilizar o uso da infraestrutura de fibras ópticas. O edital está avaliado em cerca de R$ 1 bilhão e envolverá a aquisição e instalação de equipamentos para fazer os enlaces de acesso a partir do backbone existente, as ferramentas e sistemas de gestão da rede e sistemas para atendimento e vendas.

    Segundo Rogério Santanna, secretário de logística e TI do Ministério do Planejamento, ainda não há previsão orçamentária específica para esse gasto, mas há a possibilidade de remanejar o orçamento e isso já está sendo estudado.

    Segundo o secretário, em seis meses após o edital ser lançado o governo espera estar prestando serviços para as primeiras 200 a 300 cidades, que é a meta de 2010. O secretário ressalta que o modelo de negócios será a oferta de links para os provedores interessados em contratar a capacidade, tendo como contrapartida a venda do acesso a um valor estabelecido no Plano Nacional de Banda Larga. Segundo Santanna, cerca de 70% do valor do serviço ao usuário final deve ficar para a remuneração da rede e cobrir os custos da infraestrutura, e aos provedores ficariam assegurandos os outros 30%.

    A meta do governo é estabelecer parcerias com provedores que estejam dispostos a fazer o investimentos em última milha e, assim, utilizar a infraestrutura do governo para oferecer serviços de banda larga. Entretanto, o governo estabelecerá um valor fixo para a prestação do acesso, que será de cerca de R$ 30. "O agente tem que se adequar a este valor, caso contrário não estará dentro das condições", diz o secretário. Para buscar esses provedores, o governo deverá realizar um chamamento público. Ele destaca que o governo está aberto a parcerias que incluam desde pequenos provedores, lan houses ou até mesmo as grandes concessionárias de telecomunicações. "Qualquer um que esteja interessado em investir em última milha para prover os serviços dentro do valor preestabelecido poderá usar a nossa estrutura".

    Santanna lembra, porém, que o governo não descarta a possibilidade de atuar como vendedor do serviço ao usuário final. "Caso não haja nenhum provedor interessado em fazer esse papel em alguma cidade, nós entraremos com a oferta do serviço. Essa é a nossa segunda opção. Não seremos um leão sem dentes", garante.

    Com o Plano Nacional de Banda Larga, o objetivo do governo é de reduzir em cerca de 70% o valor médio da assinatura mensal do serviço.

    Santanna participou do 1º Fórum Governo Digital, evento realizado em Brasília pelas revistas TELETIME e TI INSIDE, organizado pela Converge Comunicações.

    Victor Hugo Cardoso Alves

  7. #7

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    Citação Postado originalmente por xandemartini Ver Post
    Só que o plano do governo é investir em uma estrutura própria de fibras, e vão levar links até perto dos provedores, onde os mesmos poderão se mexer e ir buscar por preço subsidiado. Eu mesmo já tenho mais de 260 kms de rede construída, então não estou esperando ver a boiada passar, vou montar em um dos bois e pretendo continuar no mercado.

    Olha a notícia:
    Ai, ai, ai,,
    nesta notícia tem um gato ensacado.
    Provedor assume a última milha, o que pode representar para alguns, investimentos em alguns km para buscar link. E tu, Martini, sabe bem o que é investir em buscar link. Tem que ter bala na agulha.

    E no preço final de 30,00 fica 21,00 para custear o link junto ao governo e sobra 9,00 para o provedor fazer a u´ltima milha e dar toda a bendita manutenção personaliizada junto ao cliente.
    Daí, vai fechar mais ou menos naquilo que vazou em partes, que a internet seria de 9,00. A informação chegou na época meio truncada, mas aparece agora onde estavam os 9,00 reais, nas costas dos provedores.

    Neste modelo vamos trabalhar para sustentar a rede estatal.
    Prefiro ainda ir buscar link por minha conta por 400,00 e eu administrar meus custos, mesmo a 30,00 e não dar 70% para eles. É sócio majoritário, tchê!

  8. #8
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    Citação Postado originalmente por 1929 Ver Post
    Ai, ai, ai,,
    nesta notícia tem um gato ensacado.
    Provedor assume a última milha, o que pode representar para alguns, investimentos em alguns km para buscar link. E tu, Martini, sabe bem o que é investir em buscar link. Tem que ter bala na agulha.

    E no preço final de 30,00 fica 21,00 para custear o link junto ao governo e sobra 9,00 para o provedor fazer a u´ltima milha e dar toda a bendita manutenção personaliizada junto ao cliente.
    Daí, vai fechar mais ou menos naquilo que vazou em partes, que a internet seria de 9,00. A informação chegou na época meio truncada, mas aparece agora onde estavam os 9,00 reais, nas costas dos provedores.

    Neste modelo vamos trabalhar para sustentar a rede estatal.
    Prefiro ainda ir buscar link por minha conta por 400,00 e eu administrar meus custos, mesmo a 30,00 e não dar 70% para eles. É sócio majoritário, tchê!
    Sim, inclusive qdo saiu aquela discussão na lista da Anid eu acompanhei. Teremos 2 opções neste caso, 2 perfis de clientes. Mas entre ganhar 9 e fechar as portas, eu fico com a primeira opção.

  9. #9

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    Existe mais de 16.000 km de fribra nao utilizadas cortando o brasil, e estao querendo usar essa rede que esta parada a algum tempo para poder levar o serviço onde nao existe estrutura, se realmente vingar essa istoria, quem sabe temos chances de continuar vivos no mercado...
    http://www.gamevicio.com.br/i/notici...sil/index.html

  10. #10

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    Citação Postado originalmente por xandemartini Ver Post
    Sim, inclusive qdo saiu aquela discussão na lista da Anid eu acompanhei. Teremos 2 opções neste caso, 2 perfis de clientes. Mas entre ganhar 9 e fechar as portas, eu fico com a primeira opção.
    Sim, Martini, mas se eles fixarem em 30,00 e exigirem uma velocidade razoável, já viu né?
    Creio que voce com a estrutura que tem, pode até chegar aos 30,00 por conta própria e nem dar bola para eles e nem os 70%

    Quanto as fibras da Eletronet, na verdade nunca estiveram paradas, pois acho que o Martini que pega link com a Unotel, ali em Mormaço, pega já na rede da eletronet, não Martini?

  11. #11
    Moderador Avatar de xandemartini
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    Citação Postado originalmente por 1929 Ver Post
    Sim, Martini, mas se eles fixarem em 30,00 e exigirem uma velocidade razoável, já viu né?
    Creio que voce com a estrutura que tem, pode até chegar aos 30,00 por conta própria e nem dar bola para eles e nem os 70%

    Quanto as fibras da Eletronet, na verdade nunca estiveram paradas, pois acho que o Martini que pega link com a Unotel, ali em Mormaço, pega já na rede da eletronet, não Martini?
    Sim, pego em Mato Castelhano, no pop da Eletronet. E quanto a estrutura não é bem assim não. Tudo requer investimento, e pesado... Já estou tendo q trocar os mikrotiks por Radwin2000 ou radios licenciados, por causa da banda. Mas foi um pulo de gato que dei, um tiro na lua como dizem. Ou seja, nem imaginava esse tal de PNBL, e já estou ali, no pop da eletronet. Mas a rede foi construida com propósito de pegar o link Unotel.

  12. #12

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    Citação Postado originalmente por sergio Ver Post
    Parem de reclamar em fóruns ou botecos... vão fazer parte de alguma entidade de classe para serem ouvidos e respeitados. Participem de consultas públicas quando estas ocorrerem, se organizem, não adianta ficar aqui chorando magoas, pois nunca irá resolver.
    Estava a ler o tópico todo para começar a falar algo semelhante.

    Ok, é válido vir a um forum e botar a boca no trombone, mas apenas seus pares vão ler suas indignações.

    No restante do tópico tem algumas coisas interessantes:

    - Buscar uma associação.
    - Criar sua própria rede.

    E qual será a próxima idéia?

    Tem que ser criativo; tem que se juntar e compartilhar custos e benefícios; tem que incomodar quem de direito (as operdoras) com denúncias; tem que oficiar a Anatel, Minicom, Cade, e quem mais exigindo providências; tem que aparecer mais na imprensa; tem que participar e incentivar a participação em todas as consultas públicas; etc etc etc.

    Quem sabe assim, sobra umas migalhas... :-)

  13. #13

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    Citação Postado originalmente por lfaria Ver Post
    Estava a ler o tópico todo para começar a falar algo semelhante.

    Ok, é válido vir a um forum e botar a boca no trombone, mas apenas seus pares vão ler suas indignações.

    No restante do tópico tem algumas coisas interessantes:

    - Buscar uma associação.
    - Criar sua própria rede.

    E qual será a próxima idéia?

    Tem que ser criativo; tem que se juntar e compartilhar custos e benefícios; tem que incomodar quem de direito (as operdoras) com denúncias; tem que oficiar a Anatel, Minicom, Cade, e quem mais exigindo providências; tem que aparecer mais na imprensa; tem que participar e incentivar a participação em todas as consultas públicas; etc etc etc.

    Quem sabe assim, sobra umas migalhas... :-)
    Lauro, as duas primeiras são praticamente as únicas atitudes que podemos tomar.

    Quanto a botar a boca, reclamar etc etc., isto já tem sido feito em outros setores até por entidades bem fortes, e não mudou muita coisa. O governo só ouve, quando ouve, mas agir que é bom, nada. Tomara que neste caso eu esteja enganado.

    Acho que se partir para este lado, só um epísódio tipo "caras pintadas" que houve no passado é que pode mexer com a estrutura do jeito que está.
    Nos últimos anos já passamos por inúmeras situações e só foi aquele bate boca de alguns dias e caiu no esquecimento. Nem os "caras pintadas" ressurgiram, e olha que houveram vários mensalões. Este último agora é que pode dar em algo, pois arrebentou na corda mais fraca.

    Se este plano vier como está sendo anunciado, vai ser um berro de todos os provedores independentes, mas quem vai abocanhar, como sempre serão os grandes. Eles podem dar uma internetizinha de lambuja e ficar com o resto da rede para tirar lucros astronômicos.

  14. #14

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    Citação Postado originalmente por 1929 Ver Post
    Lauro, as duas primeiras são praticamente as únicas atitudes que podemos tomar.
    Quanto a botar a boca, reclamar etc etc., isto já tem sido feito em outros setores até por entidades bem fortes, e não mudou muita coisa. O governo só ouve, quando ouve, mas agir que é bom, nada. Tomara que neste caso eu esteja enganado.
    Você pode estar certo, mas uma realidade nesse país é a passividade de seu povo.

    "Ah, não vai dar certo, não vou nem tentar..."

    Um parêntesis: Antes que me cobre alguma coisa mais específica, não tenho provedor, sou um mero administrador de rede e que trabalha com automação comercial e Lan House. Sou apenas um entusiasta do Mikrotik e me interesso pelo assunto. Fecha parêntesis.

    Nas diversas associações e provedores espalhados por esse Brasil, não teria alguns que tem acesso a meios de comunicação de massa, conhecimento com juízes, advogados, políticos, enfim, gente que possa fazer barulho?

    Não sei se conseguirá alguma coisa. A única certeza é que se não fizer nada, nada acontecerá.

  15. #15

    Padrão Muito possivelmente não vai dar em nada! Mais o bicho já tá pegando !

    A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) um convite para que os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Hélio Costa (Comunicações) compareçam à Casa para prestar esclarecimentos sobre o caso Telebrás. O ex-ministro José Dirceu é acusado de ter feito lobby em favor de uma empresa que seria beneficiada com o plano nacional de banda larga, que seria coordenado pela Telebrás. Ele nega irregularidades.

    No requerimento, de autoria do deputado Índio da Costa (DEM-RJ), também é convidado Nelson dos Santos, dono da Star Overseas e sócio da Eletronet, empresa que contratou Dirceu como consultor e poderá lucrar R$ 200 milhões com a reativação da Telebrás.
    Foram convidados também o presidente da Telebrás, Jorge da Motta da Silva, a presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana, e o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna dos Santos.

  16. #16

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    Como o Silvio disse, pode não dar em nada, mas já se faz algum barulho e constrangimento em ano eleitoral é uma boa arma.

    Eu viajei um pouco e postei um artigo em meu site, com algumas idéias, veja em:

    Mapa de fibra ótica do Brasil

    E não deixem de comentar, lá e aqui.

  17. #17

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    Citação Postado originalmente por Silvio Ver Post
    A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) um convite para que os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Hélio Costa (Comunicações) compareçam à Casa para prestar esclarecimentos sobre o caso Telebrás. O ex-ministro José Dirceu é acusado de ter feito lobby em favor de uma empresa que seria beneficiada com o plano nacional de banda larga, que seria coordenado pela Telebrás. Ele nega irregularidades.

    No requerimento, de autoria do deputado Índio da Costa (DEM-RJ), também é convidado Nelson dos Santos, dono da Star Overseas e sócio da Eletronet, empresa que contratou Dirceu como consultor e poderá lucrar R$ 200 milhões com a reativação da Telebrás.
    Foram convidados também o presidente da Telebrás, Jorge da Motta da Silva, a presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena dos Santos Fernandes de Santana, e o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna dos Santos.
    O que acontece é que tem aqueles que ao lerem este tipo de notícia, logo rotulam como sendo dos inimigos dos Brasil, de quem não quer o progresso, etc etc, afinal de uma oposição arcaica. Só que esquecem que no passado bastava alguma desconfiança para pedir CP,I nem mesmo precisava uma noticia desta como manchete na imprensa.
    Mesmo que não seja verdade, pela transparencia, pela seriedade, é necessário que se investigue e tudo fique esclarecido.
    Este é o mínimo que se espera.
    Mas parece que num primeiro momento a Dilma já consegui não comparecer ao Congresso. Acho que ela gosta é de outro tipo de congresso. Tá começando mal, ela é que já deveria tomar a dianteira e ir lá e explicar claramente o que houve.

  18. #18

    Padrão Re: O Governo e sua Piada de PNBL

    O “termo de compromisso” das teles com o Ministério das Comunicações (MiniCom) tem tanto a ver com o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) quanto o assalto ao trem pagador tem a ver com a obra filantrópica da Irmã Dulce.



    Difícil, leitor, é saber por onde começar a descrição do que só é lícito classificar, no mínimo, de pouca (haja pouca) vergonha. O melhor que conseguimos foi esse resumo em 13 pontos:

    1) Não há metas – o ministro Paulo Bernardo considerou, na entrevista coletiva em que, ao lado do presidente da Telefónica, Antonio Carlos Valente, anunciou o “termo de compromisso”, que é “compreensível” as teles não divulgarem onde e quando vão implantar a suposta banda larga de 1 Mbps a R$ 35,00, por causa da “concorrência”. Mas as metas são do governo ou das teles?

    2) A velocidade de 1 Mbps é “nominal”, disse o ministro, ou, dizem as teles, “estatística” - em suma, não é nada. As teles não aceitaram limite mínimo de velocidade (falava-se em 20% a 40% da velocidade “nominal”) e o MiniCom cedeu, transferindo o problema para a Anatel. Hoje, as teles oferecem 1/16 da velocidade que está no contrato com o usuário, abaixo do exíguo limite da Anatel (10% da “nominal”). Mas nem o limite da Anatel consta do “termo de compromisso”. Portanto, as teles foram autorizadas a vender galo velho por peru de Natal, enquanto o cidadão paga pelo que não recebe.

    3) As teles foram autorizadas, esclareceu o consultor jurídico do Ministério, Rodrigo Zerbone (de onde saem esses almofadinhas?), a diminuírem a velocidade se o usuário ultrapassar 300 Mbytes de “download” por mês (ou 500 Mbytes no caso da Oi). Esse limite seria aumentado para 600 Mbytes em 2012 e um Gbyte em 2013. Nas conexões móveis, que serão 85% dessa (para não ofender) imbecilidade, o limite é menor ainda: 150 Mbytes. Mesmo que o cidadão não assista vídeos, não receba por e-mail algumas fotos de qualidade razoável, nem fique escutando música, alguns dias navegando esgotarão o seu limite. Literalmente, diz o “termo de compromisso”: “Se ultrapassado o limite mensal de download (...) o Grupo poderá reduzir temporariamente a velocidade do serviço”. Portanto, quem definirá a velocidade será a operadora. O mesmo consultor esclareceu que, se o usuário quiser mais velocidade, terá de pagar mais. E nós pensando que o objetivo fosse pagar menos...

    4) O preço de R$ 35,00 já não é muito baixo, mas é só por um ano. Depois, as teles poderão aumentá-lo. Esse preço, pelo compromisso de Bernardo com as teles, é agora fictício. Disse o presidente da Telefónica que “é muito difícil” oferecer banda larga a esse preço. Dificílimo. Sobretudo quando o Ministério das Comunicações o autoriza a escalpelar o usuário. É preciso, segundo a Telefónica, um “combo”, ou seja, empurrar junto serviço de voz e TV por assinatura – naturalmente, não a R$ 35,00.

    5) Pois foi exatamente o que o MiniCom aceitou. As negativas de Bernardo de que não haverá venda “casada” (o “combo” do presidente da Telefónica) valem tanto que a nota das teles diz explicitamente: “... será também oferecida, por meio da Telefônica/Telesp, banda larga fixa (na tecnologia ADSL) de 1 megabit por segundo, por R$ 35,00, dentro de um plano alternativo que inclui telefonia fixa, com custo total para o consumidor de R$ 65,00”. E, diz o “termo de compromisso”, esses R$ 65,00 são “sem prejuízo da cobrança pelo tráfego [do telefone], pela prestação de utilidades ou comodidades e/ou por outros serviços”. Quanto à rede móvel, a “venda casada” foi liberada.

    6) O preço das teles para fornecimento de linhas aos provedores é R$ 1.200,00 para 2 Mbps. O preço da Telebrás é R$ 230,00 para a mesma velocidade (e R$ 150,00 para 1 Mbps). Segundo o secretário executivo do Minicom, Cezar Alvarez, “comparado aos termos do mercado atual [R$ 1.800], sem dúvida [R$ 1.200] é melhor”. Comparado a um preço de monopólio maior, um preço de monopólio menor é melhor. Mas a ideia do PNBL era, exatamente, quebrar o monopólio – porque só assim é possível a universalização da banda larga, já que monopólio é, precisamente, o antônimo de universalização. Mesmo apenas no início, o PNBL foi bem sucedido: daí o preço da Telebrás. Não por acaso as teles queriam e querem acabar com a Telebrás e o PNBL. Diz Alvarez que a Telebrás “ainda não consegue atender a demanda de todo o país”. Nem vai conseguir, com o Bernardo colaborando com as teles. O preço destas, que o MiniCom aceitou, é para esmagar os pequenos provedores privados. Assim é a grande consideração do ministro Bernardo pela iniciativa privada. Contanto que ela seja monopolista...

    7) As teles “oferecerão” ao usuário um “provedor gratuito” (putz!) - certamente, aquele que é de sua propriedade. Se o usuário não aceitar, terá de pagar mais por outro.

    8) Quando for necessário um modem, será por conta do usuário.

    9) Mas o “termo de compromisso” deixará de valer se as ligações (“backhauls”) das teles nos municípios não tiverem capacidade disponível. As teles, para aumentar a capacidade, poderão cobrar R$ 2 mil como taxa de instalação.

    10) As punições às teles por infrações, nem ao menos serão simbólicas: não haverá processo administrativo se o compromisso (?) for desrespeitado. Em caso de irregularidades, as teles serão apenas notificadas, na esperança de que as corrijam. Se, por fim, forem multadas, poderão “transformar” o dinheiro das multas em “investimentos”. Isto é, ficar com o dinheiro das multas. Se a Anatel disser que houve correção da irregularidade, as multas serão extintas – sem que o dinheiro saia do caixa das teles.

    11) Em troca de tais compromissos, o governo aceitou retirar as metas para banda larga do III Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo (PGMU, v. Capítulo IV, artigos 21 a 24, DOU, 30/06/2011). O presidente da Telefónica disse que o PGMU, em sua “nova” versão – já publicada no Diário Oficial da União (DOU) - é “bastante positivo”. Até na telefonia fixa, o “novo” PGMU dispensou as teles de obrigações na área rural, se não se interessarem em explorar as faixas de 451 Mhz a 458 Mhz ou de 461 Mhz a 468 Mhz (cf. artigo 9º, parágrafo 2º, DOU, 30/06/2011). Note-se que, ao contrário da banda larga, a telefonia fixa está sob regime público. Mas as teles é que decidem.

    12) O “termo de compromisso” deixa de valer caso as teles aleguem que os seus custos aumentaram.

    13) O ministro anunciou uma nova subsidiária da Eletrobrás (não sabíamos que ele também havia assumido o Ministério das Minas e Energia). O objetivo dessa nova empresa seria administrar a rede pública de fibras óticas – isto é, a Telebrás, que foi reativada para isso, seria apenas uma das empresas a usar essa rede. As outras, que o ministro chamou de “parceiras”, são as teles.

    Bem, isso é tudo, por enquanto, leitores. Resta lembrar que o PNBL foi instituído pelo presidente Lula, e a Telebrás reativada, para universalizar a banda larga. O grande obstáculo à universalização, evidentemente, é o monopólio das teles, com seus preços escorchantes e absurda concentração nas faixas e locais de maior renda, apesar da péssima qualidade que oferecem ao usuário - em suma, esses bandidos para os quais o Paulo Bernardo está acabando com o Plano Nacional de Banda Larga.

    Fonte: Tirado do Blog do MICO

  19. #19

    Padrão Re: O Governo e sua Piada de PNBL

    Citação Postado originalmente por Kandango Ver Post
    O “termo de compromisso” das teles com o Ministério das Comunicações (MiniCom) tem tanto a ver com o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) quanto o assalto ao trem pagador tem a ver com a obra filantrópica da Irmã Dulce.
    Não resisti, catei o original e repliquei no meu site. É surreal.

    MiniCom e teles celebram banda lenta, cara e com venda casada - BDI BBS