• Systemd 205 Inicia Processo de Conversão para Uso de cgroups

    Lennart Poettering acaba de anunciar o lançamento do systemd 205, a última versão dessa ferramenta de gerenciamento de sistema. Esse lançamento toma um passo à frente, em termo médio, tomando o controle de interações com o cgroups do kernel Linux. Vale ressaltar que nas versões recentes do kernel, o cgroups pode ser utilizado para governar a alocação de recursos do sistema como tempo de CPU, uso de memória e quotas de armazenamento.


    Essas mudanças no systemd estão acontecendo em conjunto com o mantenedor do código do cgroups no kernel. Esse código sofreu modificações consideráveis nos últimos poucos meses, para aliviar as falhas de processo no subsistema, que tem sido bastante difamado. O plano corrente é tornar o systemd o mecanismo de controle central para interações entre código userland e a configuração de cgroup, mas que irá enviar requisições de execução sobre uma API para o systemd. Detalhes de como o novo modelo irá funcionar foi publicado recentemente por desenvolvedores do systemd e mantenedores do cgroup.

    Como parte de seu roadmap, o systemd agora perde um número de parâmetros de configuração que manipulam diretamente cgroups. Os mesmos serão migrados para novas funções que estão sendo implementadas no novo modelo. Essas funções incluem novos tipos de unidades de escopo e de slice. As unidades de escopo são similares as unidades de serviço que estão sendo utilizados quando os processos são iniciados. Porém, diferente desses, as unidades de escopo não são geradas por processos init, mas sim por processos que já estejam sendo executados. Os daemons e as aplicações podem então utilizar os mesmos para agrupar processos que eles geraram. Já as unidades do tipo slice, por outro lado, são utilizadas quando esteiver particionando um sistema. De início três slices são oferecidos: um para o processo do sistema, um para as sessões do usuário e um para máquinas virtuais e containers.

    De forma adicionar, a nova versão do systemd também introduz o "mini-daemon" systemd-machined, que gerencia máquinas virtuais e containers. A nova ferramenta também coleta meta-dados quando carregadas, que podem ser consultadas através do comando machinectl.

    Sobre o systemd

    O systemd é um gerenciador de serviços e sistema para Linux, compatível com scripts init SysV e LSB. O systemd oferece capacidades de paralelização agressivas, utiliza socket e ativação via D-Bus para a inicialização dos serviços, oferece inicialização on-demand de daemons, mantém o rastreamento de processos utilizando os grupos de controle do Linux, suporta as capacidades de snapshot e recuperação de estado do sistema, mantém o mount e os pontos de automount, e implementa uma lógica de controle de serviço baseada em dependência transacional. Sua popularidade crescente tem feito do systemd o perfeito substituto para o sysvinit nas principais distribuições Linux da atualidade.

    O systemd pode ser baixado dos servidores do projeto Freedesktop.org, onde fica hospedado. Seu código fonte está sob a licença LGPLv2 ou superior.

    Saiba Mais:

    - Heise Online: Systemd 205 starts conversion process to cgroups usage (em Inglês)