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Balanço 1.o semestre de 2008

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O primeiro semestre de 2008 foi extremamtente ativo para os dois projetos em que trabalho: O Texto Livre e o Semiofon.
O Texto Livre foi com a Underlinux para o FISL, onde vários contatos foram feitos. Foi possível perceber que, a despeito da importância vital da documentação para o software livre, este ainda é um tema considerado como de menor relevância nas comunidades de software livre. Parcerias interdisciplinares sempre são assim, vagarosamente constituídas, pois o foco de cada área é sempre diferente e é necessário um tempo para que uma compreensão mútua permita obter o máximo proveito da relação. O Texto Livre traz a semiótica e a lingüística para o mundo do software livre. A lingüística não é novidade, embora ainda não totalmente compreendida exceto em meios muito específicos como o BrOffice. A semiótica é novidade. Um dos programas educacionais que estão sendo produzidos no Texto Livre (o Linha do Texto) tem fundamento fortemente semiótico mas as limitações técnicas do programa ainda não permitem visualizar seu potencial. Versão extra alpha, por sinal... Esperamos continuar marcando nosso espaço no FISL para aos poucos ajudar mudar o quadro geral em relação tanto à interdisciplinaridade quanto à importância da documentação para o software livre.
O Texto Livre publicou o primeiro número da revista Texto Livre, já com ISSN e com uma comissão editorial da pesada. O número recebeu artigos do I EVIDOSOL e artigos produzidos antes, quando a revista ainda era uma promessa. O II EVIDOSOL superou em números o primeiro, com mais inscrições e mais palestras. Todas as palestras do EVIDOSOL já estão publicadas no site do evento (link Anteriores), site este que já está sendo preparado para o III EVIDOSOL.
O Semiofon iniciou oficialmente suas atividades de desenvolvimento de software, com verba do CNPq. O trabalho tem aplicação direta na pesquisa acadêmica, possibilitando fazer a coleta de dados de fala passar da casa dos milhares de dados para a casa dos ilhões de dados, o que permitirá obter resultados muito mais precisos e, o que para nós é fundamental, permitirá comparar muito mais parâmetros - que possivelmente influenciam a fala emotiva - numa única análise, sem perder significância estatística. A equipe de pesquisadores está sendo preparada para trabalhar com dados de fonética e semiótica simultaneamente. A equipe de informática está trabalhando, no presente momento, com os aplicativos necessários para o programa. A falta de documentação de um software livre, o praat, essencial para este trabalho, tem sido uma barreira constante. O programa praat é o único programa livre de análise acústica com reconhecimento na sociedade científica, motivo pelo qual não podemos simplesmente abrir mão dele. Essa falta de documentação refere-se tanto à falta de comentários no código quanto à falta de descrições dos arquivos, por exemplo. Imagine a luta para decifrá-lo a fim de fazê-lo conversar com outros programas... Sem contar que o programa é constantemente atualizado e mesmo as mudanças possuem documentação mínima e muitas vezes insuficiente.
Mas vamos caminhando. O próximo semestre não promete menos.
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