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Discos de 3TB - até onde devemos chegar

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A Seagate anunciou que deve lançar até o fim deste ano um HD SAS de 3TB de capacidade dentro da família Constellation ES (discos de 3,5" com barramentos de alta performance). O novo disco rígido deverá um barramento de 6 Gbps e cache de - provavelmente - 128MB.

Em um mundo sedento por armazenamento, a corrida pela maior quantidade de armazenamento no menor espaço deve continuar cada vez mais agressiva. Hoje vivemos em um mundo dos Terabytes, com clusters de Petabytes, mas em breve devemos chegar aos Exabytes. Se estima que a quantidade gerada de informação - no mundo - anualmente esteja ao redor dos Zetabytes (1,000,000,000 de Terabytes).
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Nesse passo alguém pode pensar: tudo bem, é só continuar colocando cada vez mais bytes dentro do disco e pronto. Daqui a pouco teremos discos de 10TB, depois 100TB e assim por diante. No entanto, infelizmente, não é bem assim.

O primeiro problema é o barramento: de nada adianta termos 100TB dentro de um disco, se o processador não conseguir "buscar" essas informações em um tempo razoável. Se estivermos fazendo apenas um backup, realmente esse tempo não é tão importante, mas se estivermos assistindo a um vídeo HDTV-3D-surround-mega-blaster-mambo-jambo esse tempo de acesso será muito importante. Criar barramentos de alta performance já é um problema hoje, porque os elétrons - apesar viajarem rápido nos fios - tem um limite de velocidade.

Além do barramento também temos o fato de que o disco utiliza cabeças (partes mecânicas) que precisam ir de um lado para outro. O disco também precisa girar para que a cabeça de leitura/gravação se posicione no lugar correto. Por serem partes mecânicas, a cabeça não se mover rápido demais (senão quebram) e o disco, pela mesma razão, não pode rodar rápido demais, além do limite dos materiais. O mundo físico conspira contra os ensejos do mundo virtual.

O segundo grande problema é a tecnologia: os HD utilizam partículas magnéticas em cima de um disco. Se mantivermos o tamanho do disco em 3,5 polegadas, colocar mais informação significa gravar os bits em espaços cada vez menores. Se fizermos discos muito grandes (5 polegadas por exemplo) teremos problemas no tempo de movimentação das cabeças (demora muito para a cabeça de leitura/gravação ir de um ponto a outro, atrasando os acessos).

Quanto menos partículas magnéticas tivermos armazenando um bit, maior a chance de que um campo magnético destrua a informação. Com 3TB em disco de 3,5" já estamos chegando no limite dessa tecnologia: se for colocada mais informação, o bit será "tão pequeno" que o próprio campo magnético da Terra poderá mudar sua orientação e apagar informações.

É lógico que sempre podem surgir avanços tecnológicos para mudar os parâmetros e limites de uma tecnologia, no entanto até agora não existem muitas esperanças. De qualquer maneira a tecnologia de discos rígidos, como conhecemos hoje, não deve durar mais de 4 ou 5 anos, a partir daí iremos necessitar de novas tecnologias para dar continuidade ao crescimento exponencial das necessidades de armazenamento.

Talvez os "solid state drivers" ou SSD (quer são "memórias flash dentro de uma caixa para parecer um HD") possam ser a tecnologia que irá permitir os discos de maior densidade. O mercado de SSD vem crescendo fortemente em todo o mundo e - apesar de ainda não serem incomodo para o mercado de HD - no futuro o cenário pode ser diferente.

Atualizado 18-05-2010 em 13:51 por mlrodrig

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Comentários

  1. Avatar de mktguaruja
    Sas de 3tb, deve ser baratinho eim, rs mais deve ter uma capacidade de transferencia muito elevada.

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