Ver Feed RSS

Tecnologia de Redes, Mobilidade e Inovação

A Google TV vem ai, la, la, la, la...

Avaliação: 2 votos, 5,00 média.
Como diria o famoso apresentador da TV brasileira: o Google TV vem ai, la, la, la, la...
Em seu blog do Google TV (veja o link abaixo) o Google anunciou mais uma etapa de sucesso na criação do seu serviço de Google TV. No vídeo que está incluso nesse artigo, podemos ter uma boa idéia do que será essa (já não tanto assim) novidade.

Em primeiro lugar, não é apenas um Youtube "profissional", aonde você poderia ver os seus programas preferidos a qualquer momento. O Youtube e o conceito de ver os programas a qualquer hora fazem parte do Google TV, porém ele é mais que isso.

O Google TV é uma plataforma de desenvolvimento para criação de aplicações interativas relacionadas com áudio e vídeo. Traduzindo para quem não entendeu: quer dizer que é um software para que as empresas possam criar coisas novas em cima de sua programação de som e vídeo.

Cada um pode fazer da sua maneira, vamos ver alguns exemplos:
  • Uma loja vende vídeos online, que depois você pode assistir quantas vezes você quiser.
  • Uma locadora aluga vídeos online, que você pode assistir quantas vezes quiser dentro de um prazo de 24 horas
  • Uma agência de notícias fornece um canal relacionado a investimentos aonde você pode acompanhar as notícias do mercado financeiro e ainda ver as cotações (em tempo real) de todos os seus investimento na tela
  • Um canal de esportes permite você assistir a um jogo e acompanhar na tela o resultado das demais partidas em andamento.


Em resumo, é a união da TV com o computador, de verdade, aonde temos a programação de alta definição da TV Digital com a interatividade do computador.

A idéia obviamente não é nova, mas a grande vantagem do Google TV é que o desenvolvimento dos softwares principais já está pronto. Assim, por exemplo, a NBC não precisou gastar um caminhão de dinheiro para criar o novo serviço, bastou licenciar o serviço do Google e fazer pequenas modificações.

Outro aspecto importante é a banda de Internet disponível. Neste ponto eu volto a alguns (poucos) anos atrás, quando baixar uma música (mesmo de maneira legal) levava muito tempo. Baixar uma música de 5 minutos, a 3 ou 4 anos atrás, demorava até 15 minutos. Hoje podemos baixar um música de 5 minutos em menos de 1 minuto. Ou seja, podemos escutar a música enquanto ele é baixada e mesmo assim não teremos problemas.

Com o vídeo, devemos ter o mesmo em breve aqui no Brasil. Em várias localidades da cidade de São Paulo, por exemplo, as operadoras já estão fornecendo conexões de 12 Mbps (ou mais) de baixo custo. Obviamente que são conexões compartilhadas, que não conseguem chegar nesse valor total de banda, mas os programas de Google TV devem gastar de 1 a 2Mbps, que cabem dentro da capacidade real desses acessos banda larga.

Para onde vai o futuro da TV?

Se eu soubesse essa resposta com certeza, estaria agora me preparando para ficar milionário daqui a alguns anos, mas posso tentar fazer algumas previsões.

Quem assiste aos programas de final de semana, hoje, sabe bem como a qualidade caiu nos últimos 10 anos. A TV a cabo deu mais opções, o público (principalmente de mais alta renda) se pulverizou entre dezenas de canais (para o desespero dos anunciantes).

Com o advento dos sistemas como o Google TV (pode ter certeza que surgirão concorrentes ao Google TV) essa diversidade de canais será ainda maior. No entanto isso significa que também surgirão centenas de canais, muitos de baixa qualidade, mas ao meu ver isso não será problema: na Internet temos todo o tipo de site, e fora algumas raras excessões exageradas ou ilegais, não existe problema com isso.

Para ajudar a gerenciar essa enorme quantidade de programas, esses sistemas irão permitir você criar uma lista de canais preferidos, fazer buscas e até mesmo se integrar a grupos sociais para que você receba sugestões de pessoas que tenham as mesmas preferências que você.

E os anunciantes?

Como já citei, a situação vai mudar para os anunciantes, que terão que aprender a conviver com esse mundo novo. Os anúncios serão muito mais direcionados, dentro do gosto de cada telespectador.

Se você vende medicamento para ovinos e criou um novo suplemento que aumenta a produção de leite de cabra, anuncie no "Cabra TV", 24 horas de programa sobre cabras. Audiência de apenas 10.000, mas que compram quantidades de suplementos alimentares para cabra todo o mês.

O Google TV também vai ajudar aos anunciantes (na verdade, a meu ver, esse é o principal objetivo do Google TV) criar sua divulgação, via Google Ads. O anunciante cria sua peça publicitária, coloca no Google Ads, indica o mercado alvo e dá um lance. Os canais geradores de programação abrem sua programação para esses anúncios e recebem pela divulgação, ninguém fala com ninguém, os anunciantes não fazem contrato com os canais, apenas fazem lances para que seus anúncios sejam divulgados. Simples, direto, frio mas bastante objetivo.

Como tudo que é novo, essa nova modalidade de entretenimento abre novas oportunidades de negócios para quem quiser de adaptar, mas também vai matar muitas empresas que forem engessadas demais para mudar.

Saiba Mais:

[1]Here comes Google TV: http://googletv.blogspot.com/2010/10...gle-tv_04.html

Atualizado 06-10-2010 em 18:10 por mlrodrig

Categorias
Não Categorizado

Comentários

  1. Avatar de Geeek
    Mais um aritgo de ótima qualidade.
  2. Avatar de misterbogus
    o objetivo deles é lançar novos conseitos, e nisso eles são bons
  3. Avatar de forts
    Muito esclarecedor esse artigo!

+ Enviar Comentário