Eu vejo varios exageros nesse papo de homologar RB.
Primeiro porque na normatização que define os pre-requisitos pra homologação (Ensaios e normatizações a seguir) não é citado switcj, roteador e etc puramente ethernet, falo disso:
http://www.anatel.gov.br/Portal/veri...ath=203692.pdf
Isso cita o que um cabo ethernet precisa pra homologação (E a verificação disso será feita por uma entidade aferidora, que vai emitir um certificado de conformidade, ou o fabricante faz uma declaração de conformidade e renova a cada X anos, assumindo total responsabilidade pela declaração).
Cabo ethernet então precisa homologação? A anatel diz que a homologação é pre-requisito pra comercialização e uso de qualquer equipamento, deve estae numa das respostas no link que você mandou. Mas que fiscalização sai verificando cabos ethernet pra ver isso? Que fiscalização pelo menos cobra NFE do cabo ethernet usado?
E estamos falando de um ítem que tem legislação específica, e tem todo o detalhamento pra fazer as verificações e gerar o certificado de conformidade (Ou seja, a empresa certificadora tem os detalhes sobre o que fazer, no caso de RB ela não tem).
Equipamento tipo switch, setup-box, roteadores, geralmente só precisam seguir as normatizações de segurança elétrica, porque não tem nenhuma regulamentação nacional específica pra rede ethernet, ou pra slots mini-pci, ou pra USB. Faz sentido cobrar isso de uma RB1100AH x2 porque ela vai direto na tomada, sabe-se lá que gambiarra pode ter lá dentro.
Outro ponto: Nas homologações das RB1100 e CCR está nas observações uma ressalva importante:
http://sistemas.anatel.gov.br/sgch/H...coCert=9390813
Nas observações:
"Módulos de interface e protocolos de sinalização... ...não estão cobertos por este certificado, sendo obrigatória sua certificação e homologação"
Ou seja, a homologação delas não afeta a necessidade de homologação de uma eventual interface gbic ou (Caso de outra RB com slot mini-pcie) um cartão.
Já nas homologações de cartões mini-pci, mini-pcie, pci, pcie ou USB tal observação nunca foi feita. Exemplo:
http://sistemas.anatel.gov.br/sgch/H...coCert=9241558
Não tem nada nas observações sobre "Homologação para fins de teste" ou qualquer bla-bla-bla assim.
Guarde esse último link pra esfregar na cara de fiscal que encrencar com RB pelo último ítem que quero citar:
Notebook só usa homologação do cartão mini-pcie!
No primeiro PDF que mandei fala em homologação de fonte e etc, mas nem todo note tem fonte homologada, só 3 ou 4.
TODOS, repito: TODOS os notebooks que ganham licitação, que são homologados pelo BNDES, até os que a própria Anatel usa tem APENAS o cartão mini-pcie homologado!
Esse último link que passei é o que tem em duzias de notes HP, Asus, Acer, Dell, e etc, é um cartão usado por muitos notes.
Antigamente era comum encontrar no manual de um notebook algo tipo isso:
Anexo 59137
Na linha de montagem o produto poderia receber uma ou outra placa (Uma só wifi, outra wifi + 3g, outra wifi + bluetooth), hoje na verdade isso ainda ocorre, mas duvido achar essa homologação fora do selo no próprio notebook (Não consta em nfe, nem em manual, nem em proposta pra licitação, etc).
Se o notebook não precisa homologação como um todo (E ele é até mais poderoso que uma RB), porque a RB precisaria?
Tá certo que resolução 533 fala sobre a analise de todo equipamento, seja placa, notebook, fonte ou cabo ( http://www.anatel.gov.br/legislacao/...-resolucao-533 ) , mas a Anatel não tem feito essa resolução valer, deu a canetada e sentou a bunda gorda no escritório batendo ponto até se aposentar, ela não está tirando do mercado os notebooks que não tem homologação como um todo, não está impedindo a comercialização e uso de notebooks sem fonte homologadas, NADA.
Tá certo que o espectro de RF está um lixo (Assista e entenda que tem gente tentando resolver: https://www.youtube.com/watch?v=9iCiseMs2TM ), essa resolução seria muito bem vinda SE a Anatel não desse uma de func. público preguiçoso que nunca faz nada meio centímetro além da sua alçada, se um fiscal for chato/burro/desinformado a ponto de emitir um PADO pra provedor com RB sem homologação ele vai ter que ir em todas as empresas emitindo um PADO atrás do outro pelo uso de notebooks e desktops que tem homologação só da parte de RF, que é um cartão pci, mini-pci ou mini-pcie.
Infelizmente o que a Anatel mais tem é velharada que passou em concurso chinfrin a muitos anos e são umas completas bestas em informática (E o cargo público sempre blinda o leigo, não há cobrança por atualização técnica, nem há cobrança de conhecimentos específicos nos concursos que ví (Só o básico, mas "básico" é coisa pra usuário, um fiscal precisa ter conhecimento avançado, coisa de pilantra ocupar um cargo sem ter conhecimento avançado pra isso), eu não duvido que um leigo burro da Anatel um dia definiu: Provedor tem que ter selo em todos os equiptos. Mas provavelmente esse leigo burro não sabe que tem equipto em torre, não só não sabe que a velharada ocupando cargo público mal sobe em cadeira, que dirá subir em torre, e também não sabe que sol e chuva desgasta etiquetas (Almofadinha que vive em escritório as vezes esquece o que é sol e chuva), mas isso com certeza é algo regional ou que não circulou por toda a Anatel, porque tá cheio de gente sendo fiscalizada todo mes que usa cartões e nunca ouviu reclamação sobre isso (Eu fui, inclusive também depois desse assunto em 2013, sem problemas por usar cartões e RB).
A homologação nas palavras da própria Anatel adequa o produto pra comercialização e pra utilização. A utilização obviamente deve respeitar os limites legais, e a comercialização idem (NFE e toda carga tributária e outros aspectos legais do comércio). SE os cartões tem alguma suposta "homologação pra testes" então a Anatel tem que mudar o discurso, e também precisa penalizar os fabricantes de notebooks (E os órgãos públicos que compram eles!) que não homologam o notebook mas sim usam a homologação do cartão (Se a homologação do R52hn é só pra testes, a de um cartão mini-pcie também deve ser, são produtos pra MESMA finalidade, ambos podem ser usados em roteadores externos com antenas setoriais ou de ponto a ponto).
A Anatel pela res. 533 começou a TENTAR regulamentar mais os lixos a venda, mas ela empacou na canetada, se você pessoa física reclamar de fonte não-homologada a Anatel não acata a reclamação ou denúncia, se você P.F. tentar denunciar provedor burro usando 4,9GHz sem autorização (Ou 5,1GHz outdoor) ela também não acata, ou seja, ela não está querendo resolver a poluição no espectro, se quisesse ela acataria quaisquer denuncias ou reclamações (Eu denunciaria os lixos da Positivo, mas ela participa de muita licitação (Só funcionário público pra comprar esses lixos...) por isso já homologou fontes (Mas não os notebooks! As etiquetas nos notebooks é da homologação dos cartões mini-pcie!!!).
Tablets, smartphones, roteadores de mesa, esses precisam homologação a parte porque a etapa de RF é soldada na placa principal, não é um módulo.
Já tablet usado em módulos de serviço automotivo (Scanner), ou pra uso agricola (Telas de GPS são na verdade tablets ARM, com android e tudo) não tem wifi, por isso não tem homologação da Anatel, nem precisam, são homologadas pelo BNDES e tem uso em orgão públicos e não precisam nada da Anatel, pois não usam o espectro de RF (Nem wifi, nem bluetooth, nem nada de rádio, só cabos). No caso dos equiptos com rastreador e GPS esses sim tem homologação, porque o rastreamento transmite conteúdo, mas a homologação não é da tela em baixo, mas sim da unidade que vai externa.
Também entram na estória as impressoras com wifi. Elas tem selo da anatel, certo?
Nops, os MÓDULOS é que tem, exemplo de um módulo de HP:
http://sistemas.anatel.gov.br/sgch/H...coCert=9390656
Ele é esse módulo aqui:
https://fccid.net/document.php?id=1747665
Se impressora pode homologar só o módulo de RF, porque RB precisaria homologação do todo?
Em homologações mais recentes tem uma observação curiosa, exemplo:
http://sistemas.anatel.gov.br/sgch/H...coCert=9702624
Onde diz:
Produto não acabado, de uso interno, cuja integração em outros equipamentos pode requerer nova avaliação.
Opa... então precisa homologar a impressora inteira?
Nops... PODE difere de VAI. PODE porque isso é um módulo sem antena, se colocar uma antena grande ele pode exceder os limites EIRP legais. Olha de que módulo se trata:
https://fccid.net/document.php?id=2083379
Ele só não tem antena built-in porque esse é usado em impressoras que a placa lógica fica em baixo, onde o sinal de wifi chegaria mal. Onde a placa lógica fica de lado o modulo tem antena built-in, mas onde a antena precisa ficar longe do módulo se usar outro tipo.
O que um cartão mini-pci de uso outdoor poderia ter é essa observação, falando na eventual necessidade de nova homologação. Mas eles não tem, assim como os de notebook também não. Não vejo porque a Anatel seria incompentente a ponto de tratar de modos diferenciados equipamentos como o mesmo tipo de módulos de RF, notebooks e RB's. Tá certo que provedor tem antena outdoor com maior potencia de fazer merda no espectro, mas pra cada setorial de 20dBi em uso no brasil tem 2000 notebooks de 5dBi, quem tem ferrado com o espectro são os usos indoor de roteadores onde há preguiça de passar cabo e cia.
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Sobre o cartão R52H não ter config. de MCS, é o que falei, ele é uma velharia apenas A/B/G. O cartão que suporta N é o R52nm e o R52HN.
Na aba Datarates do MK você tem os datarates de modo B (1 a 11M), e o de A e G, que vão de 6 a 54M.
Se usar um cartão com suporte a N, essa aba Datarates continuará igual, mas vai surgir uma nova aba com MCS.
Como estamos falando da RB912UAG, ela suporta N, por isso ela tem a aba MCS, os datarates no modo 802.11n são chamados de MCS, mas são a mesma coisa, só esquemas de modulação diferentes, em N os datarate vão de 6,5 a 65M (Ou de 7 a 72M se usar outro tempo de guarda).
Pode ver eles em www.mcsindex.com , conforme a largura de canal o datarate nominal muda, usando G com canal de 10MHz ou de 40MHz também. Se você marcar o datarate de 54M mas usar canal de 10MHz você terá metade das portadoras em uso, na prática o datarate nominal será de 27M (54M é em 20MHz de largura). Esse monte de informação em N pode parecer muita coisa, mas ele já existe em A, B e G, só que os setups pra donas-de-casa resumdem eles em apenas alguns datarates, só não há detalhamento mas na prática você consegue vários datarates diferentes mesmo com A, B ou G.
no R52H te recomendo deixar o datarate 18M marcado (Basic e supported), usando o modo Only-G, nesse modo você tem a máxima potencia do cartão (Mas não use mais que uns 20-22dBm), e já tem sensibilidade ótima. 36M e 54M tem throughput maior, mas tem potencia baixa e a sensibilidade é ruim, o meio termo que modo G permite ótimo alcance sem ser com throughput baixo é 18M e 24M.
(Em 9M sei lá se consegue throughput de uns 3,5Mbps, enquanto no datarate de 24M dá quase 10Mbps, a diferença de potencia entre esses 2 datarates é 1dBm na maioria dos roteadores, e a diferença de sensibilidade até é grande, mas não dá pra trabalhar com sinais muito baixos em ambiente urbano mesmo, então se você é obrigado a trabalhar com sinais acima de -70dBm pode usar datarate maior tipo 18M ou 24M (E se migrar pra 802.11n um dia, os datarate de melhor alcance sem perder throughput razoavel a meu ver são MCS3 e MCS4, de 26M e 39M, com sinal a partir dos -70dBm eles vão bem)