motacosta parece o Abraham Lincoln...
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motacosta parece o Abraham Lincoln...
Caramba, é verdade. A semelhança é muito grande. E parece que o saber também.
Assunto puxa assunto. hehehe!!!
Fazia muito tempo que não ouvia esta expressão. Desde os dias do Ex-ministro Antônio Rogerio Magri, ministro do Collor.
Como ele gostava da expressão " no bojo .."
O mesmo que disse que "a cachorra dele era um ser humano" e por isso ele poderia justificar o uso de carro oficial para a referida cadela consultar um veterinário.
MISTÉRIO TÉCNICO
Pois um amiguinho dono de um provedor de internet estava com um problema técnico. Tinha uma antena setorial da hyperlink cujo sinal era de -62dBm, mas o trafego era lento e seguidamente perdia a conexão. Pegou no telefone e disse:
-Se não me ajudar, não lhe compro mais antenas.
-Ala fresca, o qüera era cuiudo e de pouca prosa. Meu avô encilharia o pingo e esticaria o pescoço do animal em direção ao Chuí na mesma hora. Eu que sou menos afoito, sentei no banco do carona enquanto meu filho dirigia para lá. Chegamos lá.
O lugar onde as antenas setoriais são instaladas, sempre é um lugar cuja vista alarga o sorriso e acalma o coração. Esta ficava em cima de uma coxilha de onde se via a cidade grunhindo lá em baixo.
Estiquei o olho e conferi o sinal na tela do leptop que mostrava o aplicativo da MK. Como ele dissera o sinal era ótimo, mas de imediato senti o cheiro do desconforto. A performance estava muito baixa. Como eu sou daqueles caras que não desperdiça pólvora com chimango, peguei o analisador de espectro da Ubiquit da mala de garupa e pluguei no leptop da vítima. Lá estava a causa. Uma emissora de TV irradiava 2,4GHz com cinco Wats de potencia. Credo, estes caras são mesmo desaforados.
A cura era uma coisa fácil. Bastava dar um tiro com uma espingarda taquari na antena do nefasto. Ela pararia de irradiar e estaria resolvido o problema maldito, mas isso ia dar polícia e eu não sou do tipo que entra em baile de cobra de calça curta. Mudei de idéia.
Poderia também tentar a prosa amiga com os tauras, mas essa gente não é boa de conversa e ainda por cima são meio amasiados com a fiscalização. Fiquei na minha.
Só tinha um jeito, pegar aquele sinal destrambeliado que entrava pela goela da antena e jogá-lo no fosso. Foi isso que fiz.
Aterrei a freqüência do canal interferente e ele saiu de cima do AP. O sinal da antena setorial desceu para -78dBm mas ficou paradinho que nem água de poço. Não perdia pacotes nem com vendaval e por maior que fosse a assombração ele não caia fora. Tava resolvido o caso da setorial venenosa.
No restaurante tomando um bom vinho o qüera me perguntou:
-Mas como se faz para colocar uma freqüência em curto?
Pensei em explicar para o moço aquela história de reatância capacitiva e reatância indutiva, de impedância com valor igual a zero quando a freqüência entra em ressonância, mas isso é assunto do CURSO.
Aliás, amanhã sábado meu amiguinho estará aqui para domar a égua. Ele é formado em administração de empresa, sujeito fino e educado, mas disse que vai pelar a coruja. Fiquei intrigado com esse palavrório e perguntei:
-Que negócio é esse de pelar a coruja?
O vinho já estava na terceira garrafa, mas mesmo assim ele me contou essa:
-Um funcionário meu meio acaboclado viu um papagaio falando na casa de um cliente e resolveu ter também um bicho que fala. Aqui no sul do sul do nosso mundo não existe papagaios, mas numa viagem minha para a capital levei o caboclo junto. No final da tarde, ele apareceu com uma coruja numa gaiola, havia comprado de um carioca como sendo um papagaio especial. Vi que o coitado tinha sido logrado, mas fiquei quieto com pena de constrangê-lo.
Passado alguns meses, perguntei para o quera:
-E daí meu rapaz? O bicho está falando? Ele me olhou com cara desconsolada e respondeu:
-Fala não fala, mas presta muita atenção.
A piada o vinho e o riso foi o melhor pagamento que eu poderia ter recebido.
As vezes, ensinar pessoas a serem anteneiros é como ensinar uma coruja a falar. Meu cliente era um filósofo.
FONTE DE PROBLEMAS
Pois entre os anos de 1890 e 1910 houve uma guerra mundial nos Estados Unidos. Não foi uma palhaçada como a revolução do norte contra o sul americano que era uma briga por dinheiro, muito parecida com a nossa famosa Revolução Farroupilha. Na época que eu me refiro, a guerra tinha como General comandante George Westinghouse de um lado e do outro Thomas Edison. Nesta guerra morreu uma pessoa e alguns animais, mas a guerra foi mundial, pelo fato de seu vencedor ter tido como espólio de guerra toda a humanidade. Foi batizada por quem estava lá de “Guerra das Correntes”.
Na guerra das correntes, discutia-se qual o tipo de energia elétrica seria implantado nas redes públicas do mundo inteiro, se Corrente Contínua ou se Corrente Alternada. Venceu a corrente alternada pelo fato de ter menos perdas na sua transmissão.
Até hoje, esta energia ainda não chegou para todos, mas para aqueles que se beneficiam com o seu uso coisas curiosas aconteceram. Vamos pensar em como nos afeta essa energia nas redes wireless.
Todos os equipamentos que usamos funcionam com corrente contínua. Olha que afirmação radical: NÃO EXISTE RÁDIO QUE FUNCIONE SÓ COM CORRENTE ALTERNADA. Isso quer dizer que na entrada de cada equipamento existe um transformador e diodos para modificar a energia elétrica de Westinghouse para a de Edison . Ou seja, um general transporta e o outro faz com que funcione.
Descobriu-se com o tempo que as famigeradas fontes responsáveis pela mudança no sexo da energia, tinham um amante, era a reatância. A reatância gerada pela fonte é tão nociva ao radio que ela alimenta quanto uma triangulação amorosa. Só dá mer.. opa desculpe, só dá problema. A reatância quando chega em casa, pula por cima dos resistores, pula por cima dos capacitores, pula por cima das bobinas e vai se aconchegar nos semicondutores, especialmente nos chip. Lá a reatância faz o seu trabalho destrutivo. Uma fonte barata, assim como essas que acompanham quase todos os radinhos, é a responsável pela separação do casal cliente – AP. Uma fonte vagabunda, pode travar um radinho, pode gerar grandes figuras de ruídos e pior, pode queimar o radinho. Mas não queima na hora, queima depois de muito tempo de funcionamento. Eu garanto para vocês que a felicidade de um relacionamento a três termina sempre em separação. Claro que eu estou falando de cliente e provedor, não confunda com semelhanças atrozes.
Curioso é que o motivo da corrente contínua não ter dominado as redes públicas do mundo está quase acabando. Hoje uma rede pública que fosse feita com super-condutores, não teria perda nenhuma, a reatância corrigida pelas geradoras, permitiria os usuários trabalhar com mais qualidades, mais segurança e por preços mais baratos.
Estes transformadores de baixa qualidade das fontes, trabalham com uma eficiência de 65%. Ou seja, a potência entregue na entrada, perde 35% do seu valor na saída. Já pensaram no mundo inteiro o quanto isso representa? Mas teria um problema.
Os tubarões da indústria da energia elétrica teriam uma receita 35% menor. Concordariam? Acho que não, o objetivo nunca é o social e sim o lucro, assim como nas religiões, santo que não dá grana não entra na igreja.
Por isso meus amiguinhos, cuidado com a maldita da reatância das fontes, nada de triangular. Elas são baratas, lindas e apetitosas, mas pelas conseqüências que elas provocam, não vale a pena.
DIA 25 ESTAREI NO EVENTO DA ABRANET EM SÃO PAULO, SEMPRE VOU NESTA FESTA, APRENDO MUITO COM A TURMA.