Re: O que vai acontecer com as frequências?
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Postado originalmente por
rubem
Voltando a pergunta do post, como o PNBL já sinalizou que aceitará wireless só no primeiro momento, exigindo cabeamento posterior, provavelmente o que vai acontecer é que com as linhas de financiamento do BNDES e suposto apoio do PNBL, partiremos pro cabeamento das cidades, seja par metalico, coaxial, fibra, utp.
A briguinhas de potencia que prossigam, assim que puder eu passaria pra rede cabeada.
Rubem, já faz algum tempinho que saiu o projeto, pelo menos uma minuta. Mas não notei nada a respeito desta exigência na época. Foi bom voce ter trazido a atenção isso.
Se voce tiver uma cópia aí, poderia até postar o artigo que cita isso para conhecimento de todos.
Re: O que vai acontecer com as frequências?
não sei o que fazer ..cada dia que passa mais aps 5.8 e 2.4 ghz estão sendo ativado ......
ai vou ter que colocar antenas de 33 dbi nos meus ptp s para ver se fura a massa de rf ........
Re: O que vai acontecer com as frequências?
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Postado originalmente por
1929
Rubem, já faz algum tempinho que saiu o projeto, pelo menos uma minuta. Mas não notei nada a respeito desta exigência na época. Foi bom voce ter trazido a atenção isso.
Se voce tiver uma cópia aí, poderia até postar o artigo que cita isso para conhecimento de todos.
Isso foi citado nas reuniões do Forum Brasil Conectado, na minuta inicial do PNBL realmente não se tocou nesse assunto.
Nas proximas reuniões do FBC podem mudar de opinião ou enfatizar a opção por cabo, já que por enquanto é só 'impressão de opinião' (Com compartilhamento da estrutura, pelo visto). Parece que a idéia de uns orgãos é o governo fazer inclusive cabeamentos centrais a serem compartilhados por diversos provedores, mas duvido que isso sobreviva a muitas reuniões.
O link: http://www4.planalto.gov.br/brasilco...nal-do-2o-fbc/
Re: O que vai acontecer com as frequências?
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Postado originalmente por
rubem
Isso foi citado nas reuniões do Forum Brasil Conectado, na minuta inicial do PNBL realmente não se tocou nesse assunto.
Nas proximas reuniões do FBC podem mudar de opinião ou enfatizar a opção por cabo, já que por enquanto é só 'impressão de opinião' (Com compartilhamento da estrutura, pelo visto). Parece que a idéia de uns orgãos é o governo fazer inclusive cabeamentos centrais a serem compartilhados por diversos provedores, mas duvido que isso sobreviva a muitas reuniões.
O link:
Relatório Final do 2º FBC — Fórum Brasil Conectado
Caraca, não dá para ler tudo deste relatório. Mas o conteúdo das pag 8 a 10 são críticos.
Duvido muito que se chegue a um consenso.
Algum tempo atrás foi ventilado aqui no forum se não me engano,a respeito do uso de postes. A Anatel teria o desejo de normatizar a comercialização com um preço único, em torno de dois reais e alguns centavos por poste.
Isso agradaria a alguns, como operadoras de tv a cabo e provedores que estão pagando o olho da cara. Mas desagradaria as companhias telefônicas pois estas pagam na casa de centavos por poste.
E isso iria criar um embate jurídico tremendo, pois as telefônicas já estão lá presentes a muito tempo e tem contratos que as protegem.
E sem esse enfrentamento fica inviável para nós fazermos qualquer coisa relacionada com cabeamento. De vêz em quando se lê que alguns estão fazendo isso. Mas são casos isolados e normalmente em locais onde não há carência de internet, pois o cabeamento exige densidade de consumidores.
Assim que vejo , se isso se concretizar, cair no colo das operadoras que já tem uma base instalada a preços baixíssimos por poste, cumprir com esta exigência. Para eles o investimento se limitaria a equipamentos . E todos nós sabemos que o grande custo é o cabeamento em si.
E mesmo assim vejo outro problema no cabeamento. A tendência do mercado de computadores é aumentar a venda de notebook. Mesmo que a adsl ou qualquer outro sinal chegue na casa do consumidor, ele vai querer colocar um roteador para não ficar com seu notobook preso a um cabo. E aí já viu né? Atualmente 50% dos sinais que pego nos site survey são de usuários domésticos. Aí está a maior fonte de poluição.
E a história recente, ( desde 2003 ) tem mostrado que o famoso Lulinha está sempre metido neste tipo de negócio.
Desde 1997 quando das privatizações do setor de telecomunicações, o progresso foi estupendo. Muitos ainda se lembram que um telefone era tão caro que não raro era incluido como patrimônio na declaração de renda.
As privatizações tinham por objetivo modernizar o setor. E para tanto foram criadas as empresas espelhos que tinham por missão concorrer com as teles que entraram de fora do país. A Claro por exemplo. era Claro Digital, criada aqui no RS. Patinou por algum tempo até que o mexicano Carlos Slim comprou e tornou a Claro hoje uma marca reconhecida.
Outras espelhos foram aos poucos sendo abarcadas pelos grandes. E quando da venda da Telemar, foi dado o tom do mercado. Concentração de poder.
E isto não vai parar até ficarem duas ou três empresas grandes no setor.
Assim que o objetivo básico das privatizações foi atingido, ou seja, levar ao consumidor a tecnologia a preços compatíveis. Mas o objetivo subentendido de promover a livre concorrência parece que não vai se concretizar. Pelo menos se passaram os 8 anos do govêrno Lula e as promessas de campanha de rever os contratos não foram cumpridas. Muito pelo contrário.
E depois da invasão dos celulares, já começamos a ver a invasão da internet móvel, pelas frequencias dos celulares. E aí levamos desvantagem novamente. Somos limitados a equipamentos wireless de radiação restrita, e uso de baixa potência. Porque baixa potencia? Para permitir que mais possam usar os mesmos canais.
Isso já não acontece nas frequencias de celulares. Um telefone celular por ex. tem a potencia de 1000mW, coisa inadmissível entre nós. E estamos rodeados de celulares operando simultaneamente. E as bases deles? A que potência operam? Eu nem sei, mas é bem alto. Isto dá uma vantagem natural para as operadoras, pois elas podem usar maiores potencias e ainda por cima trabalham em frequencias próprias sem sofrerem interferências de outros.
Será o caminho natural a distribuição de sinal de internet pelas frequencias de celulares.
Como concorrer com isso?
Alguns dias atrás um companheiro citou uma experiência com um rádio da Gi-link com firmware para mesh, onde ele conseguiu uma excelente cobertura. Segundo ele, conseguiu conexão a 1km com notebook dentro de casa. Agora imagina uma rede dessas com rádios proximos uns dos outros, como 100, 200 ou 300 metros?
Só vejo isso como meio de competir com a internet móvel que vem por aí com força total.
Mas infelizmente os importadores não se interessaram na homologação do referido rádio.
Em São Francisco, na Califórnia segundo relatos da Meraki, tem uma rede mesh com 25.000 usuários.
Então, será mesmo que o cabeamento é a solução? Ou pelo menos justificaria o investimento?
Desculpem a extensão do texto, mas isso é uma coisa que tinha atravessado na garganta faz tempo.
Re: O que vai acontecer com as frequências?
Dia desse fiz um exercício de previsão de custos pra cidades ou bairro hipotéticos, cerca de R$ 7 mil em equipamento por Km² cabeado com UTP, levando em conta hipotéticas 600 residencias nesse km² se seguir a media nacional de 5% dos domicilios com banda larga seriam 30 clientes, mesmo com o PNBL facilitando a queda de preços (Custo do link, isenção de impostos, financiamento pelo BNDES) estimo que precisariamos cerca de 45% das residencias com banda larga pro negócio dar lucro (Pagar o financiamento dos equipamentos, as despesas com link e funcionários, as substituições de equipamentos danificados, e sobrar uns 15%.mes do valor inicial investido). Com DSLan o custo do cabeamento diminui, mas como o PNBL prevê entrega do link pro cliente por R$ 30 já com aluguel de equipamento, o custo do modem faz o custo de ambos quase se igualar, exceto quando o percentual de clientes por Km² passa de 25%. Fibra fica mais caro, 6x mais. HPNA cerca de 50% mais caro, o mesmo que PLC.
Onde há algo parecido com esse meu bairro/cidade hipotético, ou seja, cerca de 200 clientes por Km², dá pra cabear e ter lucro. Onde o percentual é menor (5% é a media nacional devido a baixa presença em periferias e vilarejos, em cidades medias ou centros de cidades pequenas deve ficar nuns 15 a 20%) ou fazemos cabeamento seletivo (Sob demanda, só quando um numero mínimo de clientes na rua é alcançado), que permite que um dia se alcance cobertura total, ou realmente partimos pra mesh via wimax a 450-750Mhz (Pra não precisar antenas externas), mas provavelmente os membros do SBTV farão pressão contra o uso dessa banda, aí sobraria mesh via 2,4 ou 5GHz, que por exigir antena externa tem mais custo e dificuldade de instalação.
SE fosse possivel SCM+TV-a-cabo no mesmo provedor, acho que o uso de HPNA resolveria tudo, em poucos anos tenho certeza que haverá um plano de popularização da TV a cabo, mas também tenho certeza que continuarão tratando os meios de comunicação de forma independente e não como um todo.