Você confunde segurança com impunidade. É de propósito?
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Em resumo, pelo visto, as coisas não vão mudar nada. Eu concordo com suas colocações obarros, mas no fundo tem muito mais coisa nisso aí. Vejamos:
O CREA está perdendo dinheiro porque tem sido incompetente em não conseguir segurar os arquitetos, aí resolve cobrar de alguém e, claro, vai cobrar do pequeno empresário.
O próprio CREA libera técnicos para serem responsáveis por provedores de internet (veja bem, estou dizendo responsáveis técnicos, e não para tirarem outorga), mas aí podem pedir para caçar o SCM da empresa por fraude.
Mas a tal "fraude" foi aprovada pela Anatel e pelo CREA, senão a empresa não teria conseguido o SCM. E quem vai caçar a Anatel e o CREA?
Como é que o CREA vai excluir o registro do engenheiro que apenas empresta o nome (claro, em troca de dinheiro) para uma empresa se o CREA está perdendo dinheiro com a debandada dos arquitetos e, se for excluir todos os engenheiros nesta situação, vai fechar as portas porque não vai ter engenheiros inscritos sufientemente para pagar se quer a conta de luz de suas unidades?
Mas eu me pergunto. Se o CREA fiscaliza as empresas que deveriam ter engenheiros/técnicos como responsáveis, e inclusive pode puní-las, porque o CREA não fiscaliza os provedores irregulares? Afinal, eles deveriam ter inscrição no CREA, com um profissional inscrito sendo responsável pela empresa. E aí, com esta fiscalização eles poderiam acionar a Anatel e ajudar a acabar com a enorme quantidade de empresas totalmente irregulares existentes por aí, permitindo que detentores de SCM's e SVA's possam trabalhar num mercado mais realista, onde a concorrência se dê por questões de qualidade e custo/benefício.
É isso que me tira do sério. É muita gente pra fiscalizar quem tenta ser correto. Totalmente correto acredito que não exista uma única empresa no Brasil, afinal, com tantas leis e entendimentos jurídicos a favor de um ou de outro, por mais que a empresa esteja com sua documentação e impostos em dia, sempre haverá alguém questionando alguma coisa.
Eu, particularmente não passei por esta experiência, mas conheço vários relatos de provedores que trabalharam muito tempo na clandestinidade sem ser incomodado pela Anatel ou pelo CREA e, quando acertaram sua documentação, começaram a receber várias visitas de fiscais buscando algo errado.
No final das contas o pequeno provedor tem que lutar contra os desmandos da Anatel, que favorece as grandes empresas em detrimento dos pequenos. Temos que lutar contra a enorme carga de impostos, temos que lutar contra um outro oligopólio, o dos engenheiros que não querem perder sua boquinha, e do CREA, enfim, todo mundo quer tirar sua fatia do queijo.
Por isso concordo contigo. É preciso continuar buscando uma discussão realista sobre o assunto, até estes problemas todos não são exclusividade dos pequenos provedores, mas de todo pequeno empresário.
Qual é a diferença entre a ditadura militar que tivemos no passado e o que temos nos dias de hoje? É que a forma como ocorre a opressão, que antes era pela força. Hoje é uma maneira diferente.
Eu e meu advogado chamamos isto de Ditadura Adminitrativa. É uma opressão na crença da sua ignorância. Um servidor público crê que o cargo dele é unipotente e poderoso a ponto de definir o que e quando as coisas podem acontecer, pois quase sempre eles acreditam que estão na sua razão e que você, ignorantemente, nunca irá realmente questionar. E se questionar, vai ter que contratar algum advogado para te orientar no seu exercício de cidadania.
Qual é a sua segurança se você não pode confiar em uma administração corrupta?
Eu apenas apontei exemplos de situações que podem ser criadas para quebrar os telhados de vidro daqueles que acreditam estar seguros. De fato... só existe segurança quando você exerce a cidadania e denuncia as fortalezas da corrupção. No meu ponto de vista, telecomunicações é terra de ninguém, que favorece a corrupção.
Abraços,
Eng. Onei
No Brasil é o seguinte:
Os representantes da ONU (deveria ser dos Brasileiros) propõem e votam em leis incumpríveis por eles mesmos, se quisessem; facilita não oficialmente o cidadão empresário (oficial e legalmente o empresário é um criminoso - ensinam até isso nas escolas) e quando acordam com a casaca virada manda prender meia dúzia de empresários-fraudadores-do-sistema-que-sugam-dos-pobres (entre outras palavras de ordem).
No Brasil isso é a coisa mais comum. Criminalizar o cidadão e inocentar o criminoso (aqui não falo de gatos-net); é só olhar a gritaria da mídia dizendo os culpados de tanto ladrão-cotiado-vítima-do-sistema que rouba e mata horrores para se alimentar (coitadinhos) são os empresários e os ricos.
É só ver a última cagada do STF, autorizando os colegas e marchar pelas drogas (maconha é só o começo).
O negócio é não baixar a cabeça e na primeira oportunidade meter um processo contra os filhosdaputa.
A diferença é que a ditadura militar perseguia exclusivamente os terroristas e seus apoiadores, mas havia liberdade religiosa, de mercado e de opinião (defender terrorista não é opinião é apologia ao crime); e nenhum militar criou fortuna naquela época. Coisa que hoje ocorre assim que assume um mandato.
Pois é: ganha mais ou menos (a maioria), quando caga fede igual a eu e você, mas se acham superiores (alguns idiótas.)
Corrupta só, não, perversa, iníqua, imoral e sem ética.
Eu vou mais longe e digo: quando a verdade prevalece, hoje a verdade é ofusca e mentira cínica tem prevalecido.
Conde Loppeux de la Villanueva: A síndrome do mal na modernidade brasileira. . .
Conde Loppeux de la Villanueva: O Supremo Tribunal de Exceção Petista