As conexões de banda larga (fixa e móvel) devem ultrapassar 43,7 milhões de 2013 até 2017, um aumento de 53%, informou a Cisco do Brasil durante a divulgação do Barômetro Banda Larga 2.0, um estudo sobre banda larga que contabiliza o crescimento do serviço no país. A pesquisa exclui o M2M (machine-to-machine) e a oferta dos serviços por smartphones.
Para a companhia norte-americana, o aumento no número de conexões está ligado ao momento vivido pela economia brasileira. “A banda larga tem um papel distinto na economia brasileira por proporcionar o ganho da produtividade, e esse é o desafio do Brasil”, disse Rodrigo Dienstmann, presidente da Cisco do Brasil, e Samuel Rodrigues, analista da IDC, destcaou que isso condiz com o crescimento do setor de telecom, que cresce em uma velocidade de 8%, enquanto o PIB estimado é de 2%.
Segundo o analista, os próximos eventos esportivos devem alavancar o número de conexões no País, que já viu o aumento de 27,1 milhões de conexões primeiro semestre do ano, sendo as fixas responsáveis por 4,5% desse total e as móveis mais que dobraram (8,7%), com 36,6 conexões móveis para cada 100 fixas. A estimativa da IDC é que até dezembro o número de conexões no país passe para 28,3 milhões.
O analista ainda informou que por dia cerca de 10 mil conexões são ativadas no Brasil desde 2011, número que exclui os smartphones e modems de acesso pré-pago para pacote de dados. “As conexões tradicionais crescem graças a atuação do governo e oferta das operadoras”, citando projetos como REPNBL, de desoneração de impostos para equipamentos de infraestrutura e para contratação da mão de obra no setor; e a nova fase do PNBL, o 2.0, também promete aumentar o número de conexões tradicionais no País.
Segundo o estudo, as conexões fixas chegam a 10% da população e a 33,7% dos lares dos brasileiros, e a banda larga 2.0, com conexões acima de 2Mbps, chegou a 11,5 milhões, ou seja, a penetração do serviço indica que para cada 100 habitantes 6 têm banda larga de velocidade média.
O estudo também aponta para a queda no preço por Mbps, pois as operadoras cobram R$ 64 por uma velocidade intermediária, de 2Mbps a 5Mbps. “Embora o consumidor pague o mesmo preço pelo acesso, a velocidade oferecida aumentou e isso traz uma boa relação de custo x benefício para o consumidor”, explicou Rodrigues.
As conexões fixas por fibra óptica também tiveram um aumento superior a 20% na penetração, justificado pelas operadoras que iniciaram a oferta do serviço, e assim como o 4G, a tendência desse tipo de conexão depende de investimentos, mas tende a crescer.
4G
O 4G tem crescido na mesma proporção das conexões 3G, com operadoras oferecendo o serviço com o acesso fixo, como é o caso da On Telecom, que chegou ao Brasil esse ano. No último trimestre, as conexões chegaram a 174 mil, informou o estudo, que destacou os acessos “fixos” da tecnologia móvel. “O 4G tende a crescer e esperamos que ele resolva os problemas de qualidade da conexão 3G. A expectativa é que ele cresça mais durante os eventos esportivos”, ressaltou.
A tendência é que a popularização do 4G também leve a queda no preço. “Com cinco anos de idade, a popularização do 4G será ainda maior. Quanto mais competição, mais pressão no preço”.
Fonte: IPNews
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