O ministro das Comunicações Paulo Bernardo comentou nesta segunda, dia 16, a entrada de operadoras como a TIM nas negociações para cumprimento das metas do Plano Nacional de Banda Larga. ele informou que a TIM está em negociações com a Telebras para participar da gestão e investimentos no projeto. Bernardo acredita que a participação da empresa italiana pode aumentar a concorrência e a oferta de serviço, baratear o preço e melhorar sua qualidade.
Para ele, o preço de R$ 35,00 exigido pela presidenta Dilma para entrega de 1 Mbps de velocidade pode cair à metade. “É cada vez mais forte a concepção do crescimento potencial do serviço, com preço e qualidade – a banda larga vai bombar”, previu. Ele quer dobrar o número de assinantes até 2014, dos atuais 20 milhões para 40 milhões.Ao engatilhar futuros contratos, a Telebrás flexibilizou uma série de premissas relativas aos compromissos dos provedores de acesso à Internet que comprarem da estatal os links no atacado.
A principal delas diz respeito a um dos pilares do Plano Nacional de Banda Larga – o valor do acesso aos consumidores. O preço de R$ 35 não será mais para todos os consumidores conectados a esse megabite. O preço ficará restrito à metade dos 20 assinantes que serão permitidos na conexão. O restante pagará um preço fixado, de acordo com o valor comercial do ISP.
A mudança efetivada pela Telebrás tem relação direta com um dos pleitos apresentados ao governo pelas associações de provedores, sobre a quantidade máxima de clientes para cada megabit adquirido. A princípio, a ideia da estatal era manter a proporção de 1 para 10 – portanto, 10 clientes para cada megabit. A proporção ficou, mas de forma “dinâmica”.
Isso significa que a regra de 1 para 10 valerá para clientes conectados – aceitando, portanto, o argumento dos provedores de que nem todos acessam a internet simultaneamente. Com isso, será possível incluir mais consumidores, até 20, desde que respeitada a regra de que, pelo menos, 10 clientes a cada megabit sejam do PNBL – ou seja, paguem os R$ 35 previstos no plano.
“Há questões que são de mercado e que poderiam inviabilizar o interesse dos provedores pela dificuldade em cobrir os custos, se não da operação em si, mas dos investimentos realizados”, explica o diretor comercial da Telebrás, Caio Bonilha Rodrigues. Mas a Telebrás não informa como será feita a fiscalização e quais serão os critérios para eleger os 10 que irão pagar os R$ 35 definidos pelo PNBL.
A estatal também eliminou a “regra” que obrigava os provedores a comprarem mais link caso ultrapassassem 75% do circuito adquirido. Ou seja, caso um provedor adquirisse link de 100 Mbps, ele precisaria ampliar essa capacidade quando a utilização chegasse a 75 Mbps.
No lugar, a estatal estipulou um compromisso de ampliação de capacidade com base na demanda dos consumidores. Assim, quando houver sinalização dos clientes, inclusive diretamente à Telebrás, de queda na qualidade das conexões, será a senha para que os provedores ampliem a capacidade dos links.
Ainda que sustente a qualidade da experiência dos internautas como fundamental para o PNBL, a Telebrás também se rendeu a outra “realidade de mercado” – a obrigação de que as conexões, na ponta, garantam pelo menos 10% da velocidade contratada. A prática, comum no mercado privado, significa que o compromisso efetivo será com velocidades de 51,2 kbps – 10% dos 512 kbps.
A expectativa, porém, é que esse percentual consiga chegar a 20% - padrão mínimo considerado por entidades como o Comitê Gestor da Internet e o Inmetro. “Gradativamente isso será ampliado, assim como as velocidades. Nosso objetivo é de que elas sejam de 1 Mbps em quatro anos”, diz o diretor comercial da estatal.
Até aqui, mais de 200 provedores de acesso, em 200 cidades, já sinalizaram à Telebrás sobre o interesse de adquirir os links, mantidos em R$ 230 por megabit. Os contratos efetivos ainda dependem da implantação da rede de fibras ópticas, mas já corresponderiam a 30 GB de capacidade.BoasDilma manda teles aumentarem velocidade da banda larga
Da Redação, com informações da Folha de S.Paulo
A presidente Dilma Rousseff alterou o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). Em vez de conexões de até 600 Kbps (kilobits por segundo), ela exige 1 Mbps (megabit por segundo) pelo mesmo preço, R$ 35. Nos estados que concederem isenção de ICMS nos pacotes vinculados ao PNBL, o preço será R$ 29,80.
A nova orientação foi dada ao ministro Paulo Bernardo (Comunicações) na semana passada. Segundo Dilma, o plano original está atrasado em relação ao mundo. Nos EUA, o plano prevê conexões de 100 Mbps. Na Coreia, as velocidades variam de 1 a 2 Gbps (gigabit por segundo), até 20 vezes mais que nos EUA e até 2 mil vezes mais que no Brasil.
Kbps, Mbps e Gbps são unidades de velocidade das conexões e representam a quantidade de informação trafegada por segundo. Com 1 Mbps, por exemplo, é possível baixar um CD com dez faixas de música em oito minutos, metade do tempo caso a conexão fosse de 600 Kbps.
Justamente por isso, Dilma pediu que Bernardo informasse as teles do seguinte recado: “Vamos abolir esse negócio de kilobit, vamos falar em megabit”. Acrescentou que as operadoras terão de se adaptar à sua demanda e investir, em vez de ficar pedindo dinheiro ao governo. Avisadas, as teles já devem começar a negociar o novo PNBL com o governo nesta semana.
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PNBL: plano por R$ 35 não será bem assim
Um dos principais atrativos do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o preço da conexão, não valerá para todos os clientes graças à flexibilização de regras do plano feita pela Telebrás.
Com isso, informa o site Convergência Digital, os R$ 35 cotados para o plano serão restritos.
De acordo com o portal, a ideia inicial da estatal, de manter a proporção de 10 clientes para cada megabit, foi alterada. Agora, a regra vale apenas para os conectados.
Como nem todos acessam a internet simultaneamente, dizem os provedores, a estatal permite até 20 consumidores nos planos.
Os provedores deverão manter pelo menos, 10 clientes a cada megabit no PNBL – ou seja, apenas metade deverá, obrigatoriamente, pagar os R$ 35 previstos no plano do governo.
“Há questões que são de mercado e que poderiam inviabilizar o interesse dos provedores”, justificou o diretor comercial da empresa, Caio Bonilha Rodrigues, ao Convergência Digital.
A Telebrás também cedeu à garantia de banda na ponta. Inicialmente, valerão os mesmos 10% da velocidade contratada em vigor no mercado atualmente.
Uma das expectativas do PNBL era disponibilizar o serviço de 11,9 milhões de domicílios para quase 40 milhões de domicílios até 2014.
O custo da tarifa deve ser de R$ 15, para o plano com incentivos, com velocidade de até 512 kbps (quilobits por segundo) e com limitação de downloads e de R$ 35 para o plano comum, com velocidade entre 512 e 784 kbps.
Atualmente o brasileiro paga em média R$ 50 pela banda larga com velocidade de 256 kbps.
Conforme o Convergência Digital, mais de 200 provedores de acesso, em 200 cidades, já sinalizaram à Telebrás o interesse de adquirir os links, mantidos em R$ 230 por megabit. Os contratos efetivos ainda dependem da implantação da rede.
- Agora pode colocar 20 clientes por mega
Contras
- Mega continua a 230,00
- Preço tabelado de 35 reais, governo ainda deve estar querendo reduzir pela metade.
- SCM ainda a 12 mil reais
Resumo
Pagar pra trabalhar.
Fonte