Com solução baseada em Wi-Fi, provedores poderão construir redes alternativas e oferecer acesso rápido por cerca de 30 reais ao mês.
Uma nova tecnologia de acesso banda larga sem fio chega ao mercado com a proposta de reduzir o preço das conexões e atender usuários que estão em áreas carentes de infraestrutura. É a Wireless Broadband Access (WBA) baseada em Wi-Fi, que foi lançada pela empresa norte-americana Ruckus Wireless e que já está disponível para provedores brasileiros interessados em construir redes alternativas ao DSL, 3G e WiMax.
Segundo a empresa, com a solução WBA é possível oferecer ao usuário final conexões com velocidades de até 300 Mbps a 30 reais por mês. O preço competitivo é em razão de o custo para construção da infraestrutura ser mais baixo que o das redes baseadas em outras tecnologias. Em comparação com WiMax, o investimento chega a ser cinco vezes menos, garante a empresa.
Com esse apelo, Robert Mustarde, vice-presidente mundial de vendas da Ruckus, acredita que a tecnologia WBA é uma alternativa para os países emergentes aumentarem a taxa de penetração da banda larga. Ele observa que os usuários querem acesso internet em qualquer lugar e que há uma demanda reprimida. Em visita ao Brasil, o executivo observou que 3G ainda não cabe no bolso de muitos consumidores.
Internet pré-paga
Andre Queiroz, diretor da Ruckus para América Latina, afirma que com o WBA deverão surgir no Brasil novos provedores de acesso internet sem fio, oferecendo o serviço com novo modelo de negócio. Eles poderão ofertar banda larga no modelo pré-pago, diz o executivo.
Apesar de concorrer com outras tecnologias de acesso banda larga, Queiroz diz que o sistema WBA pode ser usado pelas teles e operadoras de cabo para complementar seus serviços. As operadoras podem usar Wi-Fi para desafogar o tráfego 3G em algumas áreas, afirma.
A tecnologia de acesso banda larga da Ruckus foi lançada no mercado mundial na semana passada. A solução é baseada nos padrões Wi-Fi 802.11g e 802.11n.
Segundo Queiroz, a instalação dos access points WBA não exige freqüência licenciada. A solução pode ser usada em condomínios e para oferecer cobertura em áreas públicas com até 5 milhões de habitantes. Uma região com 15 pontos de acesso tem capacidade para atender até 3 mil residências, completa.
Brasil testa tecnologia de rede Wi-Fi que integra IPTV, voz e dados
Testada por operadoras no País e já vendida no Chile, solução da norte-americana Ruckus Wireless compartilha sinal de IPTV, dados e voz.
Imagine poder compartilhar o sinal da TV paga e mudar o aparelho de lugar em sua casa, assistindo a um vídeo transmitido ao vivo na mesma rede sem fio usada para acesso à internet e telefone por IP.
A solução de IPTV Wi-Fi da norte-americana Ruckus Wireless é realidade no Chile e já foi testada por todas as operadoras brasileiras de telecomunicações e TV por assinatura no Brasil. A expectativa das empresas é alavancar a oferta de pacotes que unem IPTV, dados e voz ("triple play"), informa André Queiroz, diretor da empresa para a América Latina.
No Chile, a Ruckus vem oferecendo, há dois anos, a solução de Wi-Fi para IPTV por meio da operadora Telsur. O pacote, com preço sugerido de 250 dólares, é composto de um rádio que é conectado ao modem e de um adaptador ligado ao set-top box. "Com uma rede de 18 Megabits por segundo é possível assistir a um filme em streaming em alta definição e acessar a internet, sem perda de performance", ressalta.
Para chegar ao consumidor, entretanto, o serviço depende da aprovação do Projeto de Lei 29/2007, que trata da regulação dos serviços de TV por assinatura no Paí, lembra Queiroz. "Os equipamentos já foram homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no ano passado", informa.
Qualidade do Wi-Fi
A grande aposta da Ruckus é a oferta de acesso Wi-Fi a empresas e operadoras, em uma fatia de mercado intermediária entre as empresas Cisco e Aruba - que oferecem soluções de alta capacidade - e as ofertas mais populares das marcas Linksys (Cisco) e D-Link.
Criada em 2004, a Ruckus possui 60 patentes em torno de sua tecnologia BeamFlex, que tem como diferencial o acesso Wi-Fi mais consistente e sem interferências, afirma Queiroz. "É como se as soluções Wi-Fi distribuíssem os dados como uma lâmpada e a nossa como uma lanterna", compara.
A startup sediada em São Francisco, na Califórnia, tem o grupo Sequoia e a Motorola entre seus investidores e já captou 42 milhões de dólares.
No Brasil, a empresa vem atuando desde o início de 2008, por meio de revendas - hoje possui 10 parceiros. Entre seus clientes estão hotéis da rede Accor e a universidade mineira Uniube.
"Muitos hotéis, que recebem executivos com frequência, priorizam a escolha da decoração, mas se esquecem da estrutura da rede Wi-Fi e perdem dinheiro com isso", alerta o executivo.