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  1. #1

    Padrão Torre sem pararraios

    Amigos, já que não sem um sub-forum específico para torres, posto aqui mesmo.
    Estive hoje examinando uma torre de repetidora de TV que está lá faz quase 40 anos.
    Fui lá fazer medições, estudar formas de travamento, etc etc.
    Mas o que me chamou a atenção é que não tem pararraios.
    Mas no pé da torre tem dois cabos bem afixados no corpo do torre, para aterramento. A própria torre funciona como pararraios.
    Alguém usa assim?
    Nestes casos como é feito a fixação dos elementos irradiantes e rádios? Tudo isolado da torre? E como fazer este isolamento?

  2. #2

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Há quem defenda isso, baseado no fato da estrutura da torre ter mais "massa metalica" e portanto ter maior condutividade que um cabo de digamos 10mm. Provavelmente varia conforme a espessura das cantoneiras e ferros usados (Aqui em casa é com ferro de construção 5/16 e cantoneira de 3/4, mas ainda assim tem uns 12x mais massa que unm fio 10mm).

    Eu isolaria as antenas, pro GND dela não ir ligado ao GND dos cartões (E das RB's), mas na verdade devia ter outro aterramento pro GND dos equipamentos. Pretendo fazer isso. Nossa torre central está com uns metros de cabo de aço enterrado, ligado ao pé da torre, um aterramento ridículo que alguem fez, mas sem aterramento pros equipamentos, já queimou cartão e RB em chuva.

    Ah, pra torre toda conduzir não deveria haver tinta entre todos os módulos, e pra raio não acertar antena o jeito seria colocar um captador no mínimo 2m acima da antena (É uma relação altura x distancia entre antena e torre, se não me engano 3x, então se tem Pluton 32dB o captador do para-raio teria que ficar 3m acima da antena, no mínimo (Caso a antena fique no topo, claro)).

    É assunto polêmico, já já alguem dá 1 ou 2 motivos pra colocar cabo específico pro aterramento (Tipo não precisar isolar as antenas, não correr o risco de faiscar entre os modulos da antena, etc), a meu ver é questão de "O que dá mais trabalho pra manutenção preventiva" e "O que dá mais trabalho pra montagem e reparo em caso de raio direto".
    Última edição por rubem; 29-07-2010 às 02:06.

  3. #3

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Citação Postado originalmente por 1929 Ver Post
    Amigos, já que não sem um sub-forum específico para torres, posto aqui mesmo.
    Estive hoje examinando uma torre de repetidora de TV que está lá faz quase 40 anos.
    Fui lá fazer medições, estudar formas de travamento, etc etc.
    Mas o que me chamou a atenção é que não tem pararraios.
    Mas no pé da torre tem dois cabos bem afixados no corpo do torre, para aterramento. A própria torre funciona como pararraios.
    Alguém usa assim?
    Nestes casos como é feito a fixação dos elementos irradiantes e rádios? Tudo isolado da torre? E como fazer este isolamento?
    Aqui vejo muitas torres nesse esquema mas com para-raios, ou seja, o corpo da torre atua como se fosse um cabo de descida. Creio que funcione pois tem muitas torres dessa forma e algumas ja chegam aos 10 anos de idade.

  4. #4

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    super moderador heim... ta podendo mano...

  5. #5

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    eu sempre tive a seguinte informação, raio nao escolhe lugar pra cair... mas quando vc coloca um para-raios automaticamente vc esta criando um alvo para o raio descer, feito isso vc tem que ter certeza que seu aterramento esta em perfeito estado, com a resistencia correta, medido por profissionais da área e te digo que nao eh facil fazer hein... eu tenho uma torre de 42mts em um morro de 80 mts, faz uns 5 anos ja e apenas dois raios cairam na torre ate hj, isso pq a tempestade de Janeiro passou bem em cima das torres... se tem para-raios ele vem mesmo, se tem para-raios, faça uma otima malha de aterramento, se nao seus prejuizos vao ser muito maiores do que se vc nao tivesse o dito cujo...

  6. #6

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Como eu disse no início, esta torre tem cerca de 40 anos. Ela deve atuar como pararraios, pois senão já tinha dado problemas.
    sim , ela tem uma malha semelhante aquelas que fazem o negativo na carroceria dos automóveis. É uma cinta de malha, na verdade são duas cintas destas que ligam a torre a algo enterrado que faz o aterramento. Não sei de é vara de cobre ou outro meio.
    Mas na ponta dela não tem o captor franklin, que tanto usamos.
    Mas fico imaginando como fazer uma boa fixação dos elementos irradiantes na torre e ao mesmo tempo manter uma isolação deles do aço da torre. É isso que me chamou mais a atenção, não ao fato em si da torre agir como pararraios.

  7. #7
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    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Senhores,
    Pára-raios não protegem equipamentos eletrônicos. A NBR 5419 (Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas) é clara ao dizer:

    "Esta Norma fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas (definidas em 1.2), bem como de pessoas e instalações no seu aspecto físico dentro do volume protegido."

    "Esta Norma não contempla a proteção de equipamentos elétricos e eletrônicos contra interferências eletromagnéticas causadas pelas descargas atmosféricas."

    http://www.crea-mt.org.br/normas/NBR%205419.pdf

    Então, não esperem que os pára-raios protejam seus equipamentos.

    Sds,
    Última edição por motacosta; 10-08-2010 às 16:31.

  8. #8

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Citação Postado originalmente por motacosta Ver Post
    Senhores,
    Pára-raios não protegem equipamentos eletrônicos. A NBR 5419 (Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas) é clara ao dizer:

    "Esta Norma fixa as condições exigíveis ao projeto, instalação e manutenção de sistemas de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) de estruturas (definidas em 1.2), bem como de pessoas e instalações no seu aspecto físico dentro do volume protegido."

    "Esta Norma não contempla a proteção de equipamentos elétricos e eletrônicos contra interferências eletromagnéticas causadas pelas descargas atmosféricas."

    http://www.crea-mt.org.br/normas/NBR%205419.pdf

    Então, não esperem que os pára-raios protejam seus equipamentos.

    Sds,
    O que vc aconselha para a proteção dos equipamentos?
    Abraço

  9. #9
    engenheiro eletricista
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    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Às vezes é melhor ter outro equipamento de reserva do que investir em proteção. Tudo depende do que você tá querendo proteger. As vezes os custos de proteção não compensam. É um tema complexo, mas em linhas gerais, para proteção de equipamentos eletrônicos utiliza-se a abordagem da blindagem eletromagnética. (como em uma gaiola de faraday). Nessa abordagem, o aterramento, ao contrário do que muitos pensam, tem papel secundário ou papel nenhum na proteção. Aterramento não é ator principal nesse filme. A norma IEC 62305-4 ( Proteção de sistemas elétricos e eletrônicos no interior das edificações) trata disso. Dá uma olhada nela por aí. Não sou especialista no assunto, mas é um tema interessante.


    Abs,


    Citação Postado originalmente por Arcanjo_tc Ver Post
    O que vc aconselha para a proteção dos equipamentos?
    Abraço
    Última edição por motacosta; 10-08-2010 às 17:04.

  10. #10

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Creio que essa é a intenção ao indicarmos 2 aterramentos: Uma com malha para o para-raio, e outro menor para os equipamentos.

    Por que um aterramento para os equipamentos? Porque os cabos atuam como bobinas se carregando eletricamente quando uma alta tensão de corrente razoavel passa proxima (Descarga atmosférica), ou seja, mesmo que o equipamento esteja com o GND desacoplado da estrutura metálica da torre, os cabos podem atuar como bobinas carregadas com alguma tensão potencialmente perigosa. Havendo aterramento entre o GND dos equipamentos e outro terra, a prática diz que os índices de equipamentos pifados é menor, apesar de haver uma DDP maior entre os dois GND's.

    A alta tensão que os cartões se referem suportar creio que não se trata de descarga direta, e sim por essa tensão circulando entre a carcaça dos cartões (Gaiola de Faraday), porque se houver 10KV entre o GND e o polo central de um XR2, vai estourar a ponto de sobrar quase nada, até porque isso significaria um raio no dipolo desencapado de uma antena, situação praticamente impossível. Já se houver circulando entre a carcaça dele os ditos 14KV, ele suportará (Gaiola de Faraday...). Seriam 14KV com relação ao terra (Mesmo havendo aterramento os μS que leva para o raio circular entre o captor e a malha são suficientes pra queimar muito cartão...), e não 14KV do GND com relação ao polo central da antena (Caso fosse dipolo ou omni).

    Creio que antenas com curto na emissão, tipo quadra-cubica, e setoriais diversas, podem ser um motivo da queima ou não de muitos cartões brasil a fora, geralmente quem perde um cartão em tempestade perde muitos, talvez por ser local de mais descargas, ou por usar antena que necessitaRIAM centelhamento a gas entre os terminais (os que centelham produzindo um curto fase-terra).

  11. #11

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    essa malha seria varias barras de cobre enterradas todas ligadas?

    no caso seria uma para-raio para o aterramento da torre e equipamentos e outra para o para-raio com fio descendo isolado da torre? sem que as duas malhas facassem separadas?

  12. #12

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    2 aterramentos separados é meio complicado de fazer se não tiver espaço no solo, porque por "malha" chamamos o agrupamento de varias astes, e se elas estiverem proximas deixam de serem isoladas, e viram uma única malha, ao invez de 2 (O que é um problema menor do que GND de aparelhos e torres unidos). Como os tipos de solo e variações diversas são muitas, não dá pra dizer quantas astes usas, mas são muitas, aqui o solo é mais seco, arenoso, e pra não ser necessario tratamento com gel e cia, o jeito é colocar 12 a 15 astes de 2,4m pro terrometro apontar algo satisfatório pra torre de 30m. Pra ter uma idéia...


    Só agora que acordei que o títula é "torre sem para-raio", que na verdade quer dizer: Torre sem captador de franklin. As construções que tem um cabo de aço circundando tudo, tem isso pra proteção de raios, e é tão eficiente quanto captador de franklin no alto. Só que: Essa malha envolvendo tudo fica realmente em volta de tudo (Predio, torre, telhado), então pra torre teria que ter isso na beirada das antenas, o que não seria facil, diria quase impossivel devido a fragilidade dos refletores de fibra e tal. Teria que fazer um quadro metalico pra ficar ao redor, o que sairia beeem mais caro que 3 ou 4 captores de franklin apontados pros lados, se não houver como colocar um em cima (Lembrando o angulo de proteção de uns 40-60º do captor, ou seja, se as antenas ficarem a digamos 50cm pra forra da torre, a area toda seria de uns 1,3-1,4m, então o captor teria que ficar uns 2,5m acima dessas antenas, se é pra ficar na faixa de proteção de 90%...

    Um jeito "caseiro" de comparar resistividade e condutividade do solo seria aquele sistema de mandar som por astes no solo (2 astes, 2,4m a digamos 3m uma da outra, uma no gnd e outra no polo de um amplificador duns 20W RMS, manda som pra outra instalação similar até uns 100m de distancia, saindo dos estaios e indo pra um pre-amp de alta impedancia), mas teria que ter um local de referencia, um local pra 'calibrar' a medido, um local onde saiba quantas astes de que tamanho e distanciamento apontaram valor x ou y no terrometro, e isso é quase impossivel, mais facil emprestar terrometro de alguem.


    Outa vantagem de ter a torre como condutor entre captor e solo é poder fazer um circulo de astes ao redor dela e colocar cabos mais finos entre a torre e cada aste. Se o cabo vier isolador desde o alto, deve ser de 30mm se não me engano, e debaixo da terra continuar com 30mm, mas se sai da torre e segue apenas digamos 3m até a aste, pode ter só 20mm.


    Só não recomendo colocar captores perto dos estatios, já pensou um raio torrando um estáio? (Eles tem potencial pra isso) Raio vem em tempestade com vento, aí tá lá a maior ventania, e um estáio arrebentado, o jeito é correr pra longe ;-)




    ==================
    edit:
    O que falo da distancia do captor pra baixo é mais ou menos isso:
    http://www.canarana.info/cm/torre.gif
    (Paint sux, eu sei...)
    A "area protegida" fica abaixo, então usar a torre como captor, mas colocar antena sobre a torre, o captor será a antena... e antena setorial de 20dB de R$ 1200 acertada em cheio por um raio não fica inteira/utilizavel não!
    Última edição por rubem; 10-08-2010 às 22:20.

  13. #13

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Rubens, a torre que vi sem o captor e cabo de cobre de descida é exatamente o que está no primeiro desenho.
    As antenas estão abaixo do topo da torre. E na base tem uma malha grossa fixada na ferragem da torre e entra chão adentro até as hastes.
    Mas a dúvida é: como fixar os componentes na torre sem ter contato com ela, já que ela é o prarrraios?
    Qualquer suporte precisaria de um bom isolamento para evitar contato elétrico. Que material usar para esta fixação? Deu vontade de subir nesta torre e ver de perto, mas fiquei receoso que alguém visse e pensasse em vandalismo ou roubo e isso poderia me enrolar. hehehehe!!!!

    Uma solução assim eliminaria uma das grandes preocupações que é o roubo do cabo de cobre que desce do captor. Vale uma boa grana.

  14. #14

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Proxima torre vou usar as panelinhas biquad de 12dB, como uso mastro de 3/4 vou procurar algumas buchas de amortecedor ( Tipo isso: http://www.ipab.com.br/fotos/02858.jpg ), colocar uma fita de lata ao redor (Pra ficar tipo abraçadeira com parafuso) e então prender as setoriais normalmente nessa fita metalica (Cuja função é distribuir melhor o aperto do ferro fino (5/16) do U das antenas.

    Se não achar bucha tão grande vou fazer de pneu, só não sei se a grande quantidade de metal moido nos pneus seria um perigo ou não, mas pelo que vejo (E já usamos) sistemas de cerca eletrica (Não residencial, falo de aparelhos de 20 joules (Residencial tem 0,1 a 0,5J)), só há problema quando a borracha é muito fina, e por muito fina entenda-se menos de 0,5cm pra cercas de 10J, e menos de 1cm pra cerca de 20J, então em tese uns 2cm protegem de um belo raio, que apesar de tensão alta não tem tempo suficiente pra perfurar a borracha (Coisa que os eletrificadores conseguem porque disparam ums 3000 vezes por hora, agua mole em pedra dura...). Só não seria bom deixar o metal a antena com "vista" para o metal da torre, teria que ter uma rebarba tal qual a bucha da foto acima (Ou pintar aquela parte da torre com tinta epoxi ou poliuretano (PU, de chassi (Longarina) de veiculos de carga mais velhos). Se levar pelo lado da proteção a faiscamento, teria que colocar a antena com isoladores de mica, os usados em linhas de anta tensão, setoriais pesadas são um problema mas se for de 14dB acho que os isoladores mais em conta aguentam (O vento, chacoalha até que uma folga de 0,5mm se transforma num trincado no isolador)

    Ou, como pretendo usar só biquad no futuro , vou isolar o biquad e o gnd do cabo dentro da antena, mas isso iria contra a homologação da antena pois modificaria ela...
    É possível fazer o corpo da antena todo em plastico, as offset da Zirok tem muito plastico e aguenta sol e chuva sem rachar, a ponta fica isolada, só restaria fazer a conta pra saber se isolar um mastro no alto da torre e puxar um cabo de 35mm dele não sai mais barato que isolar 3 a 6 antenas pesadas.

    Ou como alguem já disse, põe tudo aterrado junto, e põe o dinheiro desses isoladores e captor num CDB, quando algum raio cair e queimar uns cartões você resgata o fundo e comprar cartões novos (Provavelmente vai dar pra comprar só cartões postais...).

  15. #15

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Citação Postado originalmente por rubem Ver Post
    Proxima torre vou usar as panelinhas biquad de 12dB, como uso mastro de 3/4 vou procurar algumas buchas de amortecedor ( Tipo isso: http://www.ipab.com.br/fotos/02858.jpg ), colocar uma fita de lata ao redor (Pra ficar tipo abraçadeira com parafuso) e então prender as setoriais normalmente nessa fita metalica (Cuja função é distribuir melhor o aperto do ferro fino (5/16) do U das antenas.

    Se não achar bucha tão grande vou fazer de pneu, só não sei se a grande quantidade de metal moido nos pneus seria um perigo ou não, mas pelo que vejo (E já usamos) sistemas de cerca eletrica (Não residencial, falo de aparelhos de 20 joules (Residencial tem 0,1 a 0,5J)), só há problema quando a borracha é muito fina, e por muito fina entenda-se menos de 0,5cm pra cercas de 10J, e menos de 1cm pra cerca de 20J, então em tese uns 2cm protegem de um belo raio, que apesar de tensão alta não tem tempo suficiente pra perfurar a borracha (Coisa que os eletrificadores conseguem porque disparam ums 3000 vezes por hora, agua mole em pedra dura...). Só não seria bom deixar o metal a antena com "vista" para o metal da torre, teria que ter uma rebarba tal qual a bucha da foto acima (Ou pintar aquela parte da torre com tinta epoxi ou poliuretano (PU, de chassi (Longarina) de veiculos de carga mais velhos). Se levar pelo lado da proteção a faiscamento, teria que colocar a antena com isoladores de mica, os usados em linhas de anta tensão, setoriais pesadas são um problema mas se for de 14dB acho que os isoladores mais em conta aguentam (O vento, chacoalha até que uma folga de 0,5mm se transforma num trincado no isolador)

    Ou, como pretendo usar só biquad no futuro , vou isolar o biquad e o gnd do cabo dentro da antena, mas isso iria contra a homologação da antena pois modificaria ela...
    É possível fazer o corpo da antena todo em plastico, as offset da Zirok tem muito plastico e aguenta sol e chuva sem rachar, a ponta fica isolada, só restaria fazer a conta pra saber se isolar um mastro no alto da torre e puxar um cabo de 35mm dele não sai mais barato que isolar 3 a 6 antenas pesadas.

    Ou como alguem já disse, põe tudo aterrado junto, e põe o dinheiro desses isoladores e captor num CDB, quando algum raio cair e queimar uns cartões você resgata o fundo e comprar cartões novos (Provavelmente vai dar pra comprar só cartões postais...).
    Esta idéia da bucha é muito boa.
    As antenas setoriais da TSM são extremamente leves e não devem causar problemas de oscilação.
    Hoje, conversando com um amigo que tem rádio AM a muitos anos, eu perguntei para ele sobre torres serem o próprio pararraios. Ele me disse que não há problema. Funciona tranquilo.
    Agora, juntando esta sua idéia da bucha já dá para fazer um raciocínio prático do sistema de fixação.
    Uma coisa que ele me disse: nunca fixe o cabo de descida por fora da torre. Como a torre estará aterrada, ela funcionará como uma gaiola de Faraday. Então, coloca tudo, que puder por dentro da torre. Caixa hermética e a descida do cabo de rede. Assim, indução no cabo ou cartões não serão sentidas. Só fica a antena de fora da gaiola.
    Mas se fizer uma estrutura simples de ferro redondo 1/4 que fique por fora da antena e fixada na torre, a própria antena ficaria dentro da gaiola de faraday. No entanto esta estrutura não pode ser muito fechada ou muito aberta, para não coincidir com os multiplos de comprimento de onda da frequência, para não bloquear o sinal da antena.
    Alguém já pensou nisso ou concorda com esta idéia dele?

  16. #16
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    Padrão Re: Torre sem pararraios

    1929, tem sentindo sim, em parte. O efeito da gaiola de Faraday não é pelo fato de está aterrado, e sim de está formando uma gaiola mesmo na parte interna da Torre. Exemplo é um avião, que apesar de não estar aterrado (seria um pouco complicado aterrar um avião em vôo - ) forma uma gaiola de Faraday e tem sua eletrônica protegida mesmo depois de atingido por um raio. Porém não adianta proteger os cabos de descida numa gaiola se não proteger todo o circuito desde o rádio (caixa hermética), cabo de RF e a descida do cabo utp. Trocando em miúdios, para uma proteção decente você deve blindar tudo dentro de uma gaiola de Faraday e qualquer saída pro "mundo externo" dessa gaiola deve ser dotada de protetores de surto (tipo Clamper). É por ali que entra a indução de um raio. Se não proteger fim-a-fim, nada adianta. Qualquer descontinuidade nessa Gaiola, é um ponto de entrada de indução. Você vai ter uma proteção psicológica se não fizer a proteção fim-a-fim. Mais uma vez, pára-raios e NBR5419 não protegem equipamentos eletrônicos de raios e sim protegem as estruturas e as pessoas de danos físicos (incêndio, destruição, etc....).

    A antena não precisa está protegida dentro da gaiola. Nesse contexto que expliquei acima, a antena está (e deve estar) fora da gaiola. Com isso, na descida do cabo de RF (entrada da sua gaiola que você criou) deve ter um protetor de surto.

    Resumo de como ficaria tudo:

    Antena -> cabo de RF -> protetor de surto -> Aqui começa sua gaiola. Blinde a caixa hermética com folhas de cobre (ou use uma caixa metálica) -> o cabo de descida UTP deve estar contido dentro de uma blindagem (tipo um cano de 1/4) de ferro que deve está completamente em contato com a blindagem da caixa hermética (de preferência estanhado, não pode haver descontinuidade). Desça com essa blindagem até o equipamento de Rede. Se esse equipamento estiver dentro de um rack fechado metálico, melhor ainda. Da mesma maneira que a caixa hermética o cano de descida deve fazer contato pleno com o rack fechado. Assim você vai ter uma gaiola fim-a-fim e na saida do mundo "externo" dessa gaiola, vai ter protetores de surto.

    Em 2008 fiz um curso com o Sr Panicali (http://www.target.com.br/portal_new/...enteCodigo=100) , que é autoridade máxima nesse assunto no país e essa é a filosofia que realmente protege equipamentos contra descargas atmosféricas.

    Isso tudo que eu falei pode ter um custo elevado e depende do que você quer proteger. Pode não compensar, uma vez que existe uma boa probabilidade de nunca não cair um raio na sua instalação.

    Não sei se fui claro nas idéias, mas espero ajudar.

    Abç

    Citação Postado originalmente por 1929 Ver Post
    Esta idéia da bucha é muito boa.
    As antenas setoriais da TSM são extremamente leves e não devem causar problemas de oscilação.
    Hoje, conversando com um amigo que tem rádio AM a muitos anos, eu perguntei para ele sobre torres serem o próprio pararraios. Ele me disse que não há problema. Funciona tranquilo.
    Agora, juntando esta sua idéia da bucha já dá para fazer um raciocínio prático do sistema de fixação.
    Uma coisa que ele me disse: nunca fixe o cabo de descida por fora da torre. Como a torre estará aterrada, ela funcionará como uma gaiola de Faraday. Então, coloca tudo, que puder por dentro da torre. Caixa hermética e a descida do cabo de rede. Assim, indução no cabo ou cartões não serão sentidas. Só fica a antena de fora da gaiola.
    Mas se fizer uma estrutura simples de ferro redondo 1/4 que fique por fora da antena e fixada na torre, a própria antena ficaria dentro da gaiola de faraday. No entanto esta estrutura não pode ser muito fechada ou muito aberta, para não coincidir com os multiplos de comprimento de onda da frequência, para não bloquear o sinal da antena.
    Alguém já pensou nisso ou concorda com esta idéia dele?
    Última edição por motacosta; 14-08-2010 às 11:36.

  17. #17

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Realmente, a função de para-raios é fazer o raio cair no para-raios pra não cair no que ele está protegendo. Mas a frase não pode ser resumida em "A função é fazer o raio cair". É "para o caso de cair" (Ou subir)

    Por isso insisto na necessidade de isolar o GND das antenas, ainda que o ddp entre os gnd das antenas/equipamentos e o ferro da antena não seja grande, a terra promove um resistencia, em locais que o terreno favorece ela é menor, é menor na hora de conduzir surtos do para-raios para o gnd dos equipamentos, mas também é menor na hora de dissipar a descarga atmosférica, é um divisor resistivo... algo passa, mas é só "algo" e não "tudo".

    Quanto ao principio das pontas, geralmente é explicado nos mesmos princípios da ionização por HV, descrevendo massas de terra com maior ou menor carga, e de ambas das polarizações. Não sei se a prática diz que ambos os casos são iguais como são em teoria, mas tenho a impressão que não. Digo, pra ionização tem que haver um ddp muito grande e pontas, já raios... não precisam de pontas, em HV em geral há a opção pelo menos trajeto, mas não necessariamente pontas. O efeito visual é mais visivel (Se fosse audivel...) quando há pontas porque os eletrons se aglomeram numa area menor, e sem pontas eles se espalham numa grande area, as vezes dissipando uma grande parte no ar.
    (Parecido com a descarga estática do nosso corpo pelos pelos do braço, e a descarga pela ponta do dedo com faísca e estalo antes de encostar em maçaneta)

    Agora, se por isso, é correto ou não deduzir que, não havendo pontas não haveriam raios, não sei, mas acho incorreto, ou anti-prático, porque pontas existem em arvores e construções, a propria torre tem cantos e não é tão grande. Inclusive sempre lí sobre os protetores por ionização que não tem pontas, e sim uma cupula tipo um guarda-chuvas, aí já não conheço a proteção efetiva, mas a "falta" de pontas creio que não é um problema.

  18. #18

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Também não disse que você disse... que era pro Kiko falar pra Dona Florinda que o Seu Madruga mandou o Kiko falar pra Dona Florinda que...

    Bom, em tese, pro equipamento ter fuga substancial pro ar a ponto de ser danificado, ele teria que ter uma bela area exposta, acho que uma area maior que as setoriais tem (Area de contato direto com o ar, sem plastico na frente). Eu me preocupo mais com os escape de alta tensão atraves dos centelhadores do que com esse escape terra-ar atraves dos equipamentos, e também vejo risco no primeiro caso que citei: Os cabos, e lóbulos de antenas, se comportarem como indutores, de modo que apesar de uma antena e um radio estarem com o GND comum a ferragem da torre, ainda assim haja alta tensão na via central do cabo (Os cartões com a saída em curto me dizem que isso ocorre, eu mesmo quase só tenho cartões pifados com curto na saída, e provindos de torre com aterramento meio boca e sem antenas isoladas).

    Outra coisa que me diz que os cabos se comportam como bobinas/indutores perigosos é o imenso numero de placas de rede/hubs/switches/routers/ap's com o trafo-driver aberto (Porta lan queimada). Os CPE's tipo NanoSation/Bullet sofrem muito com isso por ficarem do lado de fora com um cabo torcido (Uma espira (Volta) é suficiente pra se carregar com muita tensão quando um campo eletromagnético potente passa por perto (Tipo os que acompanham raios))). Num cabo RGC ou LMR, mesmo em pigtail de 1m, mesmo que haja "curto" na antena, esse 1m representa um possível indutor, de que valor não sei, mas como existem cartões queimados nesse uso, é de valor suficiente pra "captar" varios KV que serão jogados no cartão, digo "varios KV" porque são cartões que dizem suportar "alguns KV".

    Pensando bem, nesse caso do cabo virar indutor perigoso mediante um campo tão poderoso por perto, não adianta aterrar equipamento mesmo, precisaria ter o radio o mais proximo possivel da antena, e uma antena com elemento irradiante pequeno pra este também não se comportar como indutor (A antena é o "elemento irradiante" nos livros, na prática temos o elemento irradiante e o refletor ou guia-ondas).


    Quanto a torre bloquear a emissão se não calcular as dimensões de uma gaiola ao redor, essa filosofia poderia ser usada pra bloquear interferencias em digamos 900MHz, ou em 2472MHz (Frequencial default dos ap's domesticos, um canal a ser evitado a meu ver), ok, bloquear o canal 11 é suicídio porque a reflexão tem banda muito mais larga que uns 200MHz, imagina só bloquear uns 20MHz num nível (dB) consideravel. Mas enfim, acho que só há problema com o casamento coincidentemente exato da frequencia com a distancia dos paineis para com a torre, o casamento com objetos na lateral ou frente das antenas que eu saiba não é um grande problema se não ficar nuns 12, 24, 36, 48cm, etc, confere? A vantagem é que com frequencia alta é só mecher 2cm nas distancias que tudo se ajeita, e ajuste de 2cm não é difícil numa gaiola ou suporte de antena.



    ===========================
    Edit:
    Estou chegando a conclusão que entramos numa sinuca de bico: Se aterrar tudo junto atrais mais descarga que devia. Se aterrar equip. e para-raio separado ainda há a queima por estática ou descargas não visíveis. E se não aterrar nada, corre-se o risco do DDP recair sobre o que estiver aterrado ou ligado ao neutro, que seria o roteador, ou algum switch no caminho do cabo de rede...

    A solução totalmente efetiva provavelmente seria não aterrar a torre nem equipamentos, mas construir uma torre suficientemente distante e suficientemente alta com para-raios. Por exemplo, se a torre tem 40m, precisa fazer uma torre com para-raios de 90m de altura a uns 50m de distancia...
    Última edição por rubem; 14-08-2010 às 22:24.

  19. #19
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    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Aldo, o lance é estatístico mesmo e depende do custo do que se quer protejer. Uma coisa é proteger o enlace que atende seu Zé das Cocadas. Outra coisa é proteger a automação do Operador Nacional do Sistema Elétrico, que pode apagar o país. Ninguém paga 100 mil reais num seguro de um Fusca. Proteção dos equipamentos eletrônicos de transientes eletromagnéticos segue essa filosofia. Sobre a gaiola de faraday, sim, mesmo usando a gaiola essa não bloqueia 100%, mas pode bloquear 99,99999%. Não esqueca que atenuar 50 dB são 100000 vezes menor. Num transiente típico de 5 kA, equipamentos passam ilesos. Não existe proteção 100% eficiente em 100% do tempo. Veja um estudo sobre raios na amazônia. A grande maioria das descargas são da casa de 5 kA: http://www.labplan.ufsc.br/congresso...E2010-0177.PDF

    No site do Rindat tem outras informações legais, inclusive monitoramento on-line de raios no Brasil. Pena não ser pro território nacional full.

    http://www.rindat.com.br/

    ATERRAMENTO POR SI SÓ NÃO SALVA EQUIPAMENTOS DE SURTOS ELETROMAGNÉTICOS.

    Abç

    Citação Postado originalmente por JorgeAldo Ver Post
    Quanto aos protetores de surto e gaiola de faraday...

    Creio que isso so vale realmente a pena se estivermos falando de um Wavion 2400 (Alias, como proteger um treco desses ???)

    Aqui no nordeste na epoca de chuva é raio pra cacete...

    Eu antes ficava morrendo de medo. Agora já perdemos dezenas de rádios em dias de tempestade.

    Cheguei a conclusão que é mais prático e barato simplesmente deixar os rádios queimarem e troca-los.

    Lógico que devemos ter para-raios para proteger a estrutura, mas a proteção dos rádios nos deixamos de lado. Deixa o rádio queimar, troca e pronto.

    Quanto à gaiola de faraday. O principio de funcionamento dela diz que as correntes existirão na sua superfície exterior, mas, o pulso eletromagnético atravesa-la-á (sendo atenuado). Ou seja, ela bloqueia, mas não 100%

    Para ter um efeito grande você teria que ter várias gaiolas uma dentro da outra, de forma a que cada uma fosse subraindo DBs do pulso eletromagnético resultante do raio, certo ?

    No fim das contas o que vemos é que o lance é estatístico. Você coloca proteções, não pq vão funcionar 100% do tempo, mas por que elas vão te dar uma diminuição na proporção de equipamentos danificados, certo ?
    Última edição por motacosta; 15-08-2010 às 00:35.

  20. #20

    Padrão Re: Torre sem pararraios

    Concordo totalmente que o maior problema é descarga indireta, "estática". Raio direto acho que tem poucas chances de acontecer (Varia conforme o local, aqui acho que as chances são de 1 raio a cada 3 anos em cada torre, estimo isso porque nas diversas torres (Teve muita telefonia rural antes dos celulares, trabalhei com isso também) costumam ficar uns 3 anos sem raios).

    Na minha adolescencia queimei umas 8 vezes radios AM em uns 2 anos de tempestades, aquelas "queimadas" que significam estourar transistor, ou algum circuito integrado rachado. Quando fiz antena quadra cubica, com aterramento (A antena fica com resistencia bem baixa com relação ao terra), não queimou mais nada em radio, por um periodo até maior (Uns 3 anos, mesmos radios). Não sei se posso aplicar essa experiencia as radios nas antenas. Mas... sempre coloquei antena dentro de casa, debaixo do telhado, e nunca teve raio numa distancia menor que uns 300m...

    Em fazenda já ví radio AM queimando com raio a 400m, e era aparelho apenas com a antena telescopica original de uns 60-80cm. Até raio a 2 ou 3Km, mas que percorreu alguma cerca, já ví causar um bom dano (Em parabolica, que tem uma massa de ferro externa sem aterramento).

    Nesses casos específicos, pra quem perdia muito radio assim, era só aterrar e pronto.

    Torre tem esse fator de ser a 'ponta' da ionização. Mas mesmo tendo terra virtual, que no fim tem, o DDP entre o GND e o neutro da rede AC pode ser só -12V, mas entre o neutro da rede AC e o terra debaixo da torre pode ser bem diferente (O que lembro de ver na prática foi maximo de 50V, COM CARGA). A transferencia ar>torre, se ela não tiver aterramento, poderá carregar ela de modo que numa inversão de polarização a torre fique com DDP altissimo com relação ao ar (Ou alguma nuvem passeando perto), ou seja, mesmo sem aterramento pode haver descarga na torre letal pros equipamentos.


    Ah, uma coisa que notei a pouco: Lembro de varias torres de operadoras de telefonia, aquelas torres desde antes das privatizações ou novas, tem aterramento bom, com captor de franklin no alto, e a fiação telefonica fica com terra virtual, tem raios proximos a ela que pifam aparelhos telefonicos aos montes, mas não pifam os equipamento na central de telefonia. Não são protetores de surto comuns, do que "abrem", se é que tem algum centelhamento, mas creio que são divisores ou protetores passivos, deve ter proteção similar ao custo de alguns dB pra colocar na saída dos cartões e portas lan.