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  1. #1

    Padrão Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    As antenas wireless e radiocomunicação são 50ohms e as das tvs são 75ohms

  2. #2

    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms


  3. #3

    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Se for uma pergunta, é porque são impedâncias diferentes.

    As antenas de TV são pela sua estrutura , como por exemplo uma Yagi, com 75ohms de impedancia. As TV são projetadas para ter também esta impedância. Deste modo, como o casamento da impedância não ocorrem perdas significativas entre elas.

    Mas na impede que uma antena de TV por construção tenha uma impedância de 50ohms. Daí há necessidade de "casar" esta impedência com a da TV e com aquele fio chato e paralelo que havia antigamente para uso em TV. que são também de 300ohms.

    Há também cabos coaxiais de 50 e de 75ohms.

    A impedância é em virtude da forma construtiva da antena. Nada impede que uma antena de wireless tenha 75ohms. Mas que benefício teria, já que as entradas dos rádios são em 50ohms?
    Uma antena dipolo por exemplo é 75ohms. Mas um dipolo dobrado é 300ohms. As Tvs tinham duas entradas uma para 300 e outra para 75.
    Uma antena dipolo poderia ter na saída um balum para transforma-la em 75 ou em 50 dependendo do projeto.

    Em recepção não é coisa tão crítica.

    Já em transmissão como é o caso do wireless isto já se torna problemático quando não há este casamento. Mas hoje em dia quando quase não se usa mais cabo coaxial para alimentar, quase tudo é integrado ou com saída para pig tail, este detalhe dos 50 ou 75 passa batido...

    Já se foi o tempo em que o @GilvanEnriconi preconizava ajustes no acoplamento da antena com os rádios. Tinha suas razões, outros não aceitavam...

    Naquela época ainda era pouco usado as CPEs.

  4. #4
    Avatar de Nilton Nakao
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    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Pela minha experiência de campo tanto faz se o cabo é de 22, 50, 75 ou 300 ohm, mas o cálculo dos dipolos ou monopolos mudam consideravelmente principalmente em se tratando de multiplos irradiantes que levam em conta a característica do cabo, frequência e potência do transmissor.
    No resultado final, pouco muda para o objetivo desejado que é conseguir a recepção ou transmissão de uma determinada faixa de frequência. Atualmente na saída do transmissor( conector) são desbalanceados ou têm uma boa tolerância em relação aos transmissores antigos em que precisava ajustar máxima potencia de saída, minimo de ROE e mínimo de consumo. Caso não estivesse todo o conjunto alinhado, queimava o transmissor.
    Os transmissores de TV, atualmente são todos em 50 ohm a exceção dos valvulados em raros casos.

  5. #5
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    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Citação Postado originalmente por Nilton Nakao Ver Post
    Pela minha experiência de campo tanto faz se o cabo é de 22, 50, 75 ou 300 ohm, mas o cálculo dos dipolos ou monopolos mudam consideravelmente principalmente em se tratando de multiplos irradiantes que levam em conta a característica do cabo, frequência e potência do transmissor.
    No resultado final, pouco muda para o objetivo desejado que é conseguir a recepção ou transmissão de uma determinada faixa de frequência. Atualmente na saída do transmissor( conector) são desbalanceados ou têm uma boa tolerância em relação aos transmissores antigos em que precisava ajustar máxima potencia de saída, minimo de ROE e mínimo de consumo. Caso não estivesse todo o conjunto alinhado, queimava o transmissor.
    Os transmissores de TV, atualmente são todos em 50 ohm a exceção dos valvulados em raros casos.
    É serio isto que você ta falando ?????

  6. #6
    Avatar de Nilton Nakao
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    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Bruno, brinca com eletronica desde 1976, a partir de 1979 já era com remuneração e de 1985 a 1999 com transmissores de HF, VHF, UHF, SHF em indústria. Era técnico de laboratório e de campo e as antenas e os cabos conforme a potência têm suas especificações diferenciadas; é como um consumidor de energia ou água, que de acordo com o consumo previsto os medidores e o condutor mudam e acontece com tarifas( normalmente mais baratas). Um provedor daqui me relatou que está pagando X valor, mas sua unidade consumidora é residencial e monofásica, já pagando na sobretarifa. Muitos provedores ou consumidores erram nisso, por que a maioria não quer declarar a potência instalada.

  7. #7

    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Eu ainda tô tentando entender esse tópico.

    Lembro que quando se falava em diferença entre 50ohms e 75ohms o maior interesse é devido aos cabos RGE6 serem muiti mais baratos que os RG58. Fala-se em ROE (SWR) além de as perdas em comprimento, em cabos de 75ohms serem menores que em 50ohms.

    Sempre foi um assunto meio etéreo para mim e sou sincero em dizer que nunca entendi direito o assunto. Quando ouço "ohms" só consigo pensar em resistividade elétrica, elétrons, amperagem...
    Já fiz leitura de quase todo tipo de material e ainda não me entrou na cabeça o real efeito do uso de cabos 75ohms em rádios 50ohms ou vice versa.
    O único efeito perceptível que tive foi em uma experiência maluca que fiz. Utilizando um cabo de parabólica em um kit 2.4ghz. E ficou um lixo. Perda de pacotes, lentidão, etc... Mas isso foi há algum tempo.

  8. #8

    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Antes até de RG6 e RG58 existirem, já tinha a questão de 450 versus 300 ohms nas fitas motivado por custo também.

    No caso das fitas, a impedância vem de uma relação entre bitola do fio usado, e distância entre eles, pelo tipo de equipamento pra industrializar a fabricação não era possível em 1960 fazer algo de muita precisão, errar 1mm em fita de 450 ohms era ok, mas abaixo de uns 200 ohms não dava. Por isso as fitas 75 ohms até existem (Uns equiptos de som com rádio vinham com antenas que eram só uma fita 75 ohms aberta a partir de certo ponto), mas praticamente ninguém nunca usou.

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    Tecnologia pra ter precisão e baixo custo com elemento central fino, com capa de espessura perene sem erro maior que 0,05mm, é coisa recente, por isso o uso de 50 ohms (Ou 52 ohms, nuns equiptos) é mais recente.

    Também tem que ver que tipos de sinais tínhamos no passado: Rádio e TV.

    Nesse tipo de sinalização analógica, um errinho de casamento na impedância não cria nada grave, a imagem na TV podia ter qualquer probleminha, mas CRT sempre foi tão pobre que ninguém via (Hoje vemos porque temos TV 4k e fullHD, nelas dá pra ver direitinho qualquer chiado vindo de recepto analógico, até um capacitor de filtragem ruim na fonte só deixa sinal visível em TV moderna (4k especialmente)).

    Uma coisa completamente separada disso é a possibilidade de um circuito (Saída de transmissor FM, TV, ou roteador wifi) ser fabricado pra impedância de 50 ou 75 ohms, é só resistores geralmente, coisa tipo:

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    É só trocar os resistores nesse exemplo, e poderá usar cabo 75 ohms sem problema.

    Agora voltando a qualidade de sinal que pra velharia tipo TV analógica tanto faz: Se há descasamento de impedância, num sinal digital, uma onda quadrada via de regra, é só o começo do bit que fica prejudicado:
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    Explicando: O sinal azul em cima é um sinal passando por cabo com impedância casada, pode ver que no começo de cada pico superior ou inferior tem uma pequena falha, é só 1 pixel na resolução do osciloscópio mas tá lá, 0,1 ohms de descasamento talvez.

    Já a linha verde em baixo é o descasamento entre 50 e 75 ohms. Só o começo da mudança de tensão é que fica alterada.

    Em sinal analógico, escurando uma onda dessa a digamos 1kHz (Teclado sintetizador) isso não é notado. Mas... em wifi falamos em milhares de bits transmitidos assim, alias, milhares de bits em cada portadora de 315kHz! O começo de cada bit vai ter essa falha, o percentual de bits perdidos sobre gigantescamente, só medir nível de sinal (Propagação de SSID) obviamente é uma noobice sem tamanho então, isso é feito com data rate baixo e modulação dual-BPSK altamente legível, completamente diferente do tráfego real de pacotes.

    Alias, até anteninha 2dBi monopolo torto em roteador faz muita coisa, o problema é tráfego alto com obstáculos e cia, hora que aparece qualquer alteração no tempo de entrega do pacote (Por conta de reflexos) começa a perder 20% dos bits nas portadoras, os esquemas com as derivadas de Fourrier impedem de perder tudo mas o fato é que usa mais processamento pra passar menor throughput.

    Alias, aqui tem outra exibição em osciloscópio sobre o descasamento de impedância no cabo, dá pra simular fácil isso com um trimpot e ver a variação no começo da onda:


    (Lá pelos 9:55, pelo visto o player roda apenas do começo, talvez com atalho ele toque do ponto que quero focar: http://bit.ly/2nZAtdN )

    Obviamente isso não faz nenhum efeito em voz de rádio AM, até TV digital em canais 1seg (320x240, menos de 600kbps de tráfego, sem checksum, unidirecional) não tem problemas por descasar 10 ou 20 ohms. O problema é com pacotes mais rápidos, e onde o nível do sinal naquele femtossegundo é fundamental pra definir se é 0 ou 1.

    Enfim, alterar circuito pra operar com 75 ohms é tranquilo, mas pegar circuito feito pra 50 ohms, e usar cabo ou antena 75 ohms vai gerar throughput bem mais baixo que o máximo conseguível, é nesse tipo de sinal de baixa potência e alta velocidade que o casamento de impedância é maior.


    E não se usou 75 ohms em wifi pra poder ter circuitos e conectores menores, impedância maior exige mais espaço. Via de regra realmente quanto maior a impedância menor a perda em cabos longos (Por isso 450 ohms seria ótimo), mas... fita de 450 ohms é da largura de um dedo! Só um conector 450 ohms seria maior que um adaptador wifi USB! 50 ohms tem mais perda, mas wifi não foi feito pra uso outdoor com antenas externas enormes, nasceu como conexão doméstica pra mobiles e cia, em cabo de 10m falamos de 3 ou 4dBm de diferença a 2,4GHz, mas o padrão nasceu pra usar antena direta em equipamentos, com talvez 1m de cabo (Onde 0,3dBm de diferença é o mesmo que nada), e na real qualquer azulejo mais grosso numa parede atenua 3dBm (A mais que parece sem ele), então pro uso indoor pro qual o padrão nasceu, essa diferença é insignificante. E hoje também, no uso outdoor que fazemos, em longas distâncias um sinal cai até mais de 3dBm caso a zona de Fresnel não esteja completamente limpa, então complicar bastante os projetos (Exigir espaços maiores) por causa de um fator secundário não era importante.

    Celulares começaram décadas antes (Telefone móvel em automóvel existia no Brasil no fim dos anos 80 (Nos eua provavelmente no começo da década), era equipto no porta-malas, subindo cabo 1" 75ohms até a antena, eram 3m de cabo as vezes, tinha que passar pelo forro lateral e do teto, senão ficava feio demais), por isso esse mercado começou com antenas 75 ohms, eram equiptos muito maiores (PT550 e PT950 eram minúsculos comparados aos telefones móveis em carros de 1988), fora que no caso de telefone celular uma das partes na conexão não é móvel, a antena na torre pode ser gigante, desde que isso implique em alto ganho.

    (Wifi nasceu com a opção de rede mesh porque naqueles tempos (1998) era meio impensável pensar num mundo com cada casa tendo um roteador wifi, se pensava em equiptos mobile numa empresa gerando uma rede mesh, sem centralização num roteador, e... na verdade também tinha custo, lembro que comprei um adaptador USB wifi USADO da Linksys por 1 salário mínimo (Poder de compra a parte, é muita diferença até se comparar preço em dolar nos EUA), nem tenho certeza mas acho que um roteador 802.11b dos mais comuns seria o equivalente a uns R$ 1,5 mil hoje, o mercado de chipsets MIPS era pequeno, não tinha como ter certeza que um dia os chipsets teriam demanda a ponto do preço cair muito (Custavam quase o preço de um processador Pentium P54C, ou seja, como eram uma unidade de processamento autônomo, custam o preço de um computador autônomo básico, questão de baixa demanda). Então não dá pra comparar o uso planejado de celular (Aparelho de 1W, com conexões de voz de 11kbps, rumo a uma antena de 2m de altura na torre) com o uso planejado de wifi (Rede mesh ou com roteadores pequenos e baratos, e potência mais baixa, com anteninhas discretas))

  9. #9

    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Citação Postado originalmente por rubem Ver Post
    Antes até de RG6 e RG58 existirem, já tinha a questão de 450 versus 300 ohms nas fitas motivado por custo também.

    No caso das fitas, a impedância vem de uma relação entre bitola do fio usado, e distância entre eles, pelo tipo de equipamento pra industrializar a fabricação não era possível em 1960 fazer algo de muita precisão, errar 1mm em fita de 450 ohms era ok, mas abaixo de uns 200 ohms não dava. Por isso as fitas 75 ohms até existem (Uns equiptos de som com rádio vinham com antenas que eram só uma fita 75 ohms aberta a partir de certo ponto), mas praticamente ninguém nunca usou.

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    Tecnologia pra ter precisão e baixo custo com elemento central fino, com capa de espessura perene sem erro maior que 0,05mm, é coisa recente, por isso o uso de 50 ohms (Ou 52 ohms, nuns equiptos) é mais recente.

    Também tem que ver que tipos de sinais tínhamos no passado: Rádio e TV.

    Nesse tipo de sinalização analógica, um errinho de casamento na impedância não cria nada grave, a imagem na TV podia ter qualquer probleminha, mas CRT sempre foi tão pobre que ninguém via (Hoje vemos porque temos TV 4k e fullHD, nelas dá pra ver direitinho qualquer chiado vindo de recepto analógico, até um capacitor de filtragem ruim na fonte só deixa sinal visível em TV moderna (4k especialmente)).

    Uma coisa completamente separada disso é a possibilidade de um circuito (Saída de transmissor FM, TV, ou roteador wifi) ser fabricado pra impedância de 50 ou 75 ohms, é só resistores geralmente, coisa tipo:

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    É só trocar os resistores nesse exemplo, e poderá usar cabo 75 ohms sem problema.

    Agora voltando a qualidade de sinal que pra velharia tipo TV analógica tanto faz: Se há descasamento de impedância, num sinal digital, uma onda quadrada via de regra, é só o começo do bit que fica prejudicado:
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    Explicando: O sinal azul em cima é um sinal passando por cabo com impedância casada, pode ver que no começo de cada pico superior ou inferior tem uma pequena falha, é só 1 pixel na resolução do osciloscópio mas tá lá, 0,1 ohms de descasamento talvez.

    Já a linha verde em baixo é o descasamento entre 50 e 75 ohms. Só o começo da mudança de tensão é que fica alterada.

    Em sinal analógico, escurando uma onda dessa a digamos 1kHz (Teclado sintetizador) isso não é notado. Mas... em wifi falamos em milhares de bits transmitidos assim, alias, milhares de bits em cada portadora de 315kHz! O começo de cada bit vai ter essa falha, o percentual de bits perdidos sobre gigantescamente, só medir nível de sinal (Propagação de SSID) obviamente é uma noobice sem tamanho então, isso é feito com data rate baixo e modulação dual-BPSK altamente legível, completamente diferente do tráfego real de pacotes.

    Alias, até anteninha 2dBi monopolo torto em roteador faz muita coisa, o problema é tráfego alto com obstáculos e cia, hora que aparece qualquer alteração no tempo de entrega do pacote (Por conta de reflexos) começa a perder 20% dos bits nas portadoras, os esquemas com as derivadas de Fourrier impedem de perder tudo mas o fato é que usa mais processamento pra passar menor throughput.

    Alias, aqui tem outra exibição em osciloscópio sobre o descasamento de impedância no cabo, dá pra simular fácil isso com um trimpot e ver a variação no começo da onda:


    (Lá pelos 9:55, pelo visto o player roda apenas do começo, talvez com atalho ele toque do ponto que quero focar: http://bit.ly/2nZAtdN )

    Obviamente isso não faz nenhum efeito em voz de rádio AM, até TV digital em canais 1seg (320x240, menos de 600kbps de tráfego, sem checksum, unidirecional) não tem problemas por descasar 10 ou 20 ohms. O problema é com pacotes mais rápidos, e onde o nível do sinal naquele femtossegundo é fundamental pra definir se é 0 ou 1.

    Enfim, alterar circuito pra operar com 75 ohms é tranquilo, mas pegar circuito feito pra 50 ohms, e usar cabo ou antena 75 ohms vai gerar throughput bem mais baixo que o máximo conseguível, é nesse tipo de sinal de baixa potência e alta velocidade que o casamento de impedância é maior.


    E não se usou 75 ohms em wifi pra poder ter circuitos e conectores menores, impedância maior exige mais espaço. Via de regra realmente quanto maior a impedância menor a perda em cabos longos (Por isso 450 ohms seria ótimo), mas... fita de 450 ohms é da largura de um dedo! Só um conector 450 ohms seria maior que um adaptador wifi USB! 50 ohms tem mais perda, mas wifi não foi feito pra uso outdoor com antenas externas enormes, nasceu como conexão doméstica pra mobiles e cia, em cabo de 10m falamos de 3 ou 4dBm de diferença a 2,4GHz, mas o padrão nasceu pra usar antena direta em equipamentos, com talvez 1m de cabo (Onde 0,3dBm de diferença é o mesmo que nada), e na real qualquer azulejo mais grosso numa parede atenua 3dBm (A mais que parece sem ele), então pro uso indoor pro qual o padrão nasceu, essa diferença é insignificante. E hoje também, no uso outdoor que fazemos, em longas distâncias um sinal cai até mais de 3dBm caso a zona de Fresnel não esteja completamente limpa, então complicar bastante os projetos (Exigir espaços maiores) por causa de um fator secundário não era importante.

    Celulares começaram décadas antes (Telefone móvel em automóvel existia no Brasil no fim dos anos 80 (Nos eua provavelmente no começo da década), era equipto no porta-malas, subindo cabo 1" 75ohms até a antena, eram 3m de cabo as vezes, tinha que passar pelo forro lateral e do teto, senão ficava feio demais), por isso esse mercado começou com antenas 75 ohms, eram equiptos muito maiores (PT550 e PT950 eram minúsculos comparados aos telefones móveis em carros de 1988), fora que no caso de telefone celular uma das partes na conexão não é móvel, a antena na torre pode ser gigante, desde que isso implique em alto ganho.

    (Wifi nasceu com a opção de rede mesh porque naqueles tempos (1998) era meio impensável pensar num mundo com cada casa tendo um roteador wifi, se pensava em equiptos mobile numa empresa gerando uma rede mesh, sem centralização num roteador, e... na verdade também tinha custo, lembro que comprei um adaptador USB wifi USADO da Linksys por 1 salário mínimo (Poder de compra a parte, é muita diferença até se comparar preço em dolar nos EUA), nem tenho certeza mas acho que um roteador 802.11b dos mais comuns seria o equivalente a uns R$ 1,5 mil hoje, o mercado de chipsets MIPS era pequeno, não tinha como ter certeza que um dia os chipsets teriam demanda a ponto do preço cair muito (Custavam quase o preço de um processador Pentium P54C, ou seja, como eram uma unidade de processamento autônomo, custam o preço de um computador autônomo básico, questão de baixa demanda). Então não dá pra comparar o uso planejado de celular (Aparelho de 1W, com conexões de voz de 11kbps, rumo a uma antena de 2m de altura na torre) com o uso planejado de wifi (Rede mesh ou com roteadores pequenos e baratos, e potência mais baixa, com anteninhas discretas))
    Mas em termos de efeitos práticos. Esse decasamento poderia diminuir a vida útil do rádio? Vejo alguns "instaladores" de telefonia rural utilizarem o RGE6 em repetidores da Aquario. O efeito mais pronunciado quebpercebi foi o retorno da propria voz na ligação

  10. #10
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    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Não sei quanto a tolerância mais liga um rádio amador com cabo de 75ohms simplesmente não tem dx com 2km

  11. #11

    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Citação Postado originalmente por sphreak Ver Post
    Mas em termos de efeitos práticos. Esse decasamento poderia diminuir a vida útil do rádio? Vejo alguns "instaladores" de telefonia rural utilizarem o RGE6 em repetidores da Aquario. O efeito mais pronunciado quebpercebi foi o retorno da propria voz na ligação
    Celular não serve como comparação porque chamada de voz é uma bandinha mixuruca de 10 ou 11kbps, sem checksum, se perder umas partes do pacote só metaliza a voz e mais nada, então neles um ERRO no casamento de impedância gera efeito pequeno (Que na prática a maioria dos instaladores de antena não percebem. Dá pra contar nos dedos o que sabem o que é impedância).

    Suspeito muito que a maioria dos anteneiros usam cabo 75 ohms porque nem sabem o que é impedância, se o vendedor diz que é pra celular, tipo esse 75 ohms, eles topam:

    http://produto.mercadolivre.com.br/M...-15-metros-_JM

    E mesmo que o vendedor (Que raça...) diga que é "Cabo celular para CFTV", vai ter um monte de gente comprando pra usar 75 ohms em celular:

    http://produto.mercadolivre.com.br/M...100-metros-_JM



    O aquecimento extra que o casamento ERRADO de impedância cria é mixaria, precisaria ser rádio de potência alta, e que trabalhe com muitos pacotes (Ou seja, velharia tipo FM e tv analógica não conta, distorcer onda senoidal não gera perda de pacote). Com a banda mixuruca que chamada de voz usa até um clip metálico é uma antena ótima, a referência não pode ser essas bandinhas pequenas, nelas mal se nota qualquer melhora ou piora com quase nada, tem que ver isso em alta potência ou em altos throughputs, porque com data rates bem baixos ou com sinais analógicos até um clip metálico vira antena suficiente.

    Celular funciona até com sinal tipo -110dBm dependendo do modelo, se for esse sinal baixo devido a distância ele até faz ligação (Se for devido a obstáculos não faz, porque provavelmente o sinal aparelho>torre será coisa tipo tipo -140dBm, conexão bidirecional precisa ter o sinal nos 2 lados verificado), funciona com sinais muito ruins, se ERRAR a impedância a qualidade do sinal será muito pior, mas como celular se contenta com qualquer lixo de sinal, vai fazer ligação igual, talvez use canal de 14kbps ao invés de 18kbps e mal se note, mas se o preço do cabo 50 ohms é o mesmo que o de 75 ohms, não vejo porque fazer gambiarra (No milênio passado, quando não existiam muitas opções no comércio, talvez existia motivo, hoje tem cabo 50 ohms em todo canto, comprar cabo errado hoje só pode ser ignorância de anteneiro que acredita em vendedor, não tem nem meio motivo pra descasar impedância, mas um monte pra casar ela certinho).

    (E fazer acoplamento pra casar impedância, digamos radio50>casador>cabo75>casador>antena 50, não faz sentido porque se perde muito mais no circuito pra alterar impedância, seja aquele esqueminha de pedaços de cabo equivalente a 1/12 da onda usada, seja balun's com 2 enrolamentos, vai perder muito mais do que fazer o certo, que é usar cabo na impedância do rádio e antena (50 ohms no caso de wifi, e celular/repetidor desse milênio))

    Ainda não entendi porque alguém deliberadamente compraria um cabo ERRADO pra usar. Se já tem estoque empacado e precisa se livrar dele, pode instalar pra celular, mas que vai ter distorção harmônica no começo de cada bit no sinal, isso terá, só em chamada de voz ninguém vai notar isso, e certamente hora que navegar a míseros 200kbps de madrugada em conexão 3G vão colocar a culpa da lerdeza na operadora (Com torre vazia de madrugada).

  12. #12

    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Citação Postado originalmente por Bruno Ver Post
    Não sei quanto a tolerância mais liga um rádio amador com cabo de 75ohms simplesmente não tem dx com 2km
    Com que equipamento Bruno? A antena dipolo de meia onda tem 75ohms. Deveria transferir o máximo de potencia na transmissão...

    Mesmo com a W3DZZ se deixar na horizontal a impedância se mantém..
    Já se o dipolo for em V invertido daí cai para as proximidades de50ohms.

    Mas tudo isso é na teoria. Na prática basta qualquer obstáculo próximo para alterar impedância. Eu sempre usei com acoplador de antenas para ajustar a ROE e conseguia DX... O pessoal aqui pelo sul era contra o uso de acopladores pela perda que ocorre. Mas eu penso que a perda é compensada pelo ajuste melhor de impedância... Sei lá, mas para mim funcionava.

  13. #13
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    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Há uns bons anos atrás, uma pessoa que se dizia técnico fez para prefeitura utilizando cabos de 75 ohm nos transmissores de TV, e mesmo com 50W não conseguiram fazer com que o sinal alcançasse 1,5 km, por fim queimou o estágio final; troquei os cabos e com drive de 5W alcançou 8 km com antena unit (0dB)
    Essas impedâncias: 2; 3,2; 4; 6; 8; 10; 16; 32; 120 ohms são usadas por convenção em alto falantes e fones de ouvido.
    600 ohm em circuito de telefonia
    1k, 4k7; 10k; 47k; 100k e 470k em circuitos de amplificação de áudio.
    22, 50 ou 52, 75, 300 em transmissão via condutor fisico( coaxial) mas por facilidade atualmente na maioria dos casos 50 ohms; além de guias de onda que são em 50 ohm.

    os circuitos irradiantes que estão nos roteadores, Nanostation, CPEs, celulares são em 50 ohms ainda que confeccionadas em PCI.

  14. #14
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    Padrão Re: Qual é a diferente de uma antena de 50ohms e 75ohms

    Citação Postado originalmente por 1929 Ver Post
    Com que equipamento Bruno? A antena dipolo de meia onda tem 75ohms. Deveria transferir o máximo de potencia na transmissão...

    Mesmo com a W3DZZ se deixar na horizontal a impedância se mantém..
    Já se o dipolo for em V invertido daí cai para as proximidades de50ohms.

    Mas tudo isso é na teoria. Na prática basta qualquer obstáculo próximo para alterar impedância. Eu sempre usei com acoplador de antenas para ajustar a ROE e conseguia DX... O pessoal aqui pelo sul era contra o uso de acopladores pela perda que ocorre. Mas eu penso que a perda é compensada pelo ajuste melhor de impedância... Sei lá, mas para mim funcionava.
    nada de bigode de gato kkkkk tenho uma 5/8 eu tb uso acoplador