Nem todas as mulheres querem botar a mão em um PC
Renata Aquino
Nos EUA, apenas mulheres integrantes de minorias, como as de comunidades de baixa renda, vêem a tecnologia como uma ferramenta de inclusão social. As mulheres com educação superior, profissionais ou de classe média não tem interesse em informática. Ao contrário, a classe média feminina acredita que a tecnologia não é um ramo profissional muito atraente nos dias atuais. As conclusões foram tiradas por pesquisadores da Penn State University e apontam pelo menos um caminho importante para a inclusão digital feminina: as mulheres não podem ser vistas como um grupo homogêneo.~
De acordo com a pesquisadora Lynette Kvasny, professora assistente do Information Sciences and Technoloogy (IST) da Penn State, mesmo a valorização que as mulheres de baixa renda dão à tecnologia é relativa. A informática seria a primeira de uma série de providências a serem tomadas para melhoria de sua condição social.
Para Kvasny, os projetos de tecnologia para mulheres caem no erro de generalizar processos a partir da experiência de mulheres de classe média, estudantes de universidades. Estas mulheres, brancas e ricas, sentiam-se excluídas por trabalharem apenas com homens em tecnologia. Para as mulheres de classe média, não faz diferença investir ainda mais em educação. A verdadeira necessidade seria a de quebrar preconceitos machistas no mercado de trabalho.
Já as mulheres pobres, também entrevistadas por Kvasny, eram na maioria mães solteiras e com renda abaixo da linha da pobreza nos EUA. Elas sentiam-se excluídas por não terem habilidades em tecnologia. Saber lidar com computadores, para essas mulheres, já levaria automaticamente a trabalhos com melhores salários.
O achado mais surpreendente da pesquisa com mulheres de baixa renda não foi relacionado diretamente relacionado à carreira profissional. É através de habilidades em informática, de acordo com Kvasny, que as mulheres de baixa renda poderiam começar a exercer seus direitos de um modo inédito. Reclamar do aluguel na justiça, descobrir como fazer o marido pagar pensão e diversas outros aspectos de atividade social ficavam muito mais fáceis para as mulheres que sabiam mexer em computadores.
"As habilidades em tecnologia vão muito além do local de trabalho e transformam as comunidades urbanas", afirmou Kvasny no estudo. Kvasny entrevistou mulheres afro-americanas durante um treinamento de 14 semanas em computadores. O resultado da pesquisa foi apresentado no último dia 12 de abril em uma conferência da ACM (Association for Computing Machinery) na Filadélfia, EUA.
xxx
Já é antigo esse artigo (http://www.magnet.com.br/bits/cosmonet/2003/04/0034), mas fico na dúvida se esses pensamentos já foram alterados, nos dias de hoje. Vejo que há quase 1 ano, as informações de pesquisa nos buscadores não mudam. Você pode fazer qualquer tipo de combinação, para encontrar artigos, discussões... mas infelizmente não muda o quadro de poucos links a respeito de mulher no linux ou derivados.
E quando há uma tentativa de mudança nesse quadro, ainda encontramos pessoas que postam artigos alheios sem os devidos créditos (como já aconteceu com o Girls_Moderator).
Há mais meninas aqui na Underlinux, por favor nos procure. Vamos ampliar mais essa idéia do Girls_Moderator... pra quem sabe ajudar um pouquinho a mudar esse quadro