Como todos sabem, grande parte pelo sucesso de vendas do iPhone 4, ficou muito claro a quantidade de usuários que alegaram problemas de recepção de seus aparelhos. Claro que a apresentação não foi somente a exposição da culpa. Jobs fez questão de defender o iPhone 4 (e sua empresa), alegando que o problema com a antena foi exagerado, e reforçando que os dispositivos móveis de outros fabricantes sofrem com o mesmo problema. Ele inclusive apresentou estatísticas para embasar sua afirmação. E ele demonstrou que "míseros" 0,55 por cento dos usuários que adquiriram o novo iPhone 4 da Apple, constataram o suporte da empresa para comunicar o problema de recepção do aparelho devido a má recepção de sinal em algumas situações.
Porém, mesmo esse problema sendo minimizado ao máximo nesta conferência, é um considerável arranhão na face da empresa, que sempre prezou por produtos triunfantes na sua forma e funcionalidade. E o iPhone 4 acaba de lascar a imagem da empresa. O aparelho precisará de uma capa protetora para se ver livre deste problema de recepção, e poder funcionar de forma adequada.
É claro que o design da antena do iPhone poderia ser debatido por dias, meses, e até anos a fio. Mas nada disso importa mais. Percepção aqui é a realidade, e o público vê o último lançam,ento de telefonia móvel da empresa apresentando problemas de recepção, e ninguém poderá colocar a culpa na AT&T companhia de telefonia exclusiva para o novo produto.
Para se livrar dessa cicatriz, a empresa de Jobs, que sempre viveu de imagem, terá de sacrificar seu novo produto. Cedo ou tarde a Apple terá de lançar um novo modelo de iPhone, ou mesmo outro aparelho de telefonia móvel, com novo slogan e nome, se preciso for. Tudo para voltar ao modus operandi tradicional. O aparelho inteiro terá de ser re-projetado, e isso tomará tempo e dinheiro da companhia. Mas o quanto antes a Apple tomar essa atitude, melhor para ela (e seus investidores). Claro que a empresa não vai sofrer represálias de mercado pelo ocorrido, caso não tome essa nova atitude. Mas a face antes imaculada que ela tanto presava, irá ficar marcada para todo sempre com uma enorme cicatriz.
É claro que muito poderá se aproveitar do atual dispositivo, incluindo sua fantástica tela touchscreen de alta resolução, considerada uma inovação entre os atuais aparelhos no mercado de smartphones. Mas a antena terá de ser totalmente redesenhada, e esse seria o mínimo a se fazer com esse produto. Claro que, em um processo de engenharia, toda a estrutura do aparelho terá de se adequar a possíveis novos (e futuros) designs de sua antena, e seria ilógico afirmar que só será preciso mexer na antena em um projeto de engenharia dessa magnitude, com todo esse refinamento.
E como o consumidor vê mais cara que funcionalidade, o design externo terá de ser alterado em conjunto. Para consertar um "erro de mercado" é preciso lançar um sucessor melhor, e fisionomicamente diferente de seu antecessor. Nada pode lembrar uma falha anterior. Infelizmente. Mudar o nome do futuro dispositivo sucessor também é uma tática válida, e isso é uma estratégia de marketing.
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