Na manhã desta quinta-feira (dia 5 de agosto de 2010), a Polícia Federal conseguiu desarticular uma quadrilha suspeita de operar uma distribuidora ilegal de TV à Cabo em plena Baixada Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro. Os suspeitos operavam através de uma empresa ilegal chamada Nova Baixada. Ela atuava nas regiões de Nova Iguaçu e municípios vizinhos, e era considerada a maior da região na distribuição irregular de sinal de TV á Cabo. De acordo com o delegado responsável pela ação "Por trás disso, há uma rede de corrupção muito grande, envolvendo vários órgãos públicos. Nós vamos investigar com calma. Também tem furto de energia. E esses equipamentos, presos à rede elétrica, causam danos à segurança das instalações da rede elétrica. Ou seja, há uma série de outros delitos que acompanham a prática do ‘gatonet’”.
A Polícia Federal já conseguiu prender 12 pessoas na ação, entre eles três policiais militares e um policial civil. A operação, denominada Cama de Gato, está sendo a responsável pelo combate à transmissão clandestina de sinal de TV à Cabo e Internet, sem autorização da Anatel. Ainda segundo a Polícia Federal, também foram identificadas outras sete empresas em Barra do Piraí, no Sul Fluminense e em Itaguaí, e em Nilópolis, na Baixada Fluminense.
A Polícia Federal informou que os suspeitos vão responder pelos crimes de estelionato, formação de quadrilha e crime contra as telecomunicações. Na operação, que começou na madrugada dessa quinta-feira, foram mobilizados cerca de 160 agentes da Polícia Federal, que trabalharam em conjunto com a Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança Pública. Eles participaram da operação em Campo Grande, no Rio, em Nilópolis, Belford Roxo, Queimados, Mesquita, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Itaguaí, na Baixada Fluminense, em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, e em Rio das Ostras, na Região das Baixadas Litorâneas.
Ao todo, os agentes tinham 14 mandados de prisão e 31 mandados de busca e apreensão para cumprir. Na operação, a Polícia Federal apreendeu receptores, cabos e moduladores de sinal durante operação. Também foram apreendidas armas e munições, sendo uma delas encontrada com a numeração raspada, o que aumenta o número de crimes. Além de responder pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato e crime contra as telecomunicações, os policiais também responderão por posse irregular de arma de fogo de calibre restrito. Todo o material apreendido e os presos foram levados para a sede da Polícia Federal, na Praça Mauá, centro da Cidade do Rio de Janeiro.
A Superintendência da Polícia Federal ainda não divulgou os nomes nem as cidades dos presos. Se forem condenados, os envolvidos podem pegar até 12 anos de prisão. Estima-se que a quadrilha arrecadava R$ 500 mil por mês, e entre os bens apreendidos encontram-se até mesmo carros de luxo. A Polícia Federal também informou que bens e contas bancárias dos presos já foram bloqueados pela Justiça, e que os PMs estão presos no Batalhão Especial Prisional (BEP) e o policial civil foi encaminhado para Bangu 8.
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