De acordo com um compartilhamento feito pelo executivo Nilofer Merchant (@Nilofer) sobre uma perspectiva valiosa relacionada a palavra "social" no âmbito dos negócios em seu artigo no Harvard Business Review, foi feita uma descrição sobre a evolução dos termos Mídia Social, Enterprise 2.0, Social Business, inovação social e era social. Isso foi feito de maneira a proporcionar uma compreensão contextual de cada termo mencionado.
Criação da Expressão Social Business
O termo social business foi criado para descrever a forma sobre como as empresas podem agregar maior valor ao seu ecossistema, ao adicionar uma camada social. A primeira geração do social business foi definida pelo ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Muhammad Yunus (@Yunus_Centre), como uma empresa dedicada a resolução dos resolver problemas humanos.
Na sequência dos fatos, essa expressão evoluiu para uma segunda geração pelo Grupo Dachis (@dachisgroup), no sentido de incorporar um elemento social que funciona interligando os vários componentes de negócios, incluindo Marketing, P&D, Suporte ao Cliente e Fornecedores. Este significado da segunda geração de social business, está muitas vezes ligado ao valor compartilhado e pode abranger o uso de ferramentas de mídias sociais. Nesse contexto, no livro The Pursuit of Social Business Excellence (A Busca pela Excelência em Social Business), Brad Martin e o executivo Vala Afshar descreveram o social business como um ambiente que funciona como uma pequena cidade, onde as pessoas sabem seu nome, as portas são deixadas abertas e as luzes acesas.
Em conjunto, os executivos entenderam perfeitamente que a transformação do social business não se trata apenas do uso da tecnologia para melhorar a conexão, e sim, para incorporar um melhor entendimento sobre a mentalidade de colaboração e co-criação de valor. A habilidade de crescer nos negócios com os quais trabalham e o empenho em impressionar clientes, surge como um importante resultado de uma feliz combinação entre cultura, pessoas, processos e, por último, tecnologia.
Indicadores, Transformação Social e Desenvolvimento Sustentável
Além disso, foi possível descobrir que existe uma série de indicadores específicos, que acompanham e validam a evolução da transformação social. Os líderes empresariais devem ter em mente que a finalidade colaborativa é melhorar a velocidade de execução e satisfação dos clientes. Também é muito importante demonstrar para todos os constituintes, a enorme capacidade de impulsionar um crescimento sustentável e reforçar a lealdade e o comprometimento do cliente, como resultado dessa colaboração.
Otimismo Pragmático
O padrão do Social Business é "Sim" e, em seguida, há uma racionalização da disposição desejada. Uma tendência para a ação com uma atitude positiva leva a uma cultura de mudança ágil e abrangente. Não há segurança no status quo. O otimismo é, muitas vezes, alimentado pelo trabalho em equipe e principalmente pelo espírito colaborativo.
Camadas Mínimas
O social business é plano, em relação à estrutura de negócios hierárquica tradicional. A distância que separa um contribuinte individual de um CEO, é nada além do que algumas camadas. Em uma empresa socialmente engajada, existe uma linha direta de comunicação entre os funcionários, que vai desde os níveis de entrada até os níveis de alta gerência.
Liderança Exemplar
Em uma cultura de social business, todos os líderes e executivos são socialmente engajados. Se os seus CXOs não são sociais, sua empresa também não é social. Por isso, basta perguntar a um executivo socialmente engajado, quem é a pessoa mais inteligente que existe na sala?, e ele vai responder, certamente, que é a própria sala. Os executivos sociais são muito acessíveis, ouvintes ativos e conectores do negócio, buscando sempre o melhor e mais rápido caminho para o progresso e também para o crescimento.
Prevalência das Melhores Idéias
As melhores ideias vencem, independente mesmo de títulos; em uma empresa socialmente engajada, as ideias e informações fluem de forma horizontal, vertical, de baixo para cima, de cima para baixo, ou seja, elas fluem a partir de todas as direções. As ideias são como sons, e devem ser ouvidas através de todos os pontos. Na ausência de som, as ideias morrem. Além disso, existe uma síndrome que é considerada a mais prejudicial nesse cenário, que é a síndrome de HIPPO (sigla em inglês para opinião da pessoa mais bem paga – highest paid person's opinion), em que todas as decisões são em última análise, ditadas pelo detentor de maior título. Essa, certamente, é a grande vantagem de ser social.
Processo de Integração Entre Social e Negócios
As empresas socialmente engajadas, têm integrado canais sociais em seus processos de negócio e fluxos de trabalho. Isso significa integrar redes sociais às soluções de CRM. O CRM social é geralmente o primeiro sinal de adoção de mídias sociais para os negócios, que tem a finalidade de alcançar maior visibilidade e velocidade de execução. A adoção de uma estratégia de mídias sociais é um grande primeiro passo, mas um negócio verdadeiramente social é aquele que tem a capacidade de integrar as redes sociais e todos os seus canais de contato em um quadro único de gestão de relacionamento.
Adoção de Técnicas de Jogo
No social business, a concorrência interna é bem-vinda. Isso significa que as empresas sociais abraçam plataformas de gamification para conduzir e incentivar funcionários, clientes e parceiros de negócios. Conceitos de jogos, englobados em uma estratégia de CRM, podem desbloquear e alavancar o potencial de uma organização.
Segurança no Ambiente
Em um social business, uma ideia ou bandeira vermelha de alguém podem chegar diretamente ao CEO, sem haver a necessidade de um intermediário. O ambiente é seguro e colaborativo, onde falhas são vistas como parte da experiência de aprendizagem. Dito isto, uma empresa ágil adota uma filosofia de melhoria contínua baseada em: "tentar, consertar e tentar novamente".
Compartilhamento da Responsabilidade
Uma empresa socialmente, ativa compartilha métricas de desempenhos entre os departamentos como um meio para promover a colaboração. O social business estende as métricas de desempenho para clientes e parceiros, com conexão para ambas as pessoas e produtos.
Reflexão Contínua
O social business desafia continuamente as suposições existentes, e comunica o desejo de correções de curso ou pivôs antes da execução. Em um negócio altamente colaborativo, todo e qualquer tipo de experimento será sempre bem-vindos; portanto, melhorar o que já é usual não é sinônimo de inovação.
Pessoas e Produtos Sociais
Toda fonte de informação no ecossistema deve ser usada para ajudar os funcionários a estarem bem informados, e tomarem decisões melhores. As fontes de informação incluem pessoas e produtos. A representação gráfica de uma empresa socialmente engajada inclui tanto pessoas quanto produtos. Em um futuro próximo, produtos de tecnologia de grande usabilidade, sensores de tecnologia e comunicação M2M (máquina-para-máquina termo em inglês para machine-to-machine), incluirão canais sociais.
Considerações Finais
Social business é muito mais do que uma empresa a utilizar mídias sociais. O sucesso da colaboração social é resultado de uma conquista muito mais filosófica do que a simples adoção da tecnologia. A colaboração é um trabalho bastante árduo, mas não tem que ser, necessariamente, um trabalho complexo.
Saiba Mais:
[1] Information Week http://informationweek.itweb.com.br/...cial-business/