• Microsoft: 4G "popular" Favorecerá Entrada da Empresa no Mercado de Smartphones

    A aquisição da divisão de celulares da Nokia feita pela Microsoft não chega a ser uma novidade para muita gente. Faz exatamente dois anos, quando as empresas anunciaram uma parceria - a fabricante finlandesa abriu mão do Symbian e adotou o Windows Phone - a transação já era vista como uma consequência natural. Porém, a oficialização da compra deflagra uma nova era no mercado de smartphones.


    Audácia da Microsoft

    De acordo com o o analista senior de mercado da Frost & Sullivan, Fernando Belfort, "esta foi uma decisão bastante audaciosa da Microsoft, porém necessária. Para realmente entrar forte na briga global dos dispositivos móveis, a gigante americana precisava houvesse uma forte sinergia entre hardware e software, como é o caso da Apple".


    Adaptação a Realidade do Mercado de Celulares

    A partir do momento em que o Google comprou a Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões, na maior transação do setor móvel dos últimos tempos que ocorre no ano de 2012, a empresa precisou se adaptar à realidade do mercado de celulares. Para isso, ela tomou decisões enérgicas: cortou mão de obra em nível mundial e terceirizou fábricas próprias - aqui no Brasil abriu mão do parque fabril de Jaguaríuna da Motorola, e terceirizou com a Flextronics - com o intuito de adaptar o negócio de hardware aos da companhia. E, em especial, deflagrou uma guerra importante com o então maior parceiro: a sul-coreana Samsung que, agora, se tornou o maior rival.


    Ao que tudo indica, a Microsoft entende o processo que está em jogo. Dessa forma, a empresa traçou metas ambiciosas e de acordo com documentos apresentados para investidores, ela pretende triplicar sua participação no mercado de celulares e de smartphones para 15% dentro de cinco anos, o que significa vender mais de 1 bilhão de aparelhos até o ano de 2018, alcançando um lucro de US$ 45 bilhões.


    Ousadia para o Futuro

    O acordo de compra anunciado prevê que a empresa use invenções, projetos e patentes da Nokia como o serviço de mapas Nokia HERE, usado nos smartphones da empresa. Além disso, o documento aponta ainda que o serviço de localização passam a ser uma peça chave para o crescimento da Microsoft no setor de celulares e de smartphones, considerando-o uma alternativa efetiva contra o Google e seu Google Maps. Em um pronunciamento feito para seus funcionários, o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, disse que a compra da divisão de celulares da Nokia pode ser considerado como um "passo ousado para o futuro".

    Steve Ballmer também sustentou que esse é "o próximo passo da fase de transformação, anunciada pela companhia no mês de julho. ele também disse que agora é a hora de construir e acelerar a participação no mercado, e alavancar os lucros com telefones". Nesse cenário, a empresa de Bill Gates promete adotar política semelhante à adotada pelo Google, segundo notícias que circulam no mercado internacional: deu a garantia de que nada vai mudar no licenciamento do Windows Phone para outros fabricantes, apesar da Nokia.

    Entretanto, fica o questionamento: será que os fabricantes vão mesmo se interessar pelo sistema operacional? Hoje o Windows Phone está atrás do Google e do IOS, da Apple, e terá de enfrentar também a ação das teles, que não querem ficar fora desse jogo, com o Mozilla. Vale ressaltar que os planos para o Brasil ainda não foram revelados pelas empresas, mas se o cronograma de lançamento de produtos for confirmado, o Brasil pode ter o 4G popular da Nokia, com previsão para para o terceiro trimestre deste ano (Nokia Lumia 625). Isso, já contando com o aval da Microsoft, mesmo que a transação de compra só tenha previsão de ser completada no primeiro trimestre de 2014.


    Saiba Mais:

    [1] Convergência Digital http://convergenciadigital.uol.com.b...5#.UifcvzY71ZY