• BSA: Ilegalidade de Software Utilizado no Brasil e Contaminação por Malware

    De acordo com um novo relatório que foi apresentado pela BSA | The Software Alliance neste mês de maio, líder global na linha defensiva do setor de software contra violação de propriedade intelectual, foi confirmado que existe uma associação entre o software sem licença e o malware em computadores corporativos e pessoais. A análise, que foi realizada pela empresa global de pesquisa IDC – International Data Corporation,revelou que quanto maior o índice de software sem licença em um país, maior é a quantidade de malware em geral, que é encontrado nos muitos computadores deste mesmo país. Para entidades governamentais, empresas e usuários finais, a conclusão tirada é bastante clara: a eliminação do software sem licença de suas redes, pode ajudar bastante a reduzir o risco de incidentes de segurança digital.


    Organizações Buscam Proteção Contra Malware

    Além disso, as infecções ocasionadas por malware podem resultar em um dano significativo, e as organizações estão se esforçando como podem para se proteger. Essas declarações foram feitas por Jodie Kelley, Vice-Presidente Sênior e Conselheira Geral da BSA. Além do mais, esta análise mostra que a associação entre o uso do software sem licença e o malware é real, o que significa que um bom gerenciamento relacionado ao manuseio de software é um primeiro passo fundamental para a redução de riscos de segurança digital. A análise estatística realizada, comparou os índices de software sem licença instalados em computadores em 81 países, com uma medida de detecções de malware nos computadores rastreados feitas por uma empresa membro da BSA, a Microsoft. Ela aponta que existe uma forte correlação positiva (r = 0,79) entre os índices de software não licenciados e os incidentes causados por malware dos mais diversos tipos.


    Além disso, uma análise mais detalhada indica que o índice de software sem licença em um país, surge como um forte indicador do malware que age dentro dele. O relatório se baseia em um estudo principal da BSA, que examinou os índices mundiais de uso de software não licencidao. No ano de 2014, o Levantamento Global de Software da BSA apontou que 50% dos softwares instalados no Brasil durante o ano anterior não tinham licença, em comparação com 43% em nível mundial. Isso representa, em dinheiro, US$ 2,8 bilhões de licenças não pagas no país. O estudo revelou que existe no Brasil uma taxa de 31% de equipamentos contaminados com malware. Além disso, o índice brasileiro de uso de software sem licença, embora significativo, é o menor da América Latina. A Venezuela lidera esse ranking regional, com um índice de 88%.

    De maneira global, a Venezuela só perde para a Moldávia e Georgia, ambas disputando o primeiro lugar do ranking, com 90% dos softwares instalados sem licença. Os Estados Unidos é o país que apresenta o menor índice, com um registro de 13% de detecção de malwares. O relatório também revelou que o motivo principal, apontado por usuários de todo o mundo para que ninguém use software sem licença é evitar a ameaça à segurança devido ao malware. Entre os riscos associados ao software instalado deliberadamente, há um registro de 64% dos usuários citando globalmente o acesso não autorizado por crackers, como uma das principais preocupações. Além disso, 59% deles citou a questão da perda de dados.


    Considerações Executivas

    Diante desses registros, a BSA recomenda às organizações que implementem controles internos, como práticas de gerenciamento de ativos de software em conformidade com a ISO 19770-1, a fim de reduzir a exposição às ameaças digitais e garantir que todo o software instalado em seus sistemas conte com as licenças apropriadas. Ao comentar sobre os resultados do estudo, o diretor geral da BSA no Brasil, Frank Caramuru, afirmou que o gerenciamento de ativos de software é uma ferramenta efetiva para reduzir os riscos de ataques digitais, além de ser uma forma de instituir práticas de segurança em corporações. De acordo com um outro levantamento que foi feito pela IDC, 56% das empresas que adotam processo de gerenciamento dos ativos de software descobre que tem mais ferramentas do que realmente precisam, disperdiçando dinheiro, tempo e aumentando as chances de haver contaminação dos computadores. Por outro lado, 38% possui licenças fora do padrão estabelecido, ou seja, age na irregularidade.


    Saiba Mais:

    [1] BSA - The Software Alliance http://www.bsa.org/news-and-events/n...?sc_lang=pt-BR