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Everloko
Tecnologia 3G vira substituta da internet banda larga fixa
4/7/2009 | Usuários brasileiros não aproveitam mobilidade do serviço, diz pesquisa
O acesso à internet pela rede de telefonia celular de terceira geração (3G) está sendo usado como substituto à banda larga fixa. Um estudo da consultoria Yankee Group e da Ericsson mostrou que poucos usuários brasileiros realmente aproveitam a mobilidade que o 3G oferece. 83% das pessoas que responderam à pesquisa usam o 3G em casa, 27% no escritório e 18% em clientes. Os usuários podiam escolher mais de uma opção simultaneamente, por isso a soma das respostas é maior que 100%.
"70% usam um modem USB ligado ao computador, e o perfil de uso é muito semelhante ao da banda larga fixa", diz Júlio Püschel, analista sênior do Yankee Group. Foram ouvidas 611 pessoas em São Paulo, Rio e Brasília. Todos os pesquisados assinam um contrato de dados. Os primeiros serviços comerciais de 3G foram lançados no País há cerca de um ano e meio.
No fim de 2008, o Brasil tinha 1,692 milhão de usuários de 3G, e deve chegar a 4,686 milhões neste ano. "Os notebooks com modem embutido ainda têm menos de 1% do mercado, mas esse é um produto que deve crescer", diz Caetano Notari, diretor de Consultoria de Negócios da Ericsson. Nesses modelos, é necessário apenas colocar um chip de celular no computador para acessar a banda larga.
Segundo o estudo, apenas 26% dos usuários usam planos corporativos de 3G. Apesar disso, 42% deles fazem uso também profissional do 3G.
A pesquisa conduzida pelo Yankee Group mostrou que os usuários de 3G ficam conectados, em média, 2h50 por acesso. "É um perfil mais próximo do fixo do que do móvel", diz Püschel. A maioria dos usuários 3G tem idade entre 20 e 30 anos (72%), bem divididos entre homens e mulheres. 51% dos usuários de 3G não contratam um serviço fixo de banda larga em casa.
O diretor da Ericsson destaca a importância de as operadoras criarem pacotes para as classes D e E. "Fizemos uma pesquisa no fim do ano passado e 6% das classes D e E já têm micro, mas somente 3% têm internet", afirma Notari. "A principal barreira não é o preço, mas é que a infraestrutura de banda larga não chega à casa dessas pessoas." Para Notari, um bom modelo para o público de baixa renda seria o pagamento por hora. "A referência deles é a lan house."