Anatel informa que discussões amadureceram e caminham para uma decisão, mas não há data para a venda das frequências de 2,5GHz e 3,5 GHz
O leilão das duas frequências que seriam utilizadas para prestar serviços de banda larga móvel por redes WiMax ainda não tem data para acontecer no Brasil. O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, informou que o assunto está na pauta do órgão para 2010, mas prefere não fazer mais previsões sobre a licitação.
No ano passado, Sardenberg prometeu ao mercado que o leilão sairia em 2009, o que não aconteceu. Nesta quinta-feira (10/12), durante o Fórum Telequest 2009, evento que reuniu em São Paulo empresas de telecomunicações para fazer um balanço do setor, o presidente da Anatel disse que não arriscaria falar em datas para a venda das frequências de 2,5GHz e 3,5 GHz
A questão está madura e caminha para uma decisão, disse o presidente da Anatel. Ele informou que as discussões evoluíram neste ano, mas que o órgão ainda precisa bater o martelo e finalizar as regras.
A novela sobre a regulamentação do WiMax no Brasil vem sendo assistida desde 2006, quando Anatel e Ministério das Comunicações travaram uma batalha sobre a implementação do serviço no País.
O mercado continua em compasso de espera. Representantes do setor querem que o leilão aconteça logo por considerem que essas redes são um pilar importante para que o plano nacional de banda larga do governo federal seja colocado em prática.
O diretor de planejamento da Oi, João de Deus, um dos participantes do seminário, afirmou que o impedimento de operação de WiMax no Brasil é uma das barreiras para a universalização da banda larga. Embratel, Telefônica e a própria Oi estão com pilotos de rede WiMax e aguardam uma definição sobre as regras das Anatel para saberem como vão ofertar esse serviço.