Antigamente a principal Torre de TV de Brasília, do arquiteto Lúcio Costa com 224 metros de altura e construída junto com os demais monumentos da cidade era usada apenas para abrigar os parques de transmissão das televisões e rádios, essa regra pendurou por várias décadas.
No entanto, nos dias de hoje percebo que houve uma flexibilização do uso da torre, já é possível verificar a instalação de antenas de celular e outras redes. Como são parecidas, não sei identificar a presença de Acess ou unidades repetidoras de Wi Fi no local. Numa breve pesquisa pude constatar que não há restrição ao tipo de nicho de mercado do operador, só precisa ser da área de telecomunicações para poder fazer uso.
A instalação segue a política da boa vizinhança, onde as antenas não devem “poluir” esteticamente a Torre de TV que é um dos monumentos mais visitados. Inclusive, foram entregues recentemente novos elevadores e nova infraestrutura de sanitários, cafés e um centro cultural no mezanino.
Em relação as antenas, a regra vem sendo cumprida. Elas estão lá, mas de forma discreta e bem “escondida” dentro da estrutura metálica.
Já a Torre de TV Digital, conhecida como a “ Flor do Cerrado” e projetada por Oscar Niemeyer, está um pouco mais distante do centro da capital, ela foi construída na região mais alta do DF, nas proximidades de Sobradinho, cidade satélite distante cerca de 30km do Congresso Nacional. De lá é possível ver toda a cidade. O monumento mede 170 metros de altura, sendo 120m de concreto e 50m de estrutura metálica.
A torre está aberta para a visitação, os turistas podem acessar as “pétalas” e observar a cidade. Nelas serão implantadas restaurantes, bares e segundo boatos até uma boite para “poucos”. Espaço não falta.
A área destinada ao abrigo dos equipamentos está acima das pétalas, as emissoras já estão instando seus transmissores e em breve nossa TV Digital estará totalmente implementada.
Como já acontece na Torre de TV, a “Flor do Cerrado” também poderá ceder espaço para quem precisa.
A gente sabe que não é de graça instalar uma antena numa torre dessas, mas pelo menos aqui no DF, a gestão das duas torres é feita por uma mesma empresa pública, de modo que as taxas cobradas são inferiores ao que se pratica do mercado de aluguel dessas estruturas já praticado pelas teles.
Não temos somente essas duas torres públicas, fiz referencias por serem as mais famosas. Nas satélites temos outras, nas quais não puderam ser comercializadas quando da privatização da Telebrasília quando da sua privatização na década de 90. O motivo seria o fato das estruturas estarem em áreas públicas, muitas delas até já foram demolidas, as que existem são usadas para colocar uma ou outra antena de radiocomunicação dos Bombeiros ou das Polícias. Equipamentos que ocupam pouco espaço, na minha opinião as teles poderiam aproveita-las.
Eu sei que nem todas as cidades possuem torres públicas, por isso, nos diga como ocorre a regulamentação do uso de espaços públicos como terraços de edifícios de órgãos de governo ( municipal, estadual, federal), morros ou qualquer outra “estrutural alta” em sua cidade voltada à instalação de antenas de telecomunicações.
Quando existe a necessidade de se criar um ponto de repetição você sempre constrói uma torre com recursos próprios? Compartilhe suas experiências.
Imagens da Torre de TV, no Eixo Monumental em Brasília.
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Torre de TV Digital de Brasília, a "Flor do Cerrado".