Se você fosse instalar um provedor de internet numa cidade, que ainda não tivesse este serviço, como você procederia? Considerando que não existe nenhum cliente, você faria uma implantação modesta e com capacidade de ampliação ou faria uma implantação com a capacidade quase igual à capacidade final? Claro que você faria conforme a primeira hipótese. E as empresas de telefonia como fazem? Respondo: Fazem conforme a segunda hipótese investem muito dinheiro e esperam o retorno num prazo que para o pequeno provedor é impossível esperar e mesmo assim, para eles é um grande negócio. Hoje em dia, o soldado não chega a General.
Em minha opinião, internet ainda é um brinquedo divertido. Uma vez que o índice percentual da população que possuem este serviço é muito pequeno frente o número de pessoas que precisam do mesmo, sem falar daqueles que ainda não se acordaram, ou que estão em lugares de difícil acesso. Pior ainda, os provedores trabalham com demanda reprimida, praticam preços de acordo com o seu custo operacional e capital investido, carecem de infra-estrutura.
Por outro lado, se não fossem os provedores de interenet existentes, grande parte dos que hoje se beneficiaram destes serviços, não se beneficiaram. Ou seja: É ruim com e pior sem.
Mas como será no futuro? Sou da opinião que telecomunicações são torres e muita grana. Ou seja, quem tiver uma rede de torres estrategicamente interligada permanecerá no mercado. O resto é luzinha piscando. No nosso mundo capitalista, domina o mais forte economicamente, não adianta espernear.
Então o que vai ser de nós? Como vocês vão progredir e continuar comprando antenas? Acho que alguns poderão migrar para outros serviços melhores. O principal está feito, é a rede wireless. Telecomunicações é a grande riqueza, internet é só o conteúdo. Imaginem assim: O que é melhor, ser dono de duzentos ônibus ou ter a concessão de transportar pessoas de uma cidade para outra? Ser dono do parreiral ou da vinícola? Ser dono das lavouras de trigo ou das padarias? O segundo caso é transitório, o primeiro é perene. Em Caxias Do Sul RS- a empresa distribuidora de energia elétrica, cogita fazer todos os medidores de luz, domésticos e empresariais, fazerem medidas, corte e religação por uma rede de wireless. Ora, quem seria o mais habilitado para prestar esse serviço? O provedor de internet local é claro. Sabem quando um provedor de internet terá tantos clientes na cidade quantos medidores existem? Nunca. Este é só um exemplo, mas os exemplos da necessidade de uma rede wireless não têm fim.
Tudo é pequeno quando o sonho é pequeno. Telecomunicações é o nosso filé, internet é só um osso. E como eu disse antes, o resto é luzinha piscando.
Gilvan