Sobre o consumo dos Mimosa e dos licenciados de outras frequências, nem sempre tem consumo alto, pra ter idéia os Mimosa B5C informam consumo de 20W, mas provavelmente a média diária (Com as madrugadas com tráfego baixo) deve ficar talvez em 17 ou mesmo 16W. Tem vários licenciados 10GHz com média de consumo em 35W, situação onde um par deles consumiria 70W, e um par de Mimosa B5C mais 40W, total de 110W em 48V. Aquele conversor DC-DC que promete 16A devia aguentar isso tranquilo, mas como são equipamentos distintos teria a opção de usar o conversor mais barato só em 1 rádio licenciado e 1 Mimosa B5C, teria 55W de consumo por conversor, e isso tenho certeza que eles aguentam sem nem esquentar quase nada. 110W em 48V é 110/48 = 2,3A.
A potência de saída desses rádios varia, tem rádio 10GHz com potência tipo 18dBm em data rate alto e 30dBm em data rate baixo, são iguais uma RB mais cara. Mas a maioria vai pros 30dBm de potência como mínimo, sendo de qualquer modo potência mais alta só em data rate mais baixo (30dBm no maior data rate, 36dBm no menor).
A diferença está mais no aproveitamento de sinal baixo: Um chipset doméstico (Um AR7240 que tem em roteador de mesa e em Rocket M5 da primeira geração) não consegue nada que presta com sinal tipo -80dBm, mas os rádios licenciados ou os mais caros tem outros chipsets, tem processadores de poder mais alto, com tudo avulso e não tudo integrado num único chipset, a perda de pacotes com sinal baixo (Quando chove) é muito menor, o que com uma RB ou UBNT só se consegue com -50dBm de sinal, com um rádio digital se consegue até com -65dBm de sinal! A conta de queda de sinal por distância é a mesma, só o que muda é o nível de sinal mínimo que eles precisam pra passar um throughput alto, eles sobrevivem bem com sinais que pra 802.11N ou AC são ruins, tipo -70dBm, em partes pelo uso de RX e TX em canais diferentes (Depende da frequência), mas a maior diferença é por ter hardware muito mais poderoso, não no clock do processador central, mas pelo fato do processador central só rodar o kernel do sistema operacional, tem chipsets separados pra cada tarefa mais pesada, chipsets que sozinhos tem mais poder de processamento um Rocket M5 inteiro.
Sobre otimizar a vida útil das baterias, eu recomendo um diodo ANTES do nobreak justo pro nobreak não carregar as baterias, porque a pior coisa pra uma bateria é calor (Caixa hermética no sol é um tiro no pé, precisa ventilar muito as baterias num caso desse), mas a
2ª pior é carga lenta demais que desequaliza as células (Bateria 12V tem 6 células de 2V em série, se uma célula está mais quente ou tem qualquer variação na fabricação ele pode chegar a 2,4V enquanto as outras células ficam a 2,2V, a tensão total sobre a bateria pode ser correta mas as 6 células não terão a mesma tensão, a célula com tensão mais alta viverá menos já que passará mais calor). E... nobreak tem corrente suficiente só pra carregar direito baterias pequenas tipo 7 a 40Ah (Nem todo nobreak com plug pra bateria externa tem corrente de carga maior que 1A, e 1A seria a corrente recomendada apenas pra bateria de 5 a 10Ah! Nobreak de 3KVA geralmente ainda tem apenas 4 ou 5A de corrente de saída, seria ideal pra baterias de 36 a 60Ah).
Eu nunca que vou recomendar corrente muito baixa em bateria, nuns 60% dos casos até demora 2 ou 3 anos pra ter desequalização e 2 células inutilizarem a bateria toda, mas com carga em corrente tipo 10 a 20% da capacidade nominal da bateria falamos em vida útil de 4 ou 5 anos, é uma diferença grande na vida útil.
Sobre o calculo pro
primeiro caso, com nobreak alimentado pelo controlador solar, a idéia é: Enquanto tem rede AC, essa energia passa reto da entrada pra saída, e as fontes chaveadas são alimentadas apenas pela rede AC. Nesse caso o nobreak é mais útil que o inversor, porque o inversor precisaria operar 24x7, desperdiçando os 15 a 20% que ele desperdiça o dia todo. Nobreak comum opera com a tensão AC passando reto pra saída, nesse uso o rendimento é de quase 100% (No máximo há uma perda de 2 ou 3% porque a maioria dos nobreaks é
burro e passa de 127 pra 115VAC, como se algum equipamento que opera com 115V não operasse até melhor com 127VAC).
Se o consumo for de digamos 1000W em 115VAC na saída do nobreak, se o nobreak tem 87% de rendimento no inversor (É o normal de nobreak bom), precisaria os 1000W e mais os 15% que o investor desperdiça, ou seja, seria 1150W de consumo saindo das baterias.
E 1150W em 24V é 1150/24 = 48 amperes por HORA! Pra aguentar 24h precisaria então 24 * 48 = 1152Ah em baterias 24V! (2300Ah em 12V)
Um consumo de 24h apenas com bateria fica insustentável. 10 baterias de 240Ah custam uma fortuna.
Um gerador 2 tempos, dos baratos, de 950W, gera uma onda AC bem suja, nobreak comum ia ler 127V como uns 90V e não ligaria, pra esses geradores precisa nobreak MUITO bom, um senoidal GERALMENTE é bom, mas o que
com certeza vai rodar normal em qualquer gerador, caro ou barato, é realmente um nobreak de dupla-conversão.
Um gerador 4 tempos de 1400 a 2000W em sempre tem onda AC limpa, na verdade isso depende do gerador e não do motor (Seja 2t ou 4t, seja diesel, gasolina, álcool ou a gás), mas no geral os geradores pequenos são bem sujos. Conjunto estacionário de R$ 5 mil geralmente tem onda AC suja apesar do preço, então ao invés de gastar muito num gerador pra ter AC limpa, recomendo ter um gerador mais em conta, mas caprichar no nobreak de dupla-conversão, que passa qualquer AC suja e porca numa AC de saída extremamente limpa.
Se tiver digamos 1000W de consumo, e tiver baterias de 240Ah (2, num nobreak 24V, com diodo, assim mas sem o timer:
https://under-linux.org/attachment.p...8&d=1426886496
Esses 24V 240Ah são 5760W, se o consumo for de 1000W, isso dá então 5,7 horas de uso, na prática 5 horas (Já que com C5 a capacidade dessas baterias deve ficar abaixo de 200Ah). Depois disso teria mesmo que ligar um gerador, porque 1000W é consumo gigante!
Pra consumo enorme tipo 1000W, um desse até dá conta:
http://www.agrotama.com.br/produtos/...G3100E,26,879/
Mas por esse preço a AC dele deve ser bem suja, um nobreak comum (Ou um senoidal SOHO de 1800VA) duvido que ligue ou carregue. E... olha a autonomia a meia carga (1500VA, nobreak dupla-conversão tem fator de potência alto então se tem consumo de 1000W na saída, a entrada será de uns 1050VA, dá pra falar em 1KVA de qualquer modo) é de 12 horas! Se ele acionar assim que acabar a eletricidade, em 12h o tanque seca, aí terá mais umas 5h das baterias. Autonomia total de 17h. Mas é porque 1000W é consumo pra caramba mesmo.
Também nem sei a qualidade geral desse gerador (Se falha muito na partida, se re-tenta dar partida no mínomo 3x), mas ainda tem o problema do calor que isso gera num ambiente fechado (Só puxar um cano do escape pra fora te livra da fumaça, não do calor. Em 2h isso deve fazer um quarto de 3x3m chegar nuns 60°C! Ainda que fosse um com radiador, se o radiador ficar fechado o calor seria o mesmo! E colocar radiador do lado de fora, ligado com mangueiras, diminui apenas parcialmente o calor, o melhor é colocar ele numa sala separada com aberturas enormes pra ventilar, tipo se for uma sala de 2x2m ter uma parede inteira com grade, nada de só 2 janelas de 80cm), só que se o consumo de fato vai pra casa dos 600 a 1000W, o jeito é partir pra gerador, porque com um consumo desse os R$ 2 mil em baterias não dão conta de mais de umas 5 ou 6h.
Ou seja, gastando R$ 2 mil em gerador, R$ 1,5 mil em painel solar e controlador, R$ 2 mil em baterias, e R$ 1,5 mil em nobreak dupla-conversão, ainda assim não dá pra ter autonomia de 24h se o consumo for pra casa dos 1000W.
Mas se tiver gerador, nem precisa bateria tão grande, se usar as internas dos nobreak dupla-conversão terá uns 5 minutos de autonomia no mínimo, e um gerador no máximo leva 1 minuto pra ligar e estabilizar. Esse problema do tamanho do tanque dá pra resolver com boia de nível (E todo carburador teve e tem boia, falham só depois de muito velhas), mas é mais fácil isolar o tanque atual e colocar um tanque maior, digamos de 60 litros, do lado. Mangueira pra injeção eletrônica é barata, uns R$ 3 por metro, isso é fácil resolver. Aí o custo fica mais nos R$ 2 mil do gerador, uns R$ 200 entre tanque extra e mangueira, e os R$ 1,5 mil do nobreak dupla-conversão.
Falo isso porque o painel solar de 250W num consumo tão grande faz pouca diferença, ele nunca captará o suficiente pra APENAS ele dar conta de tudo (Ele vai captar talvez 300W em meia hora de sol no angulo mais certo, e no dia de sol mais forte do ano) então não tem como desligar a rede AC, pra fazer isso precisaria grandes baterias (Porque se zerar as baterias toda tarde você estará comendo 1 ciclo profundo da bateria, e elas aguenta 50 a 150 ciclos profundos. 1 por dia implica vida útil de 150 dias, então não dá pra usar bateria pequena que descarregaria todo dia).
Complicado misturar solar e AC com gerador, fazer o gerador acionar só quando as baterias ficam abaixo de X percentual de carga é complicado (Porque não tem nenhum produto a venda que faça isso. Os geradores lêem a tensão AC que vem da rua, não tensão de bateria). Se tiver o consumo exato dos equipamentos facilita a conta, mas com 600W a 1000W não vejo muita economia em meter um painel 24V 250W na estória, ele não geraria quase nada de economia de eletricidade na conta todo mês.
(Só se desligasse a rede AC do nobreak e da fonte chaveada com timer toda tarde, pra algo que o painel carregou nas baterias seja consumido, mas se tem consumo de 1000W em 24h (24 mil watts.hora), os painéis captam 1000W no DIA, teria economia de 1/24, ou 4%! E conforme os valores de ICMS (23KWh por dia dá 690KWh no mês) de cada tarifa (Rural, comercial, industrial) pode ter uma diferença (ICMS caindo de 30 pra 25%) bem perto disso, digamos 600KWh paga 25% de ICMS e acima de 601KWh paga 30%, dependendo do caso, tarifa rural aqui é mais em conta mas acima de 400KWh igual não tem desconto nenhum em ICMS, compensa dobrado quando o painel solar é responsável por fazer você ficar numa faixa com um ICMS digamos 5% ou 10% menor)