O Brasil recebeu, nesta semana que passou, a visita de Frank Hyldmar, vice-presidente executivo da Elster Soluções Integradas. Bastante popular como fabricante de medidores elétricos, há quatro anos a empresa iniciou, de forma global, um trabalho de estímulo ao desenvolvimento de soluções "smart grid", conhecidas também como redes inteligentes, junto às empresas de utilities. No Brasil, a iniciativa vigora exatamente há um ano.
Além disso, Frank Hyldmar também é presidente da Esmig, sigla em inglês para Grupo de Indústrias de Fabricantes Europeus de Medidores Inteligentes, e um dos motivos de sua visita ao Brasil foi a possibilidade de desenvolver no país, uma iniciativa similar. Segundo ele, há uma enorme necessidade de incentivar e influenciar o mercado. Muitas operadoras já estão trabalhando, mas ainda não existe um direcionamento nesse trabalho.
Mas essa falta de direcionamento não acontece sem que haja um bom motivo. No Brasil, ainda não há qualquer diretriz governamental em relação aos padrões a serem adotados pelas redes inteligentes. Geraldo Guimarães, vice-presidente da Elster para a América Latina, ressalta que nos Estados Unidos e na Europa já existem regras muito claras relacionadas à essa questão.
Geraldo Guimarães disse que eles tiveram um um sinal da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) há dois anos, quando foi divulgado o primeiro draft de padrões, mas isso não foi lançado até hoje. Ele também citou, que no final do governo Lula, um grupo chegou a ser formado para discutir o assunto, mas a presidente Dilma o extinguiu.
Por causa de todas essas interrogações, os dois executivos acreditam que uma associação moldada nas diretrizes da Esmig, poderia agilizar a criação de padrões e o desenvolvimento de redes inteligentes. Segundo Hyldmar, isso seria favorável a um conglomerado de operadoras, fabricantes e fornecedores de tecnologia em torno da definição destes padrões, e das melhores práticas para a implementação destas redes.
Através das suas considerações, na Inglaterra, por exemplo, o governo de ao mercado um prazo de oito meses para que os padrões fossem definidos. Dessa forma, ocorreria todo um processo muito semelhante ao que foi experienciado pela indústria de telecomunicações há alguns anos. Ela definiu padrões que na atualidade, nos permitem usar nossos celulares em qualquer lugar do mundo. A nova associação incluiria diversos membros do grupo europeu com operações no Brasil, dentre eles, Cisco, SAP, Siemens Accenture e a gigante dos bancos de dados, Oracle Corporation.
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[1] Convergência Digital http://convergenciadigital.uol.com.b...id=29056&sid=3