Esta classe de malware, chamada de "Toll Fraud", tornou-se o tipo mais predominante de malware no ano passado. Apenas uma família de malware Toll Fraud, a "FakeInst", foi responsável por 82 por cento das detecções feitas pela Lookout em junho de 2012 e estima-se que foram roubados milhões de dólares de pessoas na Rússia, no Oriente Médio e em partes da Europa.
Cenário de Ameaças e Problemas com a Privacidade Móvel
Diante de tantas ameaças, dá para concluir que a privacidade móvel é um problema crescente. Na verdade, a privacidade é um dos maiores problemas que as pessoas enfrentam em relação ao uso de dispositivos móveis. Em 2012, uma parte significativa dos problemas de privacidade surgiu a partir de técnicas de publicidade agressivas, incluindo anúncios out-of-app e o acesso à informações pessoais sem que houvesse a notificação ao usuário. Dessa forma, a Lookout estima que cinco por cento dos aplicativos que executam o sistema móvel Android incluem estas redes de anúncios agressivos, e estes aplicativos foram baixados mais de 80 milhões de vezes.
Malware para dispositivos móveis tem movimentado muito dinheiro em vários países do mundo, principalmente na China e na Rússia
Fatores como a Geografia e o comportamento do usuário, são os principais pontos de encontro com as ameaças. As pessoas na Rússia, Ucrânia e China têm uma probabilidade significativamente maior de encontrar malware do que em outros lugares; o comportamento do usuário é outro fator de liderança, porque as pessoas que baixam aplicativos fora de uma fonte confiável como o Google Play, têm uma maior chance de encontrar malware.
Vulnerabilidade dos Sistemas e Reprodução de Pragas Cibernéticas
Há ainda a questão das visitas a links inseguros a partir de um dispositivo móvel, que é uma das maneiras mais comuns através da qual as pessoas enfrentam tais ameaças móveis. Essas ameaças baseadas na Web, como o phishing, são capazes de atingir os usuários de PC tradicionais e usuários móveis, de forma igual, tornando esses sistemas altamente vulneráveis para que os criadores de malware possam produzir novas pragas e reproduzir variantes. A Lookout também detectou que quatro em cada dez usuários móveis clicar em um link inseguro, levando em consideração um levantamento feito referente ao período de um ano.
Além disso, a especialista em segurança observou a concepção de malware por parte de usuários menos atentos, possibilitando que os criadores dessas pragas cibernéticas possam realizar fraudes através da indução da realização de downloads. Vale ressalatr que estas famílias de malware afetam principalmente os usuários na China. No ano passado, a Lookout descobriu um tipo de malware capaz de baixar, de maneira automática, aplicativos a partir de fontes alternativas, sem que houvesse conhecimento da parte do usuário.
Considerações Sobre Identificação de Ameaças e Solução para o Cenário em Questão
De acordo com as considerações de Kevin Mahaffey, CTO da Lookout, "a confiança é um dos fatores mais importantes que influenciam se as pessoas vão continuar a usar dispositivos móveis para o seu pleno potencial". "Como os smartphones e tablets vieram para abrigar os nossos dados pessoais, informações de acesso financeiro e praticamente norteiam boa parte de nossas comunicações, há mais incentivos para os atacantes entrarem em ação. Portanto, a missão é identificar e resolver a questão das ameaças emergentes para que as pessoas ao redor do mundo, possam continuar a confiar em seus dispositivos móveis.
Saiba Mais:
[1] Net Security - Malware News http://www.net-security.org/malware_news.php?id=2260