Reformulações Voltadas à TICs e Segurança da Informação
As transformações também chegam às escolas e cursos preparatórios. "Os cursos da Escola de Comunicações está passando por um período de reformulação. De acordo com as explicações do comandante do Centro de Instituição de Guerra Eletrônica, tenente-coronel Márcio Souza Fava, "existe um novo conteúdo, com foco no planejamento e utilização de TICs e Segurança da Informação, atendendo as imposições do setor cibernético".
Medidas drásticas estão sendo tomadas para que o Brasil esteja preparado para enfrentar um verdadeiro e amplo confronto cibernético
Nesse contexto, há Imposições, inclusive, numéricas. A partir do ano de 2013, o Exército dará início ao que chamou de Curso de Capacitação em Massa, realizado totalmente à distância. O objetivo desse curso é gerar futuros especialistas em defesa cibernética, mas não há como fugir dos conteúdos de TICs, inclusive od avançados. O curso, de 250 horas, começa com um único módulo, de 90 alunos. Ainda de acordo com as considerações do tenente-coronel, "no ano seguinte já vamos passar para 7 ou 8 módulos”.
Defesa Cibernética é Prioridade
Em um total de mais de 500 especialistas por ano, a tropa tem a pretensão de selecionar a nata, em apenas única iniciativa. De forma paralela, segue a reformulação dos cursos tradicionais e estágios, além de acordos com universidades federais. O Exército está mais adiantado porque cabe a ele o vetor dessas mudanças, que é a defesa cibernética. Todavia, a Marinha e Força Aérea também estão interagindo fortemente nesse cenário. Na Marinha, que é a única das três forças que não conta com um instituto tecnológico associado, também há um novo formato nas parcerias firmadas com universidades. Segundo o contra-almirante Alípio Jorge da Silva, diretor de comunicação e TI da Marinha, os conteúdos mais relevantes estão relacionados aos bancos de dados, à Ciência da Computação, sistemas de criptografia e engenharia de software.
Centros Computacionais em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília
E relação à FAB, a transição possui um componente adicional. A Aeronáutica possui três centros de computação: um situado em São José dos Campos-SP, um no Rio de Janeiro e outro em Brasília – mas reconhece que as novas demandas vão além das capacidades que a equipe possui. Por esse exato motivo, há um plano de contratar a iniciativa privada para projetar, desenvolver, testar, validar e dar manutenção necessária às soluções que forem definidas internamente.
Segundo revelações do brigadeiro Arthur Linhares, diretor de TI da Força Aérea, a FAB tem grandes limitações de pessoal e a demanda de TI é muito grande. Até há pouco tempo, os sistemas corporativos eram desenvolvidos in house, mas na nova orientação, serão todos contratados. Ele acrescenta ainda que não podemos utilizar a terceirização em Segurança da Informação e Defesa Cibernética, que serão os objetivos chave da formação.
Saiba Mais:
[1] Ministério da Defesa http://www.3cibermd.eb.mil.br/