A Índia tem buscado a assistência do Japão em relação às mais recentes tecnologias e conhecimentos, quando se trata de combater criminosos cibernéticos que atuam em campanhas de espionagem na Internet, cyber terrorismo e roubo de informações pessoais, bem como dados críticos. Na semana passada, funcionários do Ministério das Telecomunicações e do Departamento de Eletrônica e Tecnologia da Informação, se reuniram com uma delegação comercial japonesa renomada liderada pelo ministro da Economia, Comércio e Indústria Yoichi Miyazawa. Ambos os lados discutiram como os dois países podem se dar as mãos para buscar maneiras de repreender o cybercrime, disse uma fonte oficial. A principal área visada são tecnologias que podem ajudar a garantir o fluxo de informações na Internet, bem como proteger os dados críticos do governo na nuvem.
Além disso, a Índia também pediu ao Japão para ajudá-la com as tecnologias que podem verificar a ação de crackers e intrusões de rede, acrescentou a fonte de informação. Além da tecnologia relevante, debates incidiram igualmente sobre as leis de segurança cibernética da Índia. Em vista do crescente status do país, a delegação japonesa sentiu que a Índia deve ter uma infra-estrutura de aplicação da lei muito pertinente, incluindo um quadro jurídico, para combater o crime cibernético. Isso de modo a assegurar a comunidade empresarial global que seus investimentos estão realmente seguros.
Crescimento dos Crimes Cibernéticos
O papel principal da Internet na organização das manifestações e dos movimentos sociais foi favorável no sentido de mostrar alguns de seus possíveis usos políticos; a denúncia de espionagem feita por órgãos de governos nacionais mostraram algumas vertentes da grande rede e do mundo cibernético como um todo que até então, eram totalmente desconhecidos por muitos cidadãos. Dessa mesma forma, poucas pessoas sabem que os crimes praticados pela Internet, além de terem ganhado força, estão mudando. Agora eles fazem parte do cybercrime internacional organizado e seus componentes são cada vez mais jovens. E como participantes dessas quadrilhas do cybercrime, homens e mulheres jovens atuam em países diferentes, trabalhando em grandes organizações criminosas. Além disso, os custos dos crimes pela Internet aumentaram bastante. A partir desse cenário, existem vários indicadores mensuráveis mostrando que os ataques e golpes aplicados estão ficando muito dispendiosos para as empresas e os especialistas em segurança tem enfrentado algumas dificuldades para resolvê-los.
Número de Fraudes Cibernéticas é Assustador
O diretor do FBI, James Comey, disse aos jornalistas em uma entrevista concedida no final do ano passado, que as ameaças cibernéticas foram uma das principais prioridades para a sua agência. Ele também admitiu que há uma grave escassez de competências digitais na aplicação da lei, e disse que os especialistas do FBI estavam constantemente sendo chamados pelas forças policiais que trabalham em crimes cibernéticos para cobrir esse déficit de competências. Além disso, ele também repetiu demandas para a melhoria da cooperação entre as autoridades policiais e do setor privado, especialmente notificações de violações que são aparentemente ainda negligenciadas por algumas empresas. O chefe da UK National Fraud Intelligence Bureau, o detetive superintendente Pete O'Doherty, disse que 7 em cada 10 fraudes aplicadas envolvem algum elemento de TI, e que o crime cibernético está aumentando rapidamente, tanto em volume como em nível de complexidade. O número de fraudes digitais quase duplicou no último ano, com registros de mais de 22.000 casos relatados para os investigadores de fraudes e muitos outros incidentes que se acredita ter passado despercebido ou não declarados. Além de tudo, a escassez de competências na aplicação da lei também é um problema no Reino Unido, com várias centenas de fortes esquadrões cibernéticos dedicados e planejados, mas poucos candidatos disponíveis para preencher os cargos oferecidos. Na Índia, um ex-diretor do Departamento Central de Investigação, RK Raghavan, disse em uma oficina de e-security que o cybercrime foi lentamente se deslocando do âmbito de crimes convencionais e que logo haveria mais vítimas de crimes digitais do que de crimes do mundo real. Houve ainda um outro relato, afirmando que havia 42 milhões de registros de crimes cibernéticos na Índia por ano, com 80 pessoas se tornando vítimas a cada minuto.
Novas Formas de Lidar com Problemas dos Crimes Cibernéticos
Os governos da Europa e as forças policiais, estão começando a descobrir novas formas de lidar com esses problemas sérios que envolvem a segurança, e recentemente foi feita a execução de um exercício enorme para testar a capacidade das agências multi-jurisdição com a intenção de colaborar com o combate de ameaças cibernéticas. No entanto, alguns críticos têm sugerido que seja dada ênfase sobre o papel da aplicação da lei no combate ao cybercrime, e da falta de confiança entre os governos, que vêem a Internet como um meio ideal de espionagem em relação aos cidadãos e companheiros de Estados-nação, não sendo propícias para o manuseio adequado do problema que está sendo tratado.
Com os governos e as agências de aplicação da lei prestando atenção adequada e cada vez mais de acordo sobre a forma de lidar com a criminalidade electrônica transfronteiriça, poderíamos estar caminhando para uma direção a partir da qual os cibercriminosos já não considerem fácil se esconder atrás das fronteiras nacionais, e serão empurrados para regiões cada vez mais out-of-the-way do globo terrestre com a intenção de encontrar refúgios seguros. E uma vez que todas as nações combinarem seus esforços para acabar com o crime on-line, já não haverá lugar algum para se esconder e assim, o cybercrime será significativamente mais difícil de se camuflar, o que deve reduzir o perigo para todos nós, em uma visão otimista, positiva e com um planejamento de colocar em prática meios que coíbam essas atividades maliciosas. Dessa forma, temos que torcer muito para que este processo gradual continue a entrar em um ritmo mais acelerado do que temos visto nas últimas semanas.
Saiba Mais:
[1] The Financial Express http://www.financialexpress.com/arti...-crimes/68985/