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Investidores negociam compra de empresas de segurança da informação

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Por Denny Roger

Se observarmos as principais empresas de segurança da informação, todas elas estão passando por uma reavaliação do modelo de negócios. Pode ser que já não faça tanto sentido oferecer apenas produtos “tudo em um”. Muitas empresas estão migrando determinados processos informatizados para ambientes de cloud computing, tendo como objetivo a redução de custos com energia, hardware, software, recursos humanos, móveis etc. Sendo assim, essas empresas não precisam mais comprar ou renovar tecnologias para proteção de um determinado processo da organização. O ambiente de cloud computing já oferece suporte a segurança da informação.

Independente do modelo de negócio (produto ou serviço), as empresas que desenvolvem soluções de segurança da informação têm um fluxo de dinheiro bastante previsível, de modo que se tornam alvos ideais para investidores que buscam diversificar seus investimentos. Alguns dos fatores que mantêm o mercado de segurança da informação aquecido são as novas regulamentações e a necessidade de assumir projetos de alto risco para viabilizar novos negócios. Essa combinação – bom fluxo de dinheiro e a necessidade dos clientes – tem atraído a atenção dos investidores.

Por outro lado, já se fala que o aquecimento do mercado poderia adiar a venda de uma consultoria ou fabricante de soluções de segurança da informação porque os novos contratos, assinados agora em janeiro, valorizam ainda mais o valor de venda da empresa. O crescimento da carteira de clientes e aumento da receita estava previsto para março. Porém, a retomada dos projetos pré-crise e o aumento do orçamento para segurança da informação contribuíram para que as previsões fossem antecipadas para fevereiro.

Um segundo fator está atrasando a concretização de venda das empresas de segurança da informação. A empresa ou investidor que faz a oferta de compra de uma empresa de segurança da informação tem dificuldades em calcular quanto vale o poder de inovação da organização. Por exemplo, avaliando a contabilidade e mais alguns dados de mercado, o possível comprador oferece R$ 10 milhões pela empresa. Porém, essa empresa está desenvolvendo uma idéia ou produto que, futuramente, ajudará no crescimento acelerado da receita e na expansão do negócio. O valor “real” da empresa pode chegar a R$ 17,5 milhões graças ao poder de inovação. Mas na prática, calcular tudo isso e justificar o valor relacionado ao poder de inovação têm sido um dos principais desafios durante a negociação da venda.

A compra de uma consultoria ou fabricante de soluções de segurança pode trazer ganhos financeiros mais rápidos, em comparação aos investimentos realizados em ações na bolsa de valores. Porém, o risco para o investidor ou comprador é muito maior. O aquecimento da economia, o surgimento de novas regulamentações, leis, normas internacionais, o aumento das ameaças na internet, a informatização dos processos de negócio etc, criaram o cenário ideal para quem busca uma boa oportunidade de negócio. Esta é uma potente combinação que tem atraído a atenção de investidores, mas como saber quais empresas de segurança da informação estão à venda?

Denny Roger é diretor da EPSEC e presidente da Associação Brasileira de Segurança da Informação (Abrasinfo), membro do Comitê Brasileiro sobre as normas de gestão de segurança da informação (série 27000), membro do International Association of Emergency Managers (IAEM), especialista em análise de risco, projetos de redes seguras e perícia forense. E-mail: [email protected], Twitter: http://twitter.com/dennyroger, Blog: http://blog.dennyroger.com.br/.
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