Postado originalmente por
sphreak
Vou mostrar uma conta aqui que de repente pode jogar um balde de água fria no seu projeto.
Tenha em mente primeiro que para transmissão de dados 4G e 3G, qualquer sinal abaixo de -100dBm é praticamente inservível.
Segundo: Esse sinal é na entrada do repetidor e na entrada da torre e não pós amplificação pelo repetidor.
Terceiro: A comunicação de dados 4G e 3G é uma via de mão dupla. Se o equipamento passa muito tempo tentando fazer upload (seja smartphone ou o rádio transmissor da ERB) e não conseguir, ele vai derrubar a conexão e tentar conectar novamente. Se tiver um sinal de melhor confiabilidade ele vai conectar. É o caso de quando se perde a conectividade 4G e o equipamento comuta para o 3G ou 2G disponível. Se não tiver um sinal mais confiável ele simplesmente não conecta, ou em alguns aparelhos (principalmente da Samsung) ele apresenta o sinal mas nada acontece. Lembra que comentei em uns posts anteriores que equipamentos Samsung apresentam o sinal que estiver presente ou o sinal que estiver conectado. Se ele não estiver conectado na operadora do sim chip, ele mostra o sinal da operadora que estiver mais forte e se o único sinal presente é da operadora do sim chip, mas não conectar, ele mostra do mesmo jeito. É estranho mas...
Agora vamos a conta que pode jogar um balde de água no seu projeto. E vou considerar só o uplink do seu repetidor para a torre, tendo em vista que não sei a intensidade de sinal na estrada do repetidor, mas posso supor que o repetidor esteja transmitindo o máximo que pode.
A potência desses repetidores Aquário da faixa do uplink, é de aproximadamente 15dBm. Tenha em mente que esse é o valor máximo que o repetidor vai transmitir para a torre da operadora. E tenha em mente que esse valor pode variar devido a alguns fatores. O principal deles é a potência dos aparelhos que estão antes do repetidor e a atenuação do sinal sofrida por paredes, cabos RG58 etc.
Como diria na escola, vamos usar uma condição ideal de cálculo.
A fórmula de perdas no espaço livre é dada pela equação:
P= 32,5 + 20.log F + 20.log D
P= perda em dBm
F= frequência em Mhz
D= distância em Km
O sinal de chegada em cada rádio é feito: potência de saída + ganho da antena emissora - perdas no espaço livre + ganho da antena receptora que vou chamar de PS + AE - PE + AR
Considerando que a potência de saída no repetidor é de 20dBm (em amplificação máxima com sinal total de entrada= -50dBm), a frequência de operação é 1800Mhz e a distância informada no seu primeiro post é 17Km.
P=?
F=1800Mhz
D=17Km
P=32,5 + 20.log 1800 + 20.log 17
P= 32,5 + 20. 3,2552 + 20. 1,2304
P= 32,5 + 65,104 + 24,608 = 122,212
Arredondando P = 122dBm
Façamos o caminho inverso. Partindo do celular, passando pelo repetidor e indo para ERB.
Considere o seguinte dado: Para redes EDGE e LTE a potência máxima de emissão permitida pela ANATEL é de 20dBm. Smartphones tem sua saída na faixa dos 17dBm.
A 1 metro do repetidor, o celular emite 17dBm. Perde 50dBm no espaço livre, chegando efetivamente no repetidor -33dBm.
O ganho de uplink é de 65dB. Então -33dBm + 65dB = 32dBm >>>ATENÇÃO<<< 2 coisas: A potência máxima de saída desse repetidor no uplink é de 15dBm e se você utilizou um cabo RG58 que vem no kit da Aquário, a perda dele é de 1dB/metro. Ele geralmente tem 10mts. Então -10dB referente ao cabo. Então 15dBm - 10 dB = 5dBm
Sobra 5dBm para a antena externa. Então 5dBm + 17dBi = 22dBm - 122dBm da perda no espaço livre chegam -100dBm na torre. Isso sem considerar perda por relevo, perda se sinal por térmica, perda de sinal por presença água vapor (nuvem, neblina, etc)
Você está no limite do limite das condições de sinal aí amigo.
Eu se estivesse na sua posição, emprestaria uma antena de grelha, daquelas da Aquário para WIFI
>>>http://www.aquario.com.br/internet/antena-parabolica-grde-internet-20-dbi-mm-2420.html<<<
E plugaria alguns desses teus equipamentos direto nela para testes. Principalmente esse Elsys Amplimax. Seria o teste derradeiro para determinar a influência do repetidor no seu problema.